Greyhawk

Interações | Parte VIII – Sandy e Kalin

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Esse artigo é o último da série Interações. Sandy e Kalin abrem o jogo sobre os rumos da confraria de heróis que servem a Furyondy e mutuamente eles chegam a conclusão que precisam se unir como nunca antes…

Esse é um texto original escrito por Bruno de Brito e que recebeu uma contribuição na Revisão sem precedentes de qualidade de Fabrício Nobre, muito obrigado Eophain!

Nota do Revisor: Deste fragmento do Artigo, os textos originais de cada interação foram preservados ao máximo, mantendo a essência de cada diálogo.

Se perdeu? Não se desespere, veja o primeiro capítulo dessa série importante de artigos dos Heróis do Trono!

Interações | Sandy e Kalin

 clérigo está feliz por rever a paladina e ambos caminham pelo templo, conversando sobre o que ocorrera a cada grupo após a separação. Kalin falava sobre o episódio ocorrido nas Colinas Kron e Pedra de Kir, assim como o motivo pelo qual retornara. A noite está tranquila e fresca.

Benelovoice o observa com um olhar de curiosidade e um semblante cansado. Porem, mesmo estando completamente exaurida, seus olhos se mantém firmes, com seus ouvidos atentos a cada palavra do sacerdote.

“- Pelo sagrado raio de Heironeous, Kalin! Definitivamente o grupo de vocês foi deveras bem sucedido! Dragões são criaturas ardilosas e muito poderosas. Nos enfrentamos um em Hommlet e sei bem do que está falando. O mais importante é que conseguiram restaurar a paz no local. Creio que se tiveram que eliminar os gigantes,  foi uma medida que acreditaram como certa. Por mais que eles estivessem sendo manipulados pelo dragão, livres eles representavam uma ameaça constante para a vida dos pequenos e daqueles que adentrassem em seu território. Embora acredite que você, como um arauto da vida,  mesmo enervado com a atitude destes criaturas, poderia ter dado a chance para que eles se rendessem. Mas é como você disse: – “Estavam com sede de vingança”. Infelizmente este sentimento pode funcionar como um veneno para os heróis, o que torna nossos atos menos heroicos. Se culpe por isso para tentar compensar numa próxima oportunidade. Ate mesmo eu, uma paladina, fui acometida por este sentimento algumas vezes.

Sandy continua:

– “O importante é ponderar e tentar enxergar através dos sentimentos que carregamos. Algumas vezes, principalmente em situações que me revoltam, eu procuro me silenciar um pouco e orar a Heironeous. Nas orações, busco em meu âmago a resposta mais sábia para tentar tomar a melhor decisão. Aquela que cause menos danos com o maior bem possível. “

Alinhamentos

” – Agora Kalin, tenho algumas dúvidas. Duvidas triviais, para entender melhor o relato e outras mais importantes. Diga-me, o casamento do filho do Dandelion,  que havia morrido na guerra dois anos antes, morreu uma anciã, não? Ela era a gnoma que esteva aliada aos gigantes?”

” – Sim, ela supostamente morreu, mas foi um engodo – respondeu Kalin – A anciã foi usada pelo dragão Melniir para enfraquecer Dandelion, e por consequência, a fé em Segojan”.

Sandy continuou:

– “E quanto a Rathnar? O Deus dos elfos possui dogmas e conceitos que diferem, às vezes, minimamente e outras, completamente diferente dos deuses humanos. Mas se ele se tornou um algum tipo de paladino de sua divindade, é porque, de alguma forma, suas atitudes o recompensaram para isto. É um prêmio e ao mesmo tempo um fardo. Mas, só por curiosidade, ele explicou o que o levou fazer o que fez?”

– “Ele confessou, posteriormente, que agiu de forma errada. Por ter julgado que a anciã era cúmplice do dragão no que ocorria”. – justificou o clérigo.

“- Entendo. O dragão havia coagido à gnoma e os gigantes para que trabalhassem juntos em busca dos fragmentos do tal disco, cujo principal objetivo em alcançá-los era para prejudicar uma divindade inimiga – ponderou a paladina – Entendi corretamente mestre Orochi? Penso que o julgamento até foi correto, mas ele não levou em consideração que a gnoma esteva sendo coagida para isso. Mas o erro foi reparado? As vidas ceifadas foram devolvidas? Al Durkan foi o único a regressar? – Pergunta Sandy, arqueando as sobrancelhas – Essa é uma divindade gnoma? O que ele fazia ali?”

Sandy tinha varias perguntas para Kalin e o sacerdote respondeu a todas. Dizendo por fim:

“Sandy, essa empreitada nas terras dos gnomos foi repleta de lições que carregarei para sempre”.

A Missa

Após contar seus percalços e contratempos ate a chegada em Verbobonc, Kalin expõe a Sandy seus planos a médio e curto prazo. Juntamente com Erzurel os sacerdotes chegaram à conclusão que uma missa para estabelecer critérios de paz e união seria muito bem vinda.

 – “Farei um apelo à paz entre Verbobonc e as Colinas Kron. Mostrando que esse ambiente de conflito é um terreno fértil para o mal operar. E as pessoas perderem entes e amigos queridos. Gostaria de sua presença”.

A Paladina se comoveu pela ideia altruísta do servo de Pelor. Mesmo em meio a uma missão extremamente importante e vital, o sacerdote ainda conseguia encontrar tempo para levar alento e elevar o moral dos fiéis, além de trazer consigo uma mensagem de paz. Sandy se levanta do banco da capela com um turbilhão de ideias em sua mente. Ela segura as mãos de Kalin com firmeza e diz:

– “Faremos de sua missa heroica um evento épico e impecável! Que sua mensagem de paz e alento seja ouvida e lembrada por muito tempo!  Não só estarei lá, mas me encarregarei de que tudo saia de acordo! Só preciso saber quais preparativos planejou, pra ajudar naquilo que faltar”.

Sorrindo de contentamento por receber a aprovação e ajuda da paladina, o sacerdote diz:

–“ Deixei Erzurel responsável pelos arranjos, visto que, antes da missa, realizarei um ritual para Santificar este local. Isso demandará de mim um dia inteiro, além de um grande desgaste físico. Mas estarei inteiro para a missa. Não precisa se preocupar, minha cara amiga.

– “Entendi. – concordou a paladina No entanto, os inimigos de Pelor, por trás dos eventos da degradação deste templo e queda de seus templários, podem orquestrar um novo levante, visto que sua missa poderá ser considerada uma afronta. Precisamos nos encarregar de sua proteção e dos presentes. Penso que você, atualmente, é o mais alto clérigo aqui. Mas se Erzurel está a par de todo o seu esforço e conhece todos os detalhes, tratarei com ele então. Preocupe-se apenas com a sua missão. A minha, em nome do poderoso raio de Heironeous, será garantir que a sua seja um sucesso!”

“- Obrigado Sandy.” – Agradeceu satisfeito Kalin.

– “Não por isso, meu caro. Agora devemos descansar. Você precisará de cada fibra de ser para o evento que está por vir. Boa noite e que Pelor e Heironeous vigiem seu sono!”

E assim, Sandy e Kalin se separam. Só voltaram a se rever a noite do dia 05 e ainda rapidamente. Sandy entrega ao sacerdote seu manto mágico e uma poção. Ela fala com o sacerdote sobre como procederá a missa. O sacerdote não fica muito satisfeito sobre como eles irão proceder, mas não tem tempo para discutir.

No caminho para seu quarto ela vai contemplar brevemente o corpo velado de Nybas.

Ela faz uma prece de Heironeous para o destemido e heroico guerreiro dizendo para si mesma:

 – “Você retornará Nybas! Precisamos de todos os heróis possíveis. E pelo sangue de Heironeous, te digo que o reino não pode se dar ao luxo de perder um de sua grandeza!”

Depois disso, a paladina se recolhe.

Em outro comodo, Erzurel prepara-se para seus repousar.  Porem, o dialogo com Kalin trouxe-lhe mais do que tranquilidade e paz. Sentando-se na sua escrivaninha, com papiro e tinta, ele escreve uma carta. Uma ideia corta sua mente naquele momento.

A Carta de Erzurel

Carta aos nobres e personalidades proeminentes do Viscondado de Verbobonc:

– “Nobres amigos da fé,

Informo-lhes que uma Sombra se abateu ao Templo da Flor do Sol. A batalha foi dura e difícil, mas os raios solares do Grande Pelor se fizeram presentes, embora grandes tenham sido nossas perdas.

Convido-os para uma missa de Santificação, para daqui a duas manhãs, no dia 06 de Preparos de 597 CY. “A missa será conduzida pelo Clérigo Kalin Orochi.”

Ass: Erzurel Greyson de Pelor.

E essa é a última interação. No próximo artigo vocês saberão como os Heróis de Ferro e Selvagens se planejaram para a missa Heroica, e em um artigo posterior, a Missa afinal.

Continua…

Bruno de Brito

Mestre da campanha "Aurora dos Conflitos", ocorrida no cenário de Greyhawk. Entusiasta do sistema Pathfinder, fã de Magic: The Gathering e churrasqueiro nas horas vagas.

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