Deixando a ratoeira para trás, parte 1

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Personagens envolvidos: 
Astanis Elendil (Adryan Thanar) – elfo dourado – mago
Domeracliff – anão da colina – clérigo de Moradin
Lutz (Fiohorn) – humano brigstone – clérigo de Sta Alis
Sigurn BlessShield (Toldekan) – anão da colina – guerreiro

Saindo dos esgotos

Lentamente a claridade do meio dia, que aparecia entre as copas das árvores altas e espaçadas da floresta, ia dissolvendo as trevas do subterrâneo onde o grupo havia estado, a “ratoeira” haviam sido deixadas para trás, eles finalmente haviam saído dos esgotos de Falcon. Apesar do sol poder ser visto entre nuvens cinzentas, o frio incomum aquela época do ano (primavera), se fazia presente e os rodeava como uma névoa invisível, envolvendo os ensopados aventureiros.

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O grupo saiu dos esgotos e foi parar numa floresta.

O grupo e os conselheiros resgatados, perceberam que a saída dos esgotos os havia levado a uma área de muito verde, com arbustos, grama e muitas árvores, onde Astanis, mais do que qualquer outro, apesar de ser um sentimento compartilhado até pelos anões do grupo, se sentia confortável por não estar mais confinado aquele ambiente abafado, fétido e úmido de outrora.

Enquanto Sigurn e Lutz terminavam de retirar do túnel o baú que haviam trazido do covil de seus adversários, o conselheiro Rogar, ofegante e segurando a têmpora, quebrou o silêncio da contemplação de todos e disse com voz rouca:

“ – Sei onde estamos! Costumava vir aqui quando criança com meu pai e alguns caçadores reais. Estamos no antigo Bosque Real de Falcon. ”

Contentes por respirarem o ar puro e fresco daquele início de tarde fria, à medida em que iam se acostumando com a luz e a nova atmosfera em que estavam, a adrenalina que ainda sentiam do último confronto contra os sinistros irmãos homens ratos, Lancoff e Lanrel, e seu bando de ratazanas assassinas, lentamente ia se dissipando de seus corpos, que começavam a exibir os sinais de cansaço. Lutz e Dom começaram a examinar todos, verificando as extensões dos danos sofridos e estado de cada um dos membros daquela comitiva.

Alguns pareciam nada ter sofrido além de ferimentos e escoriações, como o conselheiro Claudius e o clérigo Domeraclif, outros pareciam afetados e enfraquecidos por uma estranha febre que despertou neles dores de cabeça e os empalideceu, como eram os casos da conselheira Cinthia, do mago Astanis e do clérigo Lutz, contudo os casos que mais careciam de atenção, segundo a percepção do clérigo de Moradin, eram os do guerreiro Sigurn e dos conselheiros Rogar e Dantas, que apresentavam um quadro mais agravado, com uma palidez mais acentuada, suores e vômitos, no entanto, dada sua resiliência anã, aos olhos dos demais BlessShield não aparentava estar muito afetado.

A maior preocupação de ambos os clérigos, era que algum dos integrantes dessa comitiva virasse um homem rato.

Conseguindo uma condução

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Cinthia Malphan

Após os tratamentos iniciais, temorosos que orcs na floresta, as ratazanas que ainda poderiam vir da passagem aberta deixada para trás, ou outros adversários pudessem aparecer a qualquer momento, uma vez que um desconhecido inimigo, apenas conhecido pelo nome “Ascaroth”, havia deixado o recinto.

Eles decidiram deixar o bosque em que estavam e dirigiram-se por trilhas que os levaram a uma estrada de terra, muito utilizada pelos habitantes da área rural do Condado e interligava algumas fazendas da região.

Após algumas horas de caminhada, alcançaram as terras de uma família de fazendeiros, que carregava uma carroça com a produção de sua colheita. Percebendo a condição precária do grupo, que progredia a pé, a duras penas, dada a saúde enfraquecida da maioria, perceberam que seria preciso barganhar com os fazendeiros para que pudessem utilizar sua carroça como meio de condução até Falcon.

Domeracliff e Cinthia Malphan decidiram ir conversar com eles, a medida que se aproximaram, perceberam que os fazendeiros forma se armando com utensílios de lavoura, como foices, enxadas e picaretas, sendo inicialmente tratados com certa descortesia por aquele que parecia ser o chefe daquela família, Malphan se entre olhou com Dom e perceberam que o fato de estarem sujos, fedidos e maltrapilhos, por terem passado horas dentro dos esgotos estava pesando contra eles naquele momento, mas quando a conselheira se identificou e foi reconhecida por um dos fazendeiros, o tratamento mudou e eles conseguiram barganhar o aluguel da carroça, que seria devolvida com um valor adequado.

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A comitiva conseguiu uma condução.

Uma vez que o problema da condução havia sido resolvido, eles conseguiram chegar à Falcon ao cair da tarde, sob um céu alaranjado, que lentamente tomava o tom purpúreo, a cidade ainda demonstrava sinais de proteção exacerbada, promovidos pela descoberta do massacre numa colina de suas cercanias, da qual o Sargento Domeracliff havia soado o alarme.

Uma vez recebidos e identificados pela robusta guarda do portão principal, Dom solicitou que a carroça fosse leva para o Torreão da Guarda, para ser devolvida ao fazendeiro posteriormente e enviou guardas para escoltarem cada um dos conselheiros as suas residências, eles prontamente agradeceram aos seus salvadores e partiram, assim a comitiva se dispersou.

Dom seguiu para o aconchego de seu lar e para elaborar seu relatório do ocorrido, Astanis partiu para a estalagem pois sentia-se encardido e cansado, Sigurn aconselhado por Lutz o seguiu e ambos partiram para o Templo da Valentia, em busca de cuidados.

Domeracliff

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Domeracliff

hegar ao seu lar, o clérigo andou levando consigo o baú, espólio da aventura, rapidamente pelas ruas quase desertas de sua cidade e lembrou-se da ameaça que perambula o exterior de Falcon. Ao chegar em casa, dirigiu-se rapidamente para a cozinha, onde sabia que encontraria sua família esperando pela prece do pai, que abriria aquela refeição, ao encontra-los, no entanto, foi repelido.

O acólito de Moradin percebeu que estava imundo e fedido, coube a sua esposa, com o máximo de ternura e gentileza que pode lhe conceder, diante de seu estado deplorável, conduzir seu marido ao quarto do banho e lhe ajudou na limpeza, durante a qual, Dom lhe relatou sobre o sucesso da missão. Maravilhada com os feitos de seu consorte, ela o felicitou pela vitória, que poderia lhe render uma boa promoção.

Uma vez terminado o banho, eles se dirigiram para um longo e saboroso jantar, incrementado com mais algumas comidas que sua mulher passou a preparar. Ela por um instante, parou para observar Dom, pois havia percebido que seu marido além de transparecer ter uma fome maior que o habitual, tinha algo em torno dele que parecia anunciar alguma mudança, ela sorriu e continuou a cozinhar.

Astanis

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Astanis Elendil

Sentindo-se exaurido e imundo, Elendil chegou a estalagem A Besta de Cleer necessitado por um banho e um descanso de sua extenuante jornada nos esgotos do condado. Ao chegar ao recinto, foi recebido pelo estalajadeiro e sua filha, que acreditavam que algum gambá havia invadido o local, ao perceberem que o odor vinha do elfo, eles se compadeceram com o hospede que solicitou e pagou por um banho especial a base de muitas ervas e essências cheirosas e por novas roupas, pois as suas estavam arruinadas.

Durante o banho, em meio aos aromas que lentamente venciam o grande mau cheiro das galerias subterrâneas pelas quais passou, sentiu seu corpo leve e foi sendo levado a um relaxante descanso.

“Astanis teve uma visão de seu passado, onde num dos pátios de Iluminah, estava sentado, com a cabeça baixa e com o semblante reflexivo, quando foi encontrado por sua irmã mais velha, Elendil estava no período em que deveria optar a carreira que seguiria, ela o olhou com ternura, como se lhe adivinhasse o pensamento e disse:

– Então será um mago? Sempre soube, desde aquele incidente com Hithlun! Sei que será um dos maiores magos de nosso povo, pois é muito prodigioso, sua inteligência não tem limites. Querido irmão, nunca deixe que ninguém lhe diga o que ser ou como agir. Seja sempre você! Tome suas decisões livremente e busque o seu potencial. Saiba que eu estarei sempre ao seu lado e lhe apoiarei em qualquer decisão que venha a tomar, pois sempre lhe amarei.

Ele levantou a cabeça e contemplou o belo rosto dela iluminado pela luz do sol e percebeu o esplendor dela e o calor de seu amor preenchendo o ambiente com o doce aroma do jasmim, flor que tanto gostava. Um raio de luz solar lhe ofuscou os olhos fazendo que o mago despertasse de seu transe dentro da banheira.”

O elfo sentiu como se uma corrente de energia lhe percorrer o corpo, lhe gerando um estranho calafrio, nesse instante ele sentiu uma forte tontura, a fraqueza dominou seu corpo, levando Astanis a procurar alguém em quem confiava para ajuda-lo, alguém que começava a lhe parecer familiar, ele foi encontrar o anão Domeracliff.

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Criação e elaboração: Patrick, Aharon Freitas, Bruno Freitas e Brunos Santos,
Fontes de imagens: internet
Fonte da imagem da capa do artigo: autoria de Shin

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Sobre o Autor: Patrick Nascimento

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