Greyhawk

Preparativos da Missa Heroica – Parte V

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Esse artigo reúne os fatos que antecederam a Missa Heroica ocorrida no dia 06 de Preparos de 597 CY (On Game). Um ponto curioso é que essa sessão ocorreu integralmente via Whats App. O que representa um marco na história de como jogamos RPG.

Jogadores participantes:

Patrick Nascimento – Sandy Benelovoice
Bruno Gonçalves – Rathnar Selfanar
Aharon Freitas – Erzurel Graysson
Marcelo Guimarães – Aescriel
Fabrício Nobre – Eophain Al´Durkan

Lester Winchester – PdM
Hadauck, o Falcione – PdM

Este é um texto original escrito pelos jogadores e Bruno de Brito. O artigo foi revisado pelo Nobre, Fabrício.

Obrigado companheiro Fabrício pela habitual habilidade de transformar os artigos de Greyhawk nessa obra prima!

Esse artigo é uma continuação da história:

Duas Missas

– “Não pode haver multidão dentro. – Ponderou Rathnar. – Apenas pouquíssimas pessoas. Os fiéis deverão aguardar do lado de fora. Acredito que o ideal é ocorrer uma oração ou benção ao final para todos, tanto os que assistiram dentro, quanto os do lado de fora. Mas somente os clérigos podem organizar isso, pois eles que sabem como funciona os preceitos e dogmas religiosos.”

– “Concordo com mestre Rathnar. – Disse a Paladina.Não poderemos espremer as pessoas dentro desta templo. Precisamos que as autoridades, até pela posição delas, sintam-se seguras no interior do templo. E para isso é melhor que os plebeus fiquem do lado de fora. Kalin poderá repetir a missa para eles, posteriormente. Assim teremos um evento mais longo, mas cuja proteção será mais eficaz. Se fizermos apenas a primeira missa para as autoridades, garantimos o controle do evento e prevenimos qualquer eventualidade, pois podermos focar na proteção deles no interior do templo.”

Dankester e Hadauck balançam a cabeça, concordantes.

– “ Então é melhor que seja uma missa a portas fechadas. – Conclui Rathnar. Depois fazemos uma missa maior e mais abrangente para o povo. Caso assim concorde o sacerdócio de Pelor. Onde está Kalin? Ele deveria estar aqui presente.”

– “ Ele está envolvido no ritual de santificação – Disse a Paladina, olhando ao redor. Vocês devem tê-lo visto pelos arredores do templo envolvido em sua sagrada tarefa. Ele está em transe e não pode ser interrompido por nada.”

A Organização

– “ Vamos então organizar, com base nessa lista de convidados, como ficarão nossas posições. Seria bom algum representante local estar presente, um diplomata ou emissário. Assim fica mais fácil organizar a defesa. O que acham?” – Disse Rathnar, aguardando a confirmação dos presentes.

– “Monsenhor Regis pode ser esta pessoa. Ele é uma das altas autoridades desta cidade, podemos ir a sua mansão e solicitar uma breve audiência para tratarmos dos ajustes e ouvir suas sugestões.” – Declarou a Paladina.

Dankester declarou, desconfiado:  “Isso pode irritar o povo. Uma missa de portas fechadas.”

– “Por isso que a comunicação é essencial. A presença do sacerdócio é crucial para comunicarmos aos plebeus. Lembrando a todos que nossa preocupação é a segurança.”– Disse Rathnar.

– “Você conseguiria isso Erzurel? – Questiona Hadauck.

A paladina se volta para Aescriel e pergunta: – “Aescriel, seu poder consegue prever os acontecimentos da missa? Que sugestões você tem para nós? Seu conhecimento milenar, assim como de mestre Rathnar são cruciais nesta empreitada!”

E respondendo aos questionamentos de Sandy,  Aescriel se manifesta:

– “Sandy, a previsão literal de acontecimentos é especialidade de Sabyr. Além disso, sei que clérigos podem consultar seus deuses para saber se suas atitudes estão corretas. De qualquer forma não tenho tais capacidades. Posso espiar o presente e a partir daí tomar decisões.”

E ele continua:

– “Sobre a proteção do templo, concordo com Hadauck. Está muito difuso a compreensão de quem seriam nossos inimigos. Não há uma ameaça específica e isso dificulta a formulação de um plano de proteção. Logo temos aqui um plano genérico, porque é assim que deve ser dada a incerteza dos possíveis inimigos e de um eventual ataque.”

Mesmo percebendo o olhar de descontentamento da paladina, ele prossegue:

– “Noto muita inquietude de sua parte, Sandy. Estou ficando preocupado. Se houver uma ameaça específica que saiba que pretende acabar com o templo, por favor me revele. Assim, posso ajudar melhor. Se não, concordo com o plano, acrescentando que alguém com boa percepção devera estar mais fora do templo, circulando a região para notar um possível distúrbio exterior.

– Eu estarei dentro do templo percebendo qualquer anomalia mental nos presentes. Eu poderei manter sensores mágicos também ao redor do templo, como vigilância. Ainda assim, gostaria de ressaltar dois pontos: Se o plano de segurança não for compartilhado e aceito pelas forças de segurança de Verbobonc, haverá uma confusão natural. Não precisa revelar os pontos estratégicos, mas o esquema de acesso.

– Segundo, alerto aos paladinos que ficarão detectando o mal para que não confundam os reais inimigos. Pessoas com índole má existem em todas as camadas da sociedade. Tentem não confundir com o real inimigo. Além disso Sandy, lamentavelmente, não conversamos muito desde que cheguei aqui. Você e Erzurel poderiam me explicar melhor o que aconteceu aqui no templo? Por fim, apoiarei a maioria no que decidirem sobre a missa.

Balançando a cabeça em concordância com as respostas de Aescriel sobre suas habilidades e posicionamento, Sandy diz ao final:

– Em verdade, o que temos realmente são incertezas. Justamente por isso que precisamos de um plano que, minimamente, possa cuidar delas, ou pelo menos diminui-las. Minhas preocupações já expus e posso repeti-las, Aescriel. Mas certamente, as autoridades não devem saber todo o plano, até para a proteção deles mesmos. A parte mais operacional eles precisam saber para podermos pô-lo em prática, mas os detalhes como a localização de vocês, isso é desnecessário. Isso só deve ser de conhecimento nosso. 

– Em breve lhe darei ciência sobre tudo o que ocorreu, mestre elfo.” Voltando-se para os demais, ela acrescenta:

“Então parece que estamos definindo a estratégia para a missa. Serão duas sessões do sermão de Kalin Orochi, sendo a primeira missa para as autoridades.

 – A segunda missa será ministrada para o povo em geral. Eu ficarei do lado de fora, concentrada em sentir o mal naqueles que forem chegando e adentrando a nave. Deverá ficar ao meu lado um combatente, provavelmente Al’Durkan – Diz Sandy, sem esconder o riso irônico.Do lado de dentro, ficará mestre Rathnar fazendo o mesmo com Hadauck, lhe garantindo proteção. Aescriel ficará misturado as autoridades de Verbobonc, enquanto Dankester ficará entre os emissários de Colinas Kron. Erzurel ficará com Kalin. Erzurel, por gentileza, solicite que alguns trabalhadores do templo se encarreguem de dar a notícia da pequena alteração no cronograma.

Uma voz isolada

– “Agora – Sandy continua  Primeiro, os detalhes de maior ordem: precisaremos que o quarteirão seja fechado, permitindo apenas a passagem das autoridades. Depois, quando a primeira missa acabar e todas as autoridades tenham partido, é que o bloqueio deverá ser desfeito. Isso é algo que só as autoridades locais podem fazer e é um dos pontos a serem levados com maior relevância para Regis.

– Outro detalhe é que, segundo o que Erzurel me informou sobre o ritual de santificação, nenhum corruptor poderá adentrar no recinto até um ano depois de findo o ritual. Imagino, e- corrija-me se estiver errada Erzurel, itens profanos perdem suas propriedades.

– Um outro detalhe de importância é que todos nós, independentemente de estarmos no recinto, precisaremos estar sob a benção de proteção contra o mal para evitarmos sermos possuídos pela vontade corruptora, como aconteceu com Nybas. Como falei brevemente a vocês em nosso reencontro, quando também contei sobre o estado de nossa missão aqui.”

Visivelmente incomodado, Erzurel falou: – “Não concordo com duas missas. O Sol brilha para todos a todo instante. Não vejo porque desta separação. Todos são iguais perante ao Grande Sol,  pobres e ricos. Não concordo com está divisão. Se algo acontecer teremos que proteger todos. Sem distinção.
Temos que está preparados para agir.”

– “Você não compreende, Erzurel. – Disse Rathnar. – É justamente por uma questão de segurança que estamos propondo toda essa mobilização. Não estamos questionando ou separando pobres de ricos. Mas evitando riscos maiores já que esse evento também eh de cunho diplomático, político e não apenas religioso.

– “ Se formos realizar duas missas, será visto pela população com descriminação. – Pondera Erzurel Poucos entenderam a questão de segurança, pois estão no templo da Flor do Sol, um local onde reina a paz e estão todos seguros. Removemos toda mácula do templo, lavamos o sangue dos inocentes e também dos profanos! E isso foi feito pelas mãos que ficarão do lado de fora do templo? Aqueles que mais se dedicaram,  estarão em um segundo plano? Como posso explicar isso a eles?

Respirando fundo, Rathnar argumenta: – “Como acha então que deve ser feito a segurança daqueles que estarão do lado de fora? Como podemos nos guardar aqueles no interior do templo e aqueles que não conseguirem entrar? Sabe dizer se teremos auxilio militar externo?”

– “Quanto a esse aspecto não consigo ajudar, não sou militar – Lamenta Erzurel. –  Mas minha sugestão de alocação dos fiéis deve seguir a seguinte divisão: A direita alocamos assistentes, familiares e seguidores fiéis ao templo, e isso logo nas primeiras fileiras e por ordem de chegada. A esquerda alocaremos os nobres também por ordem de chegada, mas assegurando a quantidade de assentos para os que confirmaram presença. Dentro do templo só ficará uma quantidade reduzida de pessoas.

Confortavelmente aqui cabem 50 pessoas dentro, mas essa quantidade pode dobrar se metade ficar de pé. A sala do culto, principal local do templo, possui cerca de 13m x 20m e com as portas abertas chega a 13 x 25m. À frente do templo estão as escadarias e essas possuem 15m por 6m, podendo caber cerca de 60 pessoas assistindo o culto de forma bem parcial.”

Demonstrando um semblante de surpresa e espanto para com a declaração de Erzurel, enrubescida, Sandy retruca – “Não! Pelas bençãos do Senhor dos Heróis, jamais proporíamos uma divisão dessa se não fosse estritamente para garantir o bem de todos! Mestre Rathnar tem razão não estamos dividindo as missas em razão do status de seus participantes, mas sim para garantirmos a proteção de todos!

“- Vejam bem, se entre nós já está difícil separar as coisas, imaginem amanhã. – Declara Dankester.

Continua…

Bruno de Brito

Mestre da campanha "Aurora dos Conflitos", ocorrida no cenário de Greyhawk. Entusiasta do sistema Pathfinder, fã de Magic: The Gathering e churrasqueiro nas horas vagas.

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