Essa é a primeira sessão após longos 7 anos e 4 meses de hibernação!!
Após longos sete anos de silêncio, as chamas da aventura reacendem. Sim, foi um grande hiato — mas o mestre retorna. A campanha que dormia desde Janeiro de 2018 desperta novamente, e com ela, os heróis de Arzien.
Depois de uma boa conversa com os jogadores, ficou decidido: era hora de concluir a história inacabada. A lendária aventura A Coroa da Ruína teria, enfim, seu desfecho.
As sessões voltam ao melhor estilo old school: encontros presenciais, mapas sobre a mesa, fichas de papel, livros empilhados, sons ambientes ecoando pela sala — tudo para resgatar a essência analógica do RPG de mesa.
E então, voltamos.
Os dados rolam novamente. A masmorra aguarda.
No dia 13/04/2025 das 14:00 às 20:00 ocorreu a 34ª sessão de Arzien com a participação presencial de 100% dos jogadores do Grupo Oficial.
Essa é a décima oitava sessão da aventura “A Coroa da Ruína”.
Confira as últimas sessões:
A Coroa da Ruína, 1ª parte: Atravessando Grishtar
A Coroa da Ruína, 2ª parte: Burocracia em Marantel
A Coroa da Ruína, 3ª parte: As Filactérias de Arantos
A Coroa da Ruína, 4ª parte: Masmorras do Rei Fantasma
Os heróis fazem um descanso curto logo após derrotarem um bando de hobgoblins e Zorthrum, a caveira flamejante (um morto-vivo conjurador em forma de caveira flamejante que voava!).
Dentre diversos livros e anotações velhas e antigas, eles encontram um pergaminho enrolado contendo um relato, aparentemente um fragmento do diário do Rei Ferthgull, em seus momentos finais…
Após se recuperarem, os heróis seguem caminho.
Os heróis adentram uma câmara silenciosa, sustentada por pilares desgastados pelo tempo. O ar é pesado e carrega um leve cheiro de ferro e podridão. No fundo da sala, um altar outrora consagrado a Heinvarg — o Deus da Honra e da Justiça — jaz corrompido, coberto por marcas profanas.
Runas esculpidas e ideogramas blasfemos cobrem as paredes e o próprio altar, escritos com sangue seco. Há sinais de antigos rituais: restos de velas negras, ossos carbonizados e vestígios de um círculo de conjuração gravado no chão com precisão cruel.
Escrito em letras sombrias acima do altar, uma inscrição chama atenção:
“O pacto foi feito. A dívida precisa ser paga.”
A atmosfera se torna gélida. E algo estranho acontece…
Quando os heróis avançam pelos últimos metros da sala profanada, o ar ao redor se torna subitamente gélido — um frio que não vem dos ossos, mas da alma. As sombras parecem se alongar, e uma brisa suave, quase etérea, percorre o ambiente, como um sussurro antigo tentando ser ouvido.
Então, surgindo lentamente diante do altar maculado, o espírito de Arwen Siannodel manifesta-se.
Ela flutua levemente acima do solo, com os pés descalços envoltos em névoa prateada. Seu vestido antigo esvoaça como se estivesse submerso em água, e seus longos cabelos dançam com a brisa invisível. A silhueta é translúcida, quase sonhada, e emana uma luz tênue e prateada, que faz os contornos da sala estremecerem com um brilho suave.
Seus olhos — grandes, tristes e de uma beleza melancólica — cruzam os dos heróis com um peso de séculos. Neles há uma dor silenciosa, mas também coragem e esperança.
Quando ela fala, sua voz não vem de sua boca, mas ecoa suavemente na mente e no coração de todos os presentes, como um canto antigo que se lembra mesmo depois de esquecido.
Arwen dirige seu olhar aos heróis, e sua voz soa como um canto distante:
“Vocês, que caminham por este lugar amaldiçoado… Eu os imploro: ouçam minhas palavras.
O rei Ferthgull não é apenas o vilão que tantos temem. Ele é também um homem que sacrificou sua alma para salvar seu povo, mas foi traído pela própria esperança que o guiava.
Ele é tanto herói quanto vítima, preso entre luz e trevas.
Eu tentei protegê-lo na vida e faço o mesmo na morte, mas meu poder não é suficiente…”
Nesse instante, as sombras da sala se agitam, ganham forma e se lançam contra os heróis — quatro espectros escuros, atraídos pela dor, pela lembrança… e pelo pacto não cumprido.
As quatro sombras deslizam silenciosas pelo chão frio, emergindo das trevas como ecos de ódio antigo.
Zelot avança com destreza, desferindo golpes precisos que cortam o ar e a essência dos inimigos. Liam ergue as mãos e canaliza energia arcana, lançando projéteis cintilantes que rasgam os espectros.
Hejaz entoa preces a seu deus, banhando o salão em luz sagrada que fere as criaturas da noite. Thorjan, firme como uma muralha, esmaga a névoa maligna com golpes potentes de seu machado rúnico.
Em poucos instantes, o confronto termina.
As sombras se dissipam com um último sussurro. Os heróis vencem.
A porta que leva ao corredor adiante está trancada.
Após uma inspeção cuidadosa, a ladina Zelot percebe uma armadilha sutil: uma lâmina embutida na parede, pronta para se projetar e cortar quem tentasse cruzar o limiar. Com precisão, ela desativa o mecanismo e abre a porta com segurança.
Logo que os heróis avançam pelo corredor mal iluminado, uma saraivada de flechas irrompe das sombras — hobgoblins emboscados aguardavam silenciosamente. As criaturas estavam de sentinela, posicionadas estrategicamente para defender a passagem.
Liam, ainda a certa distância, conjura uma névoa mágica amarelada e fétida.
A magia toma o ar e envolve os inimigos, que começam a tossir e gritar, perdendo força até sucumbirem à toxina mágica do elfo.
Antes que todos fossem abatidos, um dos hobgoblins escapa para um corredor mais ao fundo. Mas Zelot, sempre atenta, conjura uma ilusão mágica para enganá-lo — e acaba atraindo acidentalmente outro grupo que também estava à espreita.
O combate recomeça com ferocidade, porém ele é rápido e acaba em poucos instantes.
Um dos hobgoblins capturado é interrogado. Aterrorizado, revela muito pouco: pessoas foram levadas para os níveis inferiores — entre elas mulheres e sacerdotes.
Com medo visível, ele só diz que os heróis encontrarão a morte caso prossigam. Nenhum dos guardas tem autorização para avançar… e parece que até eles temem o que reside nas profundezas.
Ao descerem a escadaria do corredor anterior, os heróis sentem a temperatura cair bruscamente.
O ar se torna pesado e cada passo ecoa com uma estranha reverberação. As paredes de pedra úmida parecem absorver a luz das tochas, sufocando qualquer sensação de esperança. Uma névoa rala começa a se espalhar rente ao chão.
No fim do caminho, eles chegam a uma câmara silenciosa, envolta por um frio quase sobrenatural. Cinco tumbas de pedra, seladas, alinham-se no centro da sala. A névoa densa que paira no ambiente parece pulsar com energia sombria.
De repente, um lamento agudo, carregado de dor e sofrimento, ecoa pelas paredes.
As tumbas se agitam e, em meio a uma explosão de sombras e vento espectral, quatro espectros sinistros se erguem — espectros, entidades fantasmagóricas de pura malícia, avançando em silêncio mortal contra os heróis.
A batalha contra os mortos-vivos começa.
Zelot gira pelas sombras, cravando adagas encantadas na essência espectral de um inimigo. Liam conjura magias elétricas e flamejantes, banhando os mortos-vivos em chamas místicas.
Hejaz ergue o símbolo sagrado da Luz e expulsa um dos espectros com o poder de sua fé. Thorjan encara de frente a ameaça e desfere um golpe poderoso com seu machado reluzente.
Apesar da ameaça etérea e do frio que penetra a alma, os heróis se mantêm firmes.
Um a um, os espectros sucumbem à força combinada do grupo. Ao fim do combate, a névoa começa a se dissipar e o silêncio retorna — agora, com um ar de vitória.
O ar na cripta aquece, e a névoa se dissipa.
O pergaminho flutua diante dos heróis, brilhando com uma luz azul fraca. Thorjan o pega e lê mais uma passagem do diário do Rei Ferthgull..
Do chão de pedra diante deles, uma luz suave começa a brilhar, e lentamente a figura etérea de uma elfa surge, envolta em um brilho prateado. É o espírito de Arwen, seus olhos cheios de sabedoria e tristeza.
Ela flutua levemente acima do solo, olhando para os heróis com um misto de esperança e urgência.
“A maldição que pesa sobre ele não é simples. Ele carregou a ambição de unir povos inimigos, mas ao custo de seu próprio coração e daqueles que o seguiram.
Vocês o verão como um monstro, mas saibam que ele ainda sofre por seus erros, desejando redenção que nunca veio.
Salvem-no, ou destruam-no… mas, por favor, decidam com justiça.”
Após a aparição do espírito de Arwen, os heróis avançam até uma antiga porta de pedra. Com esforço, eles a abrem, revelando uma escada em espiral que desce pelas trevas profundas, levando ao próximo nível da masmorra.
O ar que sobe do poço é frio e úmido, e um silêncio pesado envolve a passagem enquanto eles se preparam para descer.
A sessão termina nesse momento…
Continue em:
Um vento gélido cortava a terra ressequida ao redor do cemitério, espalhando o fétido cheiro de decomposição.
No exterior do cemitério, a paladina Beatriz Manto Azul, com sua armadura resplandecente, lutava com ferocidade contra as forças das trevas.
Sua espada cortava espectros e esqueletos, cada golpe um grito de resistência contra o avanço da morte.
Ao lado da paladina, clérigos de Heinvarg, Mylanian, guerreiros e outros asseclas.
Mas o perigo era maior do que simples mortos-vivos. As brumas que emanavam do cemitério não eram só nevoeiro, mas uma magia nefasta que distorcia a realidade.
Criaturas inumanas surgiam das sombras, reforçadas pela magia das trevas, se regenerando a cada golpe. A luta estava longe de ser vencida.
Atrás de Beatriz, a paisagem estava em ruínas. A flora e a fauna haviam sucumbido, transformando-se em um pântano putrefato, onde o mal se alastrava implacavelmente.
O exército de mortos crescia, engolindo tudo ao seu redor. Sacerdotes cultistas de deuses malignos se amontavam na neblina, extraindo poder nefasto da situação.
O tempo estava se esgotando.
Mas o mal esperava a ascensão de um poder maior, do seu grande líder e orquestrador.
Quando isso acontecesse, a corrupção se espalharia para além do cemitério, devastando Marantel e o possivelmente o Reino de Dulamar.
O futuro sombrio estava prestes a ser selado.
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