O que posso falar deste personagem ímpar e cheio de riqueza e história?
Sem sombra de dúvidas ele é o mais marcante dentre os vários que tive.
E olha que já tive vários personagens.
Porém, Rathnar tem algo que o diferencia dos demais. Ele é um sobrevivente que passou por diversas transformações ao longo de sua jornada e, para minha surpresa, continua passando.
Apesar de tombar em diversos momentos, esse herói sobreviveu a muitos desafios mortais sem jamais perder a coragem e a fama de intrépido e ousado.
E é sobre isso que vou falar neste artigo.
Índice de Conteúdo
Rathnar Selfanar é um dos primeiros heróis PJs em Greyhawk mestrado pelo DM Bruno Brito.
O alto-elfo de cabelos ruivos foi criado no ano de 2006, quando Bruno Brito começou a mestrar no cenário de Greyhawk (abandonando de vez os cenários próprios para utilizar um oficial do sistema D&D).
Este personagem inicialmente foi concebido para ser um duelista, mas ao longo de sua carreira, foi modificando seus talentos e perícias em uma jornada para se tornar um Campeão de Corellon Larethian, uma classe de prestígio de D&D 3.5.
Eu me lembro muito bem, para ser um Campeão de Corellon Larethian não era uma tarefa fácil. Era necessário diversos requerimentos (confira a classe aqui). Porém, eu tinha traçado um caminho que culminaria na acensão como campeão e estava disposto a cumpri-los.
Pois bem, mas a jornada de Rathnar o fez passar por modificações.
Para descrever a evolução e transformações deste herói, fragmentei em seis fases.
O início de suas aventuras, o elfo era um intrépido duelista e guerreiro.
Nascido em um berço de ouro, Rathnar era filho de nobres que controlavam o clã élfico Selfanar (confira sua história aqui).
Inquieto, galanteador, de coração honrado e espírito livre, Rathnar queria percorrer o mundo em busca de aventuras para fazer o bem. Tinha um temperamento boêmio, amava lutas, mulheres e tavernas, o elfo vivia uma vida de aventureiro sem responsabilidades.
Foi nos primeiros níveis que percorreu o Ducado de Urnst e encontrou os primeiros heróis que se tornariam seus maiores aliados, como Kalin, Hadauck, Riore e Lilack.
Enfrentou diversos desafios que quase o levaram a morte imediata (como enfrentar sozinho urso-coruja, pantera deslocadora e ogros).
Rathnar era arrogante e sorria da morte, pois achava que era abençoado pelos deuses élficos.
Sua alcunha, de “Lâminas Ardentes”, deveria percorrer por todos os lugares que cruzasse. Era esse seu desejo.
Após diversas aventuras ao lado de seus companheiros, Rathnar começa a mudar a medida que ganhava notoriedade e respeito.
Ele fez várias aventuras, porém, foi no Lar de Tamoreus que tudo mudou.
Ter ultrapassado os desafios de salas e corredores das masmorras do Lar de Tamoreus fez do alto-elfo um herói mais maduro e experiente.
Para ler mais alguns trechos dessa épica aventura, acesse:
Ao final desta grande aventura Rathnar e seus aliados se tornam Campeões de Versis, o dragão prateado. Ele e seus amigos deveriam encontrar as armaduras dos dragões metálicos, que representavam a epítome do bem e da ordem em Flanaess.
Depois de mais algumas outras aventuras, o elfo de cabelos vermelhos havia conquistado respeito após salvar cidades e vilas do Ducado de Urnst.
Ao final desta fase que Rathnar finalmente se torna um Campeão de Corellon Larethian, o qual tanto sonhava em ser.
Porém, teve pouco tempo de atuação propriamente dito.
Após uma aventura na Floresta Celadon, Rathnar encontra uma armadura amaldiçoada.
Sem saber, o elfo havia vestido uma armadura construída por um poderoso liche chamado Aberain Melquisedec, também conhecido como Anacrael.
Essa armadura fazia parte de um exército de guerreiros esqueletos que o serviam no passado, conhecido como Karn’Athi’s.
A partir daí era a morte que sorria da desgraça do elfo…
Durante uma período obscuro, Rathnar se transformou em um morto-vivo, um guerreiro esqueleto sob o poder de Anacrael.
O corpo do elfo passou por uma transformação tenebrosa.
Inicialmente sua pele começou a secar, se deteriorar, como se estivessem descamando.
Em um processo lento, depois vieram os músculos, que ficaram fracos e se desfaziam com o toque. Em seguida a gordura e seus órgãos, até sobrar apenas os ossos. Apesar de não sentir dor, era tenebroso e abalou fortemente o psicológico do herói.
Mesmo nessa condição, Rathnar realizou algumas aventuras para ajudar forças silvestres em Celadon. Em uma delas salvou Irakku, o Rei-Fada do Vale do Vento Cerâmico.
O elfo ainda conseguia controlar suas atitude, pensamentos e ter sua consciência intacta. Ele não sentia mais fome, sede, sono ou cansaço. Durante as noites, mesmo acordado, vislumbrava diversos pesadelos e chamados obscuros vindo de trevas longínquas.
Rathnar sabia que Anacrael o convocava. O liche ancestral estava utilizando uma das últimas armaduras em Flanaess para servir a seus desígnios.
O Campeão de Corellon fez de tudo para tentar se livrar do item amaldiçoado, porém sem sucesso.
Em dado momento em sua jornada, Rathnar é encontrado por um grupo maligno conhecido como Espada de Marskala. Este grupo era formado por Kherantes, um aspecto maligno de paladino (um antipaladino), Finan um thiefling ladino e Khalile, a Bruxa de Urnst (uma druidísa corruptora) e todos serviam Anacrael.
Rathnar se viu obrigado a atender ao chamado e, se juntou a Espada de Marsakala para invadir uma masmorra onde Anacrael estava aprisionado.
Ele era literalmente a chave para removê-lo de uma prisão mágica.
O final da transformação era justamente o reencontro com seu criador. Rathnar estaria perdido para sempre, pois deveria subserviência completa ao liche.
Seria o seu fim.
Porém, o elfo foi arrebatado e salvo pelo poderoso Versis, o dragão-prateado a qual havia o escolhido como um de seus campeões.
O dragão salvou o elfo, rompendo a armadura e teletransportando-o para longe dali.
A explicação e razão para isso era óbvia: Anacrael era o arquirrival de Versis e o seu retorno também culminou no chamado do dragão ancestral.
No passado, Melquisedec ao lado de outros poderosos vilões conhecidos como O Anel Enegrecido invadiram as terras de Urnst, espalhando medo e terror. Eles foram confrontados por heróis conhecidos como Campeões de Versis, sendo derrotado e aprisionado.
Até então…
Após ter sido salvo por Versis, Rathnar reaparece tempos depois em Seltarem, no Ducado de Urnst.
O motivo que fez Versis salvar Rathnar jamais foi revelado. Sua memória também não permitia relembrar com detalhes o que de fato aconteceu antes. Ele apenas tinha vagas lembranças.
A partir desse ponto o alto-elfo tinha somente uma missão: encontrar uma forma de salvar a Floresta Celadon, que havia se tornado a Floresta das Trevas (ou Floresta Obscura).
Orquestrado pelo malignos drows de Sirrel-Dramaskan e pelas forças de Anacrael, a outrora imponente Floresta Celadon foi alvo de uma poderosa magia que fez a árvore-mãe adoecer e, na sequência transformar toda a mata em negra (corrompendo também os animais silvestres).
Ao buscar forças para combater todo este mal, Rathnar se une ao Exército de Libertação de Lady Thaumiel e assume as responsabilidades como general (Raelar) do exército.
Visto como herói e verdadeiro general, Rathnar treina soldados, realiza missões e guia o exército pelas terras de Demesnes.
Em uma de suas missões, Rathnar liderava um grupo para livrar a cidade de Antecer de forças extraplanares.
Porém, no fim dessa aventura o elfo morre quando ele e seus aliados enfrentaram Makumatan, uma avolakia, a entidade que liderava o cerco a Antecer na Torre de Gelo (outrora conhecida como Torre da Diplomacia).
O elfo falha pela segunda vez.
E isso o fez desacreditar na fé em Corellon e todas os motivos pelo qual lutava.
Ele se sentia um fraco, indigno da benção do senhor dos elfos.
Mesmo inconformado e desgostoso por ter falhado em Antecer, o elfo de cabelos ruivos regressa ao mundo dos vivos, porém não mais como Campeão de Corellon.
Depois de ter sido ressuscitado por forças divinas, Rathnar ressurge novamente por Celadon.
O alto-elfo se recorda de parte de todo acontecimento que culminou em sua morte em Antecer.
Apesar de parecer ter ficado muito tempo fora do plano material primário, pouca coisa mudou. Pelo contrário. A Floresta das Trevas cresceu. Celadon cada vez mais se curvava diante de um poderoso e inescrupuloso poder maligno (ainda mais agora, com Anacrael liberto de sua prisão).
E era para justamente combater este poder que o alto-elfo regressou do mundo dos mortos.
Desse momento em diante Rathnar inicia uma jornada em busca de novos aliados, já que não tinha mais contato com Thaumiel e outros membros do Exército da Libertação.
Ele reencontra Lilack em Pontyrel. A pequena halfling havia se tornado uma rebelde, que lutava contra as forças malignas da região.
Naquela ocasião, a ladina explica origem da Floresta Obscura e das forças malignas que orquestravam nas sombras.
Rathnar, com a ajuda de Lilack, realiza uma aventura importante, a qual culmina no resgate de Kalin Orochi e o oráculo Sabyr Arkadani em As Masmorras de Morea.
Ao longo dessa e outras aventuras fica claro que Rathnar havia mudado.
Seu temperamento se torna taciturno, fechado e objetivo. Ele não era mais aquele elfo alegre, boêmio e carismático. Ele agora só queria sangue, destruir seus inimigos com sua lâminas e vingar todo povo élfico.
Após essa aventura, o herói elfo, com a orientação de Sabyr Arkadani, viaja pelas terras e cidades até chegar no Reino de Furyondy. Lá tem os primeiros contatos com um novo grupo de heróis, liderados pelo guerreiro mago Theros Gatts, a paladina Sandy Benelovoice e pelo Rei Thrommel , descendente do trono de Furyondy.
Na vila de Nulb, Rathnar segue com este grupo para invadir as lendárias masmorras do Templo do Mal Elemental, e realiza diversas aventuras.
Um grande mudança estava pra acontecer novamente na aventura A Pedra de Kir.
Após ter assassinado a gnomo Carla Tyle, em um ato de julgamento e execução, Rathnar não sabia, mas tinha disparado a flecha moral que afetava todos seus valores e crenças.
Por acreditar que Carla Tyle havia orquestrado o o plano maligno que afetou a terra dos gnomos, Rathnar disparou flechas de seu arco-longo sem questionar.
Essa atitude não só custou a vida da gnomo, mas também favoreceu a morte do guerreiro Eophain Al’Durkan e desestruturação do seu grupo no combate contra o dragão-vermelho Melniirkumaukreton.
Em seguida, em outro momento dessa aventura, o elfo guerreiro quase perde a vida ao lutar contra a morte contra um pudim negro espectral. A criatura havia engolfado completamente o corpo de Rathnar, destruindo todos seus equipamentos comuns e mágicos.
Desgostoso e infeliz por todos acontecimentos, Rathnar havia concluído essa aventura com a fé, valores e vontade completamente abalados.
No entanto, o grande Deus dos Elfos tinha um destino grandioso para o herói.
Após uma longa conversa com sua divindade, o qual fala sobre penitência e culpa, Rathnar sofre uma intervenção divina sobre seu corpo e personalidade.
Rathnar após um arrebatamento divino, sob a égide de Corellon Larethian, sofre uma transformação radical.
Seus cabelos se tornam prateados e seus olhos azuis celestes.
Sua personalidade muda, bem como sua visão e valores sobre tudo que o cerca.
Rathnar sofre uma mudança completa em suas habilidades, comportamento e personalidade.
Outrora chamado de “Lâminas Ardentes”, o elfo deixa de lado o caminho da espada e se torna um arqueiro paladino, em prol da Justiça, Honra e Proteção do povo élfico e de Corellon Larethian.
Desde então, Rathnar volta a ter fé, ser carismático, influente e agir como um líder.
Era como se ele voltasse a trilhar o caminho o qual não deveria ter se desviado.
Rathnar se junta aos heróis do grupo intitulado os Defensores do Trono.
Seu destino está traçado: libertar o Reino de Demesnes e salvar a Floresta Obscura de Celadon.
E ele não vai desistir.
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