Crivon

Aventura CaLuCe: o enigma da Vila do Herege, parte 1

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Sessão do dia 12/12/2017

Personagens:

Drigos “Fênix” Poderkaine (humano mothaviano) – paladino de Tyr de 11º nível
Joshua Wenishay Poderkaine (humano mothaviano) – paladino de Tyr de 11º nível
Kraver Kravinoff “Merlin”(humano mothaviano) – mago evocador de 11º nível
Markin’Sman Thintalion (elfo) – cavaleiro arcano de 11º nível

A Vila do Herege

A Vila do Herege. Fonte: internet

Os CaLuCes após vencerem os percalços do longo e extenuante caminho, guiados pela patrulheira Jocasta Numbert, finalmente conseguiram chegar pela manhã do dia 22 de junho de 1359, na isolada Vila Kelser.

Ainda sofrendo com os efeitos do frio, e aconselhados pela rastreadora , a se dirigirem para a Taverna do Tempo, para se aquecerem e alimentarem após a dura jornada, o grupo foi até a taverna indicada, acompanhados pelos olhos atentos dos moradores da vila, que os olhavam com um misto de curiosidade e estanhamento.

O grupo viu que aquele lugar parecia estar vivo e funcionando, alheio aos problemas em seu entorno.

O Taverneiro fofoqueiro

O Taverneiro Tildan Tempo. Fonte: internet

Os heróis chegaram a taverna do Tempo, conhecendo o seu proprietário, que carrega uma aparência e sotaque exóticos.

sianês, Tildan “Tempo” Kitsurugi os tratou com cortesia, lhes servindo comida e bebida. Pelo que o taverneiro informou de si, ele havia sido um aventureiro dos mares de Crivon, navegando na função de homem da ampulheta e auxiliar de navegador, o que lhe atribuiu o apelido de Tildan “Tempo”, como a placa na parede do bar também indicava.

Durante a breve permanência dos aventureiros, foi perceptível o interesse do taverneiro em saber a procedência e destino dos seus clientes, bem como quem os havia trazido até a vila. Num dado momento o taverneiro perguntou se o grupo estaria ali em busca do tesouro do Dragão Nevasca, algo que foi negado pelo grupo.

Esquivos nas respostas que deram ao taverneiro, o grupo seguiu em diálogos particulares. Os paladinos informaram aos companheiros que haviam detectado uma presença corruptora naquele lugar o que indicava que ali deveria ser executada um  “caçada insana” a criatura que estaria originando o distúrbio.

Sem tocarem na cevada e na comida os paladinos ouvem as opiniões de seus aliados sobre o que poderiam esperar daquele lugar e suas impressões iniciais.

Quando decidiram que precisavam encontrar Jocasta Numbert, uma situação ocorreu: um homem, bêbado em trajes esfarrapados, adentrou o recinto. Trôpego, ele se dirigiu até uma das mesas com uma garrafa de vodca numa das mãos. O bêbado tinha um aspecto depressivo, apesar de sua aparência, denotava um porte altivo.

O estranho bêbado. Fonte: internet

O taverneiro, atento a chegada do bêbado largou seus afazeres para ir atende-lo com diligencia e presteza. Mas ao fazê-lo foi maltratado pelo homem que o repreendeu por lhe trazer comida, quando o que ele queria era mais bebida.

Pouco após sua chegada, um casal de jovens chegou. O rapaz vinha a frente, como se procurasse por alguém, olhando para a direção do bêbado com interesse, apressou a si e a jovem que carregava um bebê consigo para irem até o encontro do homem, que, após receber a solicitação de benção para o filho deles, os respondeu rispidamente, os enxotou e como viu que não foi prontamente atendido, logo em seguida deixou a taverna.

Indagado pelo grupo, o taverneiro informou que aquele homem era o antigo líder da vila, e também fora o capitão de seu navio em aventuras pelos mares de Crivon, o Capitão Jeskall Kelser, para quem tinha uma grande dívida.

Durante sua fala, mais precisamente no momento em que lhes serviu uma bebida chamada de saquê, o grupo viu uma estranha marca nas costas da mão direita do taverneiro. Marca esta que o sianês não conseguia ver, para o estranhamento e preocupação do grupo.

Marca corruptora. Fonte: Berserker

A marca parecia uma ampulheta dividia ao meio, suas marcas eram avermelhadas a depender do tom de pele, podendo se apresentar num tom mais roxeado.

O grupo decidiu deixar a taverna em busca de Jocasta Numbert e de outras personalidades da vila, para captarem mais informações daquele lugar.

Do lado de fora, eles preocuparam encontraram o casal, que olhava o bêbado desaparecendo por uma viela. O olhar deles indicava pena.

A garota não parava de olhar provocativamente para Drigos. Fonte: internet

Quando indagados por Drigos sobre Jeskall Kelser, o rapaz se mostrou desconfiado, mas a jovem mãe, bastante solicita, foi ávida em responder que o bêbado foi na verdade o último líder da vila e que havia passado por muitos problemas no passado. A jovem destacou que ele era um aventureiro que fez fortuna se aventurando na mar por 14 anos, mas que que o dinheiro que havia conseguido também lhe havia trazido infortúnios, como ter perdido a única filha – que havia tido antes de se lançar em aventuras e era um bebê quando havia partido, que havia sido assassinada durante uma invasão orc – criaturas liderados por uma figura apenas conhecida como Coração Negro, que não só haviam matado muitos dos moradores mas também sua esposa e filha.

Por fim, a garota destacou que eles deveriam procurar por Aluriel a Vidente, uma pessoa famosa naqueles arredores por ter poderes de adivinhação e vidência.

A perceber a o olhar de lascívia da jovem mãe que sutilmente ressaltou seu busto para o paladino, Drigos desviou o olhar e agradeceu pela ajuda.

O grupo percebeu que os três, a jovem mãe, o rapaz desconfiado e o bebê tinham a estranha marca.

Os heróis discutiram que aquele símbolo era uma marca corruptora que indicava que algum pacto havia sido feito. Eles só não sabiam como e a extensão do pacto ou pactos. Mas acreditavam que os desdobramentos daquilo estavam levando as pessoas a agirem de forma estranha.

Enquanto elucubravam as possibilidades e teorias do que poderia estar acontecendo naquela vila. Foram abordados por uma imponente mulher, de aparência estrangeira (origem dezorin), que se intitulou como a xerife da vila, seu nome era Joan Eldran.

Após as apresentações, e ouvir, na rua, de Wenishay, as suspeitas deste paladino sobre a presença de um corruptor na vila, que poderia estar fazendo pactos com seus moradores, os convidou para irem até a Casa da Guarda para conversarem mais apropriadamente.

A Xerife furiosa

Eldran convidou os CaLuCes para terem um conversa com ela na Casa da Guarda. No interior da construção, Wenishay detalhou suas suspeitas e lhe perguntou se ela havia percebido algo de estranho acontecendo no lugar.

A Xerife Joan Eldran. Fonte: internet

A xerife apenas destacou que sabia das Caçadas Insanas e que a única coisa estranha que havia acontecido na vila tinha relação com a chegada de um kardista². Mas, segundo ela, antes que pudesse realizar qualquer mal, foi contido e aprisionado numa das celas do local onde estavam.

A Xerife informou que vinha tentando extrair do clérigo informações relativas a sua presença ali – Drigos percebeu que havia um sorriso malicioso  na servidora, o que indicou que ela estaria se utilizando de tortura contra o prisioneiro.

Num dado momento da conversa, a mulher removeu suas manoplas, revelando em seu pulso a estranha marca. Os protagonistas destacaram a imagem da marca que a mulher carregava lhe perguntando o seu significado, contudo, pareceu que a xerife não conseguia vê-la, o que a deixou estarrecida.

Desconfiada, a mulher pediu para que o grupo a desenhasse numa folha de papiro sobre sua mesa e de posse figura, com o rosto vermelho de raiva, deixou o recinto e os heróis a passos largos. Pouco tempo depois, os CaLuCes ouviram gritos de dor e sons de tapas e pancadas abafadas vindas da masmorra sob a construção.

Percebendo que o prisioneiro estava passando por uma sessão de tortura, os personagens rapidamente desceram até a área das celas a tempo de interromper a continuidade daquele estranho interrogatório.

O misteriosos prisioneiro, era realmente um kardista. Fonte: internet

Os paladinos repreenderam a xerife por se utilizar de métodos proibidos, como a tortura, para fazer o prisioneiro falar.

O Prisioneiro tinha um semblante sisudo e porte elegante, apesar de machucado, apresentava um hematoma com inchaço na parte esquerda do rosto.

Os CaLuCes perguntaram se ele realmente era um seguidor do deus da morte, obtendo uma resposta afirmativa dele, que ao dá-la evidenciou um certo grau de orgulho por fazer parte desta ordem religiosa.

Em seguida, voltando-se para Joan, os CaLuCes solicitaram saber qual havia sido o crime do sacerdote. Joan, destacou, em resposta, que apesar de não ter praticado crime algum, ele representava ameaça a vila, por conta do que sua ordem religiosa havia feito a Capital do Protetorado Ecnor (vide aqui),  e que este motivo havia sido o principal motivador de sua prisão cautelar.

Percebendo e alegando para a xerife que isto não era motivo para mantê-lo preso, Wenishay ressaltou que aquela prisão teria sido ilegal e por este motivo, o prisioneiro deveria ser solto. No entanto, a Xerife Joan Eldran retrucou que apenas o Magistrado da Vila (um homem chamado Brian Soudez) teria o poder para libertá-lo, recomendando aos heróis que o procurassem, caso quisessem manter a ideia da soltura dele.

Assim, o grupo deixou o recinto em busca do Magistrado Soudez para libertarem o prisioneiro, que durante a presença dos CaLuCes, tinha um estranho brilho em seu olhar, como se soubesse o que estava acontecendo naquela vila.

A pedido de Markin e Drigos, o grupo se dividiu em dois: Wenishay e Merlin iriam atrás do Magistrado, enquanto Markin e Drigos iriam atrás da Vidente Aluriel.

A aspiração de um infante

O infante Albert Numbert e sua aspiração. Fonte: internet

Enquanto Wenishay e Kraver se deslocavam na direção da residência do Magistrado Soudez, tomando informações com os habitantes da vila, foram interceptados por uma turba de crianças que saltavam de um lado para o outro brincando com a neve, numa espécie de guerra de bolas de neve.

As 5 crianças (de idades que variavam entre 7-11 anos), se aproximaram dos heróis e conversaram com eles futilidades. Todos apresentavam as sinistras marcas em seus corpinhos, o que deixou a dupla consternada.

Entre eles, houve uma criança que chamou atenção de Wenishay, era o garoto chamado Albert Numbert. O infante tinha como aspiração se tornar um grande cavaleiro, depois um herói, por fim um Cavaleiros da Luz Celestial, como os irmão paladinos Poderkaines. Ao saber do desejo do garoto, Wenishay não se declarou, mas mostrou uma afeição pelo infante.

Com as crianças eles tiveram uma informação precisa de como chegarem até a casa do magistrado.

O rugido do dragão branco

As duplas se deslocaram rumo aos seus destinos, quando no meio do caminho, ouviram, vindo dos céus, o rugido de uma poderosa criatura que cruzou bem ao longe, do alto, a Vila Kelser. O céu estava nublado, mas para olhos bem treinados como os dos aventureiros de longa data, era nítido para eles que um dragão branco havia riscado o céu.

De onde estavam, ambas as duplas se estremeceram com a ideia de um combate contra um criatura lendária e refletiram se os problemas ali estariam conectados a presença de tão mortífera e sinistra criatura.

O enigma da Vila Kelser estava apenas começando.

Um dragão branco riscou os céus da Vila Kelser. Fonte: internet

Para ver a continuação, clique aqui.

Criação e elaboração: Patrick, Aharon Gonçalves, Bruno Gonçalves, Bruno Santos, Diogo Coelho.
Fontes de imagens: internet
Autoria da imagem da capa do artigo: Shin

Legenda:
¹ - CaLuCes - A Ordem dos Cavaleiros da Luz Celestial;
² - Kardista - seguidor da divindade relacionada a morte, trapaça, assassinato e aos mortos.

Patrick Nascimento

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Patrick Nascimento
Tags: CaLuCes

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