Arzien

A Coroa da Ruína, 2ª Parte: Burocracia em Marantel, sessão III

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No dia 30/04/2016 das 13:00 às 18:00 ocorreu a 23ª sessão de Arzien com a participação de 100% dos jogadores do Grupo 1.

Nesta sessão os heróis LiamHejaz Thorjan retornam ao Templo da Casa da Piedade com o objetivo de obter a autorização do Frade Robert Shiller para que possam adentrar no Cemitério dos Guerreiros Derrotados.

Porém, o trio de heróis têm uma surpreendente (e diabólica) revelação…

Retorno ao Templo da Casa da Piedade

Após deixar a Catedral da Aurora Radiante de posse da carta assinada pela Arcebispa Anabelle Sunshine, Hejaz reencontra Liam e Thorjan na entrada da Catedral.

Já estava escurecendo, por volta das 18:00, mas o trio não tinha tempo a perder e seguem novamente ao Templo da Casa da Piedade.

O objetivo era obter ainda esta noite a autorização do Frade Robert Shiller, de Arantos, que era a única forma de também convencerem Bispo Derion Halvern, da Igreja de Heinvarg. De posse das assinaturas das três autoridades religiosas de Marantel, o trio poderia finalmente adentrar no Cemitério dos Guerreiros Derrotados.

Assim que os heróis se aproximam da entrada da Casa da Piedade, avistam pessoas humildes, vestindo roupas simples, sujas e rasgadas. Os pobres coitados estavam fazendo fila para que pudessem receber algum alimento, cobertor ou abrigo. Eles pareciam estar esperando a bastante tempo, e alguns deles já estavam desesperançosos.

Templo Casa da Piedade, Deus Arantos, Cidade de Marantel.

Hejaz sabe que a pobreza em Marantel cresce a cada dia, a medida que a cidade se torna cada vez maior. Cada vez mais pessoas vivem nas ruas, abandonadas, muitas se tornam foras da lei ou pedintes. A grande maioria dessas pessoas vieram de vilarejos e povoados do interior do Condado para tentarem a vida na cidade grande (por não conseguirem emprego nos campos, muitos tentaram viver na cidade como pedintes).

Assim que o trio se aproxima da Casa da Piedade, Hejaz pergunta o que aquelas pessoas estavam fazendo ali. O Radiante sabe que o templo presta um serviço comunitário desde a sua fundação, sendo inclusive essa atividade uma das missões dos seguidores de Arantos, o Senhor da Paz e Misericórdia.

Porém, os tempos mudaram e ele nunca tinha vista tantas pessoas esfomeadas e necessitadas na frente do templo antes.

Um dos pobres homens responde que todos estavam ali para ver se conseguiam algo para comer, já que ultimamente vem ocorrendo racionamento de tudo, e muitas noites eles ficaram sem ao menos receber sopa ou cobertores. Até mesmo quando recebiam, era de forma bem fracionada, conforme relata uma idosa.

Para aliviar um pouco a situação das pessoas, o feiticeiro Liam Lianon conjura um magia de Globos de luz, criando uma cachorro fantasmagórico feito de luzes, o que rouba as risadas de algumas crianças.

Em dado momento, o pesado portão de madeira do templo de Arantos é aberto. Um sacerdote, vestindo túnicas marrons, amarradas com cordas, segurando um lampião, diz:

Sacerdote de Arantos: Atenção todos. Não iremos servir alimentos e cobertores esta noite. Estamos passando por uma época difícil de colheita e precisamos da paciência e Fé de vocês. Retornem amanhã. Lembrem-se sempre: A Fé em Arantos supera todos as Dificuldades e Males!

As pobres pessoas ficam indignadas, algumas resmungam. Mas, logo elas começam a se dispersar.

Antes que o sacerdote pudesse fechar o portão, Hejaz diz:

Hejaz: Sacerdote de Arantos, sou Hejaz Gorwill. Estive aqui mais cedo, preciso falar com o Frade Robert Shiller imediatamente.

O sacerdote observa Hejaz com um olhar sério e cansado, dotado de uma pesada olheira abaixo dos olhos. Ele responde:

Sacerdote de Arantos: Prezado Radiante, o Frade irá recebê-lo. Por favor, queira me acompanhar.

Em seguida Hejaz se vira para as pessoas e diz:

Hejaz: Esperem todos vocês. Não ficarão sem alimentos e cobertores esta noite. A Deusa da Luz jamais permitirá isso para com seus filhos!

As pessoas ficam todas surpresas e logo muitas avisam as demais, que já estavam indo embora. Um brilho de esperança preenchem os olhos de cada uma delas.

Hejaz se vira para Thorjan e diz:

Hejaz: Thorjan, por favor meu amigo, leve essas pessoas para comerem alguma coisa. Pode ser na Taverna do Rei Fantasma. Servia-as de alimento e cobertores. Eu pago todas as despesas.

O anão, que também fica sensibilizado pela situação, diz:

Thorjan: Pode deixar comigo, Hejaz. Tô achando tudo esquisito aqui. Achava que esses clérigos eram pessoas boas…

O clérigo da Luz acena cabisbaixo, e sussurra para o anão:

Hejaz: Sim, meu amigo. Há algo de estranho aqui e eu vou descobrir. Por favor, quero que você faça isso pessoalmente. Essas pessoas precisam de ajuda. Depois, retorne para cá.

O anão responde:

Thorjan: Está certo. Tomem cuidado! Sobre as despesas, pode deixar. Depois nos acertamos…

Liam diz:

Liam: Vê se retorna para cá e não fica lá bebendo todas. Estou com um pressentimento estranho. Vamos ver o que Shiller tem a nos dizer. Porque isso está acontecendo? – sussurra Liam. Será que estão com dificuldades financeiras?

Hejaz, enquanto vai se preparando para adentrar no templo, responde:

Hejaz: Nunca vi nada parecido antes. Fique alerta.

E assim, Thorjan guia as pessoas em direção a Taverna do Rei Fantasma enquanto Hejaz e Liam seguem o sacerdote para dentro do Templo de Arantos.

Se do lado de fora o ambiente já parecia sombrio, a medida que entram no templo, percebem que o local também está igualmente sombrio.

Poucas luzes, vindas de velas e tochas, deixam o interior do salão de orações em uma penumbra inquietante. Sombras se formam ao redor das colunas, teias de aranha são vistas no teto da construção.

O local parece que foi esquecido.

Um outro sacerdote de mantos parece orar ao fundo, sentado em um banco de madeira. Um terceiro sacerdote, caminha silenciosamente de posse de um castiçal enquanto deposita uma tocha na parede lateral do salão.

O sacerdote que abriu o portão para Liam e Hejaz, tranca-o com uma pesada viga de madeira.

A medida que vai guiando Liam e Hejaz, a dupla nota que o local parece estar abandonado. Apesar dos templos de Arantos serem naturalmente simples e humildes (eles não esbanjam riqueza, como pratarias e vitrais), Hejaz se lembrava do local mais iluminado, carregado de esperança e vida. Hoje parece que a Fé está abalada….

Hejaz caminha preocupado.

O que será que está acontecendo?

Interior do Templo da Casa da Piedade.

Encontro com o Frade Shiller

O sacerdote guia Liam e Hejaz até o final da sala de orações, depois segue para uma porta localizada na lateral direita.

Ele abre a porta, que dá em outro aposento que parecia ser uma sacristia, um pequeno depósito de utensílios sacerdotais. Havia um armário fechado e uma mesa com duas cadeiras na lateral. Algumas velas usadas, um castiçal e potes de vidro estavam espalhados pelas mobília.  Os heróis podiam ver duas portas de madeira fechadas.  O sacerdote guia a dupla até uma das portas e abre, revelando um  corredor iluminado por tochas.

Após seguirem por este corredor, os heróis dobram a esquerda em uma bifurcação. Mais adiante encontram ao final do corredor uma escada em espiral que leva a um nível superior.

Após subirem, chegam a uma terceira sala. Essa sala, que mais parecia uma ante-sala, tem apenas um cabide com dois mantos e um chapéu pendurado. Havia uma única porta um pouco mais grossa, na lateral esquerda.

O sacerdote, aponta para essa porta e diz:

Sacerdote de Arantos: O Frade Shiller os aguarda em sua sala. Podem adentrar.

Hejaz e Liam se entreolham como se quisessem dizer: “o que será que nos aguarda?”.

Hejaz toma a dianteira e abre a porta. A dupla adentra a um outro aposento.

O local era grande, porém menor que o salão de orações. No centro, havia uma velha mesa com seis cadeiras de madeira, duas estantes e um armário nas laterais, além de um baú fechado e um tapete ornamentado que completavam a mobília.

Assim que adentram ao local, a porta atrás é fechada.

No final dessa sala, um homem de costas parecia contemplar a noite da cidade de uma janela. Assim que a porta é fechada, ele se vira e diz:

Frade Shiller: Eis que finalmente conheço o Radiante Hejaz “Escudo da Luz” Gorwill e o seu aliado, o elfo arcano Liam “Garra de Dragão”.

Vestindo pesadas túnicas vermelha-amarronzadas, com detalhes em cores amarelo-bronze, este homem tem um cabelo negro liso com uma careca no topo. Possui um cavanhaque, tem um olhar penetrante e uma voz macia e persuasiva.

Frade Robert Shiller.

Surpreso por ele os reconhecerem, Hejaz diz:

Hejaz: Prezado Frade Robert Shiller, vejo nos conhece muito bem. Infelizmente, minhas missões religiosas me afastaram das obrigações eclesiásticas em Marantel, de forma que eu não o conheço. Até então, para mim a única autoridade da Casa da Piedade era o Frei Wilson.

Liam em seguida diz:

Liam: Como sabe nossos nomes e nossos títulos? O senhor parece estar nos aguardando.

O Frade Shiller levanta um sorriso de canto de boca. Ele caminha até a estante lateral e parece procurar alguma coisa após abrir um armário. Ele fala:

Frade Shiller: Entendo perfeitamente, Radiante Hejaz. Sei das obrigações religiosas e das missões que os jovens mylanitas precisam iniciar, não o culpo por não me conhecer. De fato, seria até mesmo impossível.

Eu não nasci e nunca morei em Marantel. Eu vim para cá enviado pela sede religiosa de Arantos, localizada na capital (Arantur) para assumir as responsabilidades administrativas.

A Casa da Piedade precisava se restabelecer e para isso era necessário um novo líder religioso, já que o renomado Frei Wilson já não estava mais podendo exercer suas responsabilidades devido ao avanço da idade.

Frade Shiller retira um jarro ornamentado da estante, bem como 3 taças de prata, muito bonitas. Hejaz e Liam o observam colocar o belo jarro de vinho em cima da mesa, enquanto diz:

Frade Shiller: Eu conheço vocês, já que se tornaram bastante conhecidos após regressarem do Cemitério dos Guerreiros Derrotados, há quase dois anos atrás.

Podem achar que não, mas as histórias se espalharam assim que vocês voltaram do cemitério (já que, como vocês sabem, poucos saem vivos de lá).

Os boatos parecem ser verdadeiros. O elfo havia perdido o ante-braço, porém, espantosamente na manhã do dia seguinte ao seu retorno, havia surgido uma Garra de Dragão em seu lugar. Como era possível?

Enquanto ao nobre clérigo mylanita, havia se tornado o novo Portador do Escudo da Luz, relíquia perdida a qual tinha sido destacado para recuperar.

Senhores, antes de continuarmos nossa conversa, deixe-me oferecer este saboroso vinho, com uvas colhidas diretamente ao sul dos Montes Temorkar, em Vila Neluna.

Hejaz e Liam escutam o Frade e ficam surpresos com toda a repercussão da última missão que foram realizar juntos no cemitério. Mas, isso de fato explica muita coisa. Todo o imbróglio burocrático que se instaurou nas Igrejas está amarrado com a missão de Liam e Hejaz na busca pelo Escudo da Luz.

Surpreso (e indignado) pelo Frade oferecer uma bebida em uma garrafa tão ornamentada, enquanto dezenas morrem de fome e sede do lado de fora, Hejaz não consegue se controlar e diz:

Hejaz: Frade Shiller, na ocasião eu e meu amigo estávamos em uma missão religiosa de suma importância. Sim, tudo que diz é verdade. Mas não sabe de toda a verdade.

Frade, não viemos aqui para beber.

Estamos em uma missão muito séria. Aliás, muito me admira o senhor apreciar uma bebida tão cara enquanto dezenas de esfomeados perdem a esperança na noite fria ao lado de fora.

Conheci este local de uma forma diferente no passado. As palavras de Arantos sobre compaixão, misericórdia e caridade parece que se perderam.

O que está acontecendo?

O que houve com a Fé dos Clérigos de Arantos?

Shiller leva a taça de vinho até a boca e bebe. Ele observa Hejaz e diz:

Frade Shiller: Clérigo de Mylanian, muita coisa mudou.

Você está muito tempo fora e não sabe de nada.

Eu não só vim para cá para substituir o Frei Wilson, vim para restabelecer a Igreja de Arantos, que passa por sérias dificuldades.

Não cabe a você questionar uma autoridade do que deve ou não fazer.  Sabemos de tudo que ocorre lá fora. Mas, essa é justamente a Vontade de Arantos e é isso que vocês não entendem.

Não cabe a mim explicar a vocês.

Hejaz percebe que questionar o Frade sobre o que está acontecendo na Igreja pode atrapalhar sua negociação para conseguir a autorização que veio buscar. Apesar de estar preocupado, o Radiante deseja acabar com essa burocracia o mais rápido possível (sem causar danos e atritos entre as igrejas). Hejaz diz:

Hejaz:  Frade, desculpe por me intrometer nos assuntos religiosos. O Senhor nós conhece bem, e como é um homem sábio, deve saber porque o procuramos.

Nós precisamos de sua autorização para adentrar novamente ao Cemitério dos Guerreiros Derrotados.

Um terrível Mal pode escapar daquele local e ameaçar todo o Condado de Marantel e o Reino de Dulamar.

Liam completa seu companheiro:

Liam: Estamos cientes de tudo que aconteceu nas últimas semanas, após a invasão de caçadores de tesouros no cemitério, em seguida a fuga de mortos-vivos, morte e desaparecimento de pessoas, e todo o terror que se instaurou na cidade.

Mas, manter o Cemitério fechado e protegido, tanto por soldados e clérigos, quanto protegido por leis, não vai impedir que o antigo Mal daquele local se liberte.

Nós viemos de longe e sabemos que todo o Condado corre um sério risco.

O Frade Shiller escuta em silêncio enquanto aprecia o vinho.

Hejaz volta a dizer:

Hejaz: Frade Shiller, temos evidências suficientes para acreditar que o Rei Ferthgull e todos os espíritos atormentados e mortos-vivos que infestam aquele local, podem estar próximos de se libertarem das antigas magias clericais que protegem as cercanias do Cemitério há séculos.

O senhor obteve o apoio da Igreja de Heinvarg para criar um cerco ao Cemitério. Não tiramos sua razão, afinal precisam proteger os vivos que estão do lado de fora e impedir que a ação de pessoas inescrupulosas possam libertar mais mortos-vivos e outros males que lá existem.

Porém, acreditamos que estejam ocorrendo atividades no interior do cemitério que podem estar causando tudo que vem acontecendo em Marantel.

Já obtemos o aval da Arcebispa Anabelle Sunshine e o Bispo Derion Halvern concorda em autorizar nossa entrada se o senhor também o fizer, pois, como ele mesmo disse, acredita em nossa história e confia em nós – porém não pode descumprir a lei e ordem que criou com o Senhor.

O Frade observa Hejaz e Liam e diz:

Frade Shiller: Você chegou onde eu queria.

A palavra “inescrupulosos”.

Radiante Hejaz, os inescrupulosos foram vocês e a Igreja de Mylanian.

A Igreja de Mylanian sempre teve o desejo de destruir todo o mal daquele local, como se a existência deles fosse totalmente corrupta e decadente.

Os espíritos que lá estão escolheram habitar aquele local não por acaso.

Eles são Mártires.

São um exército de mártires que se sacrificou ao lado de seu Rei para impedir que uma horda de orcs avançasse contra a Kinária.

Porém, os espíritos desses antigos mártires foram perturbados no passado por forças malignas, cultistas das trevas que reviraram suas covas em busca de poder e corrupção.

Porém, a Igreja de Arantos, a primeira a chegar aos campos onde ocorreu a batalha, tiveram o árduo trabalho de enterrar seus mortos.

Haviam muitos espíritos corruptos, bem como presença de outros mortos-vivos e diversos cultistas. Uma verdadeira batalha  espiritual e de fé se desenrolou para tentar salvar a dignidade daqueles homens.

Mas, o estrago já estava feito.

Os missionários arantosianos não conseguiram salvar o Rei Ferthgull e seus cavaleiros. O último Rei da Kinária e seu exército acreditavam fielmente que estavam lá por questões superiores. Recusavam partir pois sua missão neste mundo era essa: proteger o reino, mesmo  estando mortos.

A Igreja de Arantos respeita os mortos e sua vontade. A libertação só ocorre após muita penitência. Viemos a este mundo para pagar nossos pecados e cumprir com nossas missões.

O Cemitério se tornou um local de respeito, de aprendizado. Sim, ele foi alvo constante de forças ocultas e das trevas, mas sempre estivemos aqui para expulsá-las.

Muitos espíritos encontraram descanso. Outros ainda não.

O erro da última incursão liderada por você desencadeou outros eventos.

Caçadores de tesouros e aventureiros, empolgados com suas histórias (e por terem saídos de lá vivos e com tesouros), arriscaram suas vidas e invadiram o cemitério.

(Neste momento Shiller aumenta o tom de voz e claramente seu discurso fica carregado de ódio)

Não preciso dizer que houveram MORTES. Pessoas desapareceramnunca mais foram encontradas.

Não preciso dizer que os que conseguiram sair de lá, furtaram tumbas e covas, levando tesouros antigos, tais como fazem saqueadores de tumbas.

Não preciso dizer que mortos-vivos escaparam de lá ATERRORIZARAM Marantel por SEMANAS e até hoje se escondem nas sombras, a espreita de seres vivos.

Sim, VOCÊS foram os CULPADOS por tudo isso.

Acham mesmo que tem o direito de causar tanta dor e saírem impunes?

A Igreja de Arantos pode parecer fraca, estar passando por dificuldades, mas sempre vai se importar com os fracos e indefesos, coisa que vocês não o fizeram.

Hejaz e Liam ficam surpresos com o tom de acusação e feroz de Shiller. Suas palavras, carregadas e ódio eram claras:o Frade não  iria ajudá-los. E o pior, parecia que estava se aproveitando da situação para enaltecer a importância da Igreja.

A que custo tudo isso? Porque tanto rancor e intimidação?

Hejaz responde:

Hejaz: Frade Shiller, é claro  para mim que você não entendeu a importância da nossa antiga missão.

É claro para mim que você está se aproveitando da situação para nos acusar e utilizar sua autoridade religiosa para impor sua vontade sobre Marantel.

Frade, Marantel corre um sério perigo.

Você não entende a gravidade da situação. Ou quem sabe entenda?

Porque tem tanto interesse assim de manter o cemitério fechado?

Pelo visto, a Fé deste lugar se perdeu.

Não importa, Frade.

Nós não ficaremos de braços cruzados só porque você julga nossas ações de uma forma totalmente distorcida.

Já ouvi suficiente o que precisava ouvir.

Vamos embora Liam.

Hejaz e Liam deixam o lugar, ainda observando os olhos de ódio de Shiller. Entretanto, Hejaz percebe por um instante que o Frade parece ter ficado surpreso com sua resposta e atitude. Ele parecia não esperar essa reação.

Hejaz e Liam saem a passos firmes, sem olhar para trás.

Quando já estão chegando no salão de orações do templo, Hejaz e Liam escutam uma voz os chamarem.

Frade Shiller: Espere, Radiante.

Hejaz e Liam param e se viram. Eles notam que o Frade parecia que estava seguindo-os o tempo inteiro.

Frade Shiller: Perdoem-me minha atitude.

O pouco tempo que estão aqui e já sabem mais sobre o nosso Templo do que qualquer um.

A nossa Fé está abalada, é verdade. Estamos passando por uma crise nunca antes vivenciada. Mas ela tem uma explicação…está relacionada com tudo que está acontecendo agora.

Apesar de culpá-los por toda a situação que se sucedeu, não posso deixar de mostrar algo a vocês.

Por favor, sigam-me.

Já passou da hora de antigos segredos serem revelados.

Surpresos pela atitude de Shiller, Liam e Hejaz seguem o Frade.

O local parecia estar vazio. Até mesmo os sacerdotes parecem ter se recolhido (ou então eram muito discretos a ponto de não aparecerem).

Shiller guia Liam e Hejaz por corredores e salas do templo, até chegar em uma sala onde existe uma estante e uma lareira apagada.

O sacerdote procura alguma coisa escondida na parede e então revela uma passagem secreta na pedra. A lareira se desloca e uma escada é revelada.

Shiller pega uma tocha e ilumina uma escada de pedra estreita, que parece descer para o subsolo do templo.

Frade Shiller: Sigam-me. Este lugar contém segredos seculares. Está na hora de revelar alguns deles.

O feiticeiro e o clérigo da Luz seguem o Frade pelas escadas secretas.

Frade Shiller guia os heróis por uma escada secreta abaixo do Templo da Casa da Piedade.

Mais Segredos …

Enquanto isso….

Thorjan parte para a Taverna do Rei Fantasma, ao lado dos pobres coitados que morriam de fome na entrada da Casa da Piedade.

Dois sacerdotes arantosianos seguem ao lado do anão. Em dado momento, eles pedem para que Thorjan deixe-os que levem as pessoas até a taverna, e assim ele poderia voltar ao templo e encontrar seus amigos. Porem, Thorjan nega e diz que fará exatamente o que pediu Hejaz.

Ao chegar na Taverna do Rei Fantasma, Thorjan solicita ao taverneiro, Richard Mandog, para que prepare uma refeição para cerca de 25 a 30 pessoas. Como não havia espaço suficiente dentro do estabelecimento, o taverneiro acerta com Thorjan para servir as pessoas aos fundos da taverna. O anão deixa um total de 30 moedas de ouro para cobrir todas as despesas.

Contudo, ao voltar  para avisar as pessoas sobre a refeição n taverna, Thorjan é interceptado por um homem de mantos, um senhor, que pede para que ele se aproxime. Desconfiado, o anão resolve ouvir o que ele tem a dizer.

Thorjan se aproxima da misteriosa figura de mantos, que se revela sendo o Frei Wilson, o sacerdote que Thorjan viu na primeira vez que foi a Casa da Piedade. Na ocasião, o velho foi bastante ríspido com o grupo.

Frei Wilson, sacerdote de Arantos da Igreja da Casa da Piedade.

Sem tempo a perder, Frei Wilson sussurra:

Frei Wilson: Anão guerreiro, sei que está achando estranho minha visita, porém o tempo urge. Posso ter perdido minha Fé, mas você e seus amigos são a única esperança de Marantel.

Tenho um segredo para te revelar, você deve vir comigo. Vou te levar ao local que vai revelar todos os segredos da missão que está envolvido.

Thorjan acha estranho, mas parece que as palavras do sacerdote estavam carregadas de verdades.

Rhunaheim pede para o senhor esperar um momento. O anão segue para fora da taverna e avisa para as pessoas seguirem ate os fundos do estabelecimento, onde será servido uma canja de galinha, pão e cobertores. Tudo já estava pago.

Os pobres coitados agradecem mais uma vez a boa ação do anão e seguem sua orientação.

Em seguida Thorjan reencontra Frei Wilson. Sem tempo a perder, o sacerdote guia o anão pelas ruas da cidade.

Curioso e inquieto, Thorjan irrompe o silêncio:

Thorjan: Frei, estamos caminhando calados e a passos rápidos e isso me deixa nervoso. Você pode ao menos me explicar o que está acontecendo?!

Thorjan segue o Frei Wilson.

Frei Wilson não diz nada. Apesar disso irritar Thorjan, também o deixa curioso.

A dupla chega a uma casa de madeira abandonada, não muito longe do Templo de Arantos. Neste momento o Frei diz:

Frei Wilson: Anão, estou bastante velho e já vivi muita coisa antes. Porém, nada parecido com o que está acontecendo a Casa da Piedade hoje.

Estamos todos perdidos, da mesma forma que nossos antepassados quando fundaram este local.

Você viu com seus olhos.

Os princípios e dogmas do Senhor da Paz e Misericórdia foram deixados de lado, tudo por causa do Mal que roubou a nossa esperança.

Frei Wilson mexe na parede lateral a casa e, após empurrar algum mecanismo, abre uma passagem secreta.

Thorjan escuta a lamúria do velho, que parece profundamente arrependido. Ele também percebe a passagem secreta e diz:

Thorjan: Sinto que está com medo e desesperado. Não sei que Mal é esse que se refere, mas vou dar um voto de confiança. Meus amigos correm risco de vida?

O Frei Wilson não responde, mas estranhamento seu silêncio parece dizer um estrondoso SIM.

A passagem leva a um aposento dentro da residência, que está completamente empoeirado e com móveis cobertos de lençóis. O velho vai até uma mesa e a afasta, revelando um alçapão escondido no piso de madeira.

Frei Wilson: Este local está escondido a séculos, desde a época da fundação do Templo de Arantos. Resistiu há centenas de anos, sempre oculto de alguma forma. Sua origem foi passada secretamente para alguns  membros da Igreja de Arantos.

Ao abrir o alçapão, Wilson joga a tocha no buraco. Após cair 2 metros, revela uma escada escavada na terra.

Frei Wilson: Me siga, este túnel secreto vai nos levar diretamente ao local cujo os segredos precisam ser revelados. Vamos acessar as câmaras secretas do Templo de Arantos, um local ancestral criado para guardar os maiores segredos da Igreja.

Thorjan fica intrigado e preocupado. Ele saca seu machado a medida que segue o Frei escadas abaixo da terra. O anão pressente que seus amigos parecem correr risco de vida.

Não demora muito, e após descerem cerca de 15 metros, a dupla chega a um extenso corredor. A julgar pela direção deste corredor, parece que realmente leva ao subsolo abaixo do Templo da Casa da Piedade.

Ofegante, Frei Wilson diz em certo momento:

Frei Wilson: Sei que está curioso, mas preciso poupar meu fôlego.

Já arruinei minha Fé ao seguir um caminho envolto em medo e corrupção. Mas, enquanto eu conseguir respirar, vou tentar fazer o máximo que puder para ajudá-los em sua missão.

Para isso, será necessário revelar um passado sombrio e nefasto…

Talvez só assim tenham alguma chance.

Surpresa Diabólica

Hejaz e Liam seguem o Frade Shiller cerca de 20 metros abaixo do solo,  até chegaram em uma masmorra. Hejaz indaga o frade:

Hejaz: Porque resolveu nos ajudar assim, de repente Frade? Você parecia ter uma opinião bastante convicta lá encima. O que o fez mudar tão rápido?

O elfo argumenta ao Frade, que com palavras pesadas responde:

Frade Shiller: Porque eu percebi que estaria cometendo um grave erro se deixassem vocês partirem.

Sei que discordamos como observamos e lidamos com o Cemitério. Sei que existem conflitos religiosos entre as igrejas, e alguns deles podem envolver vaidades pessoais.

Vocês precisam saber da verdade. O templo de Arantos vive sob segredos a muitos séculos e foram responsáveis por macularem nossa Fé por muito tempo. Mas, alguma coisa vem acontecendo que está fazendo com que o templo esteja entrando em colapso.

Isso é um sinal. Um sinal enviado por Arantos de que estamos perdendo nossa Fé ao manter um segredo como este no momento em que ele mais precisa ser revelado.

É este segredo que quero lhes mostrar.

O Frade guia a dupla até chegarem em uma porta de pedra. Em frente a esse portal, Shiller gira o que parece uma mecanismo em forma de símbolo, o que faz com que a parede se desloque, revelando um corredor.

Neste momento Hejaz sente algo estranho, uma sensação de que algo parece não estar indo bem. O clérigo chega a ficar desconfiado, e isso o faz redobrar sua atenção.

Em dado momento, o trio chega em frente a um pesado portão de metal.

Frade Shiller: Atrás dessa porta estão os segredos dos antigos sacerdotes e padres de Arantos.  Foram os primeiros que chegaram ao antigo campo de batalha e tiveram que enterrar os mortos. Eles esconderam muita coisa, inclusive a verdade por trás da queda de Ferthgull.

Vocês vão precisar desse conhecimento para enfrentar o Mal que lá se esconde.

Após abrirem um pesado portão de metal, o trio chega até uma grande câmara que é iluminada por tochas fantasmagóricas, presas nas paredes.

Liam e Hejaz adentram ao grande salão, enquanto Shiller pendura uma tocha na parede.

O local é rodeado de livros, mesas, estantes, pergaminhos e muita teia de aranha.

Enquanto ainda observam as dimensões da câmara, tentando entender como esse lugar estava a tanto tempo escondido e em que isso pode ajudar na missão, Liam e Hejaz escutam um som de portão pesado se fechando.

Em seguida, escutam a voz do Frade, que a medida que vai falando, vai ficando mais grossa e gutural:

Frade Shiller: Devo admitir. Estou surpreso com vocês.

Primeiramente por descobrirem que tudo que encontraram aqui tinha relação aos acontecimentos do cemitério. Sim, tem relação.

Em seguida fiquei surpreso por deixarem tudo para trás e me seguirem até aqui.

Sabe, eu não menti para vocês.

Este local realmente esconde coisas antigas. Segredos…

Eu precisava de uma história convincente para enganar vocês.

E, vejam só, vocês caíram.

Queria mesmo revelar algo para vocês.

Um segredo tão obscuro e aterrador que vocês jamais esquecerão.

Este será o último segredo da vida de vocês, porque este lugar se tornará o Sepulcro de Suas VIDAS MISERÁVEIS.

Neste momento Liam e Hejaz percebem um transformam torpe e diabólica.

O corpo do Frade Shiller começa a ser atravessado por estacas e pedaços de ossos. Sua pele resseca, como se estivessem sendo sugadas para dentro de seu corpo. Pedaços de ossos rompem sua pele, seus ombros, braços, dedos, pernas se estendem, estralando em um som aterrorizante, como se estivessem quebrando.

Seu crânio fica deformado. Sua pele esticada. Da sua boca surgem  dentes serrilhados, das suas mãos surgem garras afiadas como punhais.

Uma cauda asquerosa se estende de sua coluna vertebral a medida que seu corpo cresce e toma proporções maiores que o normal. Ao final dessa cauda um ferrão terrível parece expelir um líquido negro.

Seus olhos emitem um brilho vermelho cor de sangue.

Um forte odor de decomposição toma conta do ambiente.

Frade Shiller revela sua verdadeira forma: uma Criatura Diabólica!

Neste momento Hejaz e Liam ficam surpresos com a criatura que surge a sua frente. Eles esperavam por tudo, menos uma criatura que saiu dos Nove Infernos!

A criatura asquerosa avança contra os heróis como se estivesse estressada, como se quisesse acabar com suas vidas rapidamente.

Sua voz gutural causa arrepio quando fala:

DIABO OSYLUTH: Vocês Não Vão Escapar!

Achavam Mesmo Que Conseguiriam Entrar no Cemitério e Encontrar a Coroa da Ruína?

Se Meteram em Assuntos que Não Eram Chamados.

Enganei os Homens desse Lugar por Tanto Tempo e Vocês Achavam que Poderiam Me Sobrepujar?

Quem Vocês Pensam que São?

Agora, vão pagar com a VIDA.

Levarei suas Pobres Almas para Unvellor, de onde Jamais Sairão.

Neste momento, a parede lateral desta sala se abre revelando Thorjan e Frei Wilson.

O anão encontra Liam e Hejaz surpresos com a terrível criatura que acaba de aparecer.

Um combate intenso se inicia!

A criatura avança com suas garras, mordida e ferrão peçonhento. Liam, Hejaz e Thorjan enfrentam o cruel Diabo dos Ossos em um combate com todas suas forças.

O Diabo dos Ossos emite um terrível odor de decomposição.

Girando seu machado de guerra e dotado de táticas de combate, Thorjan tenta proteger seus amigos na dianteira o quanto pode. Cortar a pele dessa criatura parece ser uma tarefa muito difícil, pois parece estar cortando o próprio aço! Mas isso não faz com que Thorjan “Braço de Ferro” desista. Pelo contrário, o anão procura atingir pontos fracos com toda sua força e habilidade – e obtém sucesso!

Liam “Garra do Dragão” conjura seus poderosas magias arcanas, como relâmpagos eletrificantes que explodem e ferem a criatura. Para se proteger, o elfo fica invisível. Graças aos seus poderes de feiticeiro, Liam utiliza habilidades para fortalecer suas mágicas, isso se mostra eficaz para abrir feridas em seu inimigo.

O Radiante Hejaz “Escudo da Luz” por sua vez tenta se proteger, bem como utilizar suas magias para auxiliar ao máximo seus companheiros, seja através de curas ou alguma proteção. O clérigo também tenta conjurar uma magia de Expulsão para levar o diabo de volta a seu plano, porém sem sucesso.

O clérigo da Luz sabia: essa criatura era um corruptor, mais especificamente um Diabo dos Ossos, uma das várias espécies de Baatezu. Isso parece explicar toda a situação que vem acontecendo dentro de Marantel e no Templo de Arantos. Essa criatura vil, manipuladora e inteligente estava agindo para atrasar quaisquer tentativa de entrar no cemitério.

Mas, não havia tempo de tentar desvendar a trama.

O combate é brutal e quase resulta na morte de Hejaz, que chegou a tombar e ser curado por Liam.

Os golpes poderosos de Thorjan deixam a criatura bastante fraca.

Em dado momento o Diabo tenta fugir, e Hejaz sabia que não poderia deixar isso acontecer.

Através do poder da sua Fé, o Radiante invoca a força da Deusa da Luz para Expulsar a criatura de volta ao seu Plano Infernal. Dessa vez Hejaz consegue!

Um raio luminoso sai da palma da mão do clérigo e envolve a criatura em uma esfera brilhante de luz. Em seguida a criatura desaparece em uma fumaça de enxofre. Hejaz mantém sua fé concentrada para expulsar a criatura de vez para seu plano natal, não dando chances dela conseguir uma brecha e retornar.

O clérigo finalmente consegue.

O combate chega ao fim com a vitória dos heróis.

Escritos Ancestrais

Após expulsar a criatura para seu plano natal, Hejaz se volta para curar seus amigos. Todos estavam bastante feridos.

Enquanto se recuperam, Frei Wilson, que havia sofrido um golpe não letal quando a criatura tentava escapar, vai em direção a um baú fechado.

Ele diz que chegou a hora dos heróis descobrirem a verdadeira história do Rei Ferthgull. Ele entrega um diário fechado, com páginas antigas feitas de couro ressecado. Wilson explica:

Frei Wilson: Este é o diário do Padre Alexander Birmold, um dos responsáveis da Igreja de Arantos que ajudou a enterrar os soldados do último exército da Kinária.

Ele relata encontros e conversas com o fantasma do Rei Ferthgull Baliankor nos campos onde ocorrem a batalha contra os orcs e Termorkar, antes mesmo do cemitério e sua tumba ter sido construída.

Essas anotações foram relatadas pelo padre, o qual sabia que existia uma conspiração dentro da igreja de Arantos para ocultar toda  verdade.

Ao lerem esses manuscritos, vocês saberão o que fazer.

Já passou da hora desta Casa Sagrada se ver livre de Segredos.

Por causa disso as tentações diabólicas e o desespero tomaram conta de nossos espíritos.

Este lugar está condenado. Trocamos nossa Fé para servir aos poderes infernais. Estamos pagando, sim. Mas, se há algo que pode ser feito, deverá ser por vocês, Heróis.

Agora vão.

As forças que estão por trás disso irão retornar.

Elas não desistirão até terem o que desejam.

Até terem de volta a Coroa da Ruína.

A Sessão termina neste momento..

Os heróis encontram manuscritos antigos e um diário que podem revelar muito sobre o Rei Ferthgull e a Coroa da Ruína.

Bruno Gonçalves

Mestre Aposentado, criador do cenário de campanhas Arzien, jogador de RPG a mais de 18 anos nos diversos cenários dos mestres da Orbe dos Dragões. Atualmente escreve sobre RPG, Dicas de Mestre e Cenários de Campanha.

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  • Fantástica história, enredo, roteiro e aventura em si. Parabéns toi e Jogadores.

  • Primo. Excelente memoria, e elaboração, confesso que precisarei ler novamente, muita informação! uma verdadeira batalha de diálogos , a composição do texto ficou alucinante, aguardo o desfecho logo em breve!

  • Parabéns ao Mestre do Jogo! O resumo está fiel aos acontecimentos. Lembro que o diálogo entre os protagonistas Herjaz e Lian com o Frade Shiller foi intenso e cheio de questões filosóficas, como a proteção que se estava dando aos mortos, quando eram os vivos que careciam de maior e melhor proteção. Agora vejo que as palavras se perderam no tempo, verei a possibilidade de reavê-las para tentar realçar o texto brilhante do Mestre Bruno, se isso for possível. Abraços

  • Muito bom mesmo. O traço de narrativa e histórias de Arzien, sempre me cativaram pelo realismo e emoção com que as cenas e os personagens são carregados.

    Definitivamente é uma história muito bem desenhada e acredito que desempenho seu papel de entretenimento e diversão aos jogadores que puderam vivê-la.

    Parabéns Bruno Gonçalves!

  • Obrigado a todos pelos comentários.

    Lembrando que o jogo de RPG não se faz sozinho. Ele ocorre de forma dinâmica e em grupo.

    Os Jogadores Aharon (Liam), Patrick(Hejaz) e Alan (Thorjan) estão de parabéns pela interpretação, compromisso e dedicação para com o jogo.

    Somente assim para se construir aventuras e campanhas fenomenais.

    Aguardem as cenas dos próximos capítulos...

    Ainda tem muita coisa para acontecer em "A Coroa da Ruina".

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Bruno Gonçalves
Tags: Grupo 1

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