Starfinder – Prólogo dos Sóis Mortos

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Apresentem-se aos seus postos, tripulantes, trazemos aqui o prólogo de “Sóis Mortos” uma campanha de Starfinder que está em andamento. Como estamos gostando de jogar, decidimos publicar a aventura no YouTube e, para situar os novos tripulantes do ocorrido até então, faremos uma série de textos começando por esse. Boa viagem aos que embarcarem nessa nave.

A bordo da Ilithya

Um cargueiro surrado, velho, maltrapilho, cuja lataria já nem apresentava sua pintura original: isso tudo é elogio, em se tratando da Ilithya, seus problemas eram muito mais profundos. Talvez se pense “Ela tinha problemas mecânicos! ”, “(…) o núcleo deve estar sem energia! Os freios cinéticos desgastados… Ou talvez o motor já não consiga desenvolver tão bem… Ou pior: o computador central está irreparavelmente infectado! ”, mas isso tudo não passavam de contratempos, problemas que poderiam ser facilmente consertados com recursos suficientes. O grande enleio desse comboieiro espacial era sua tripulação. Ah! Maldita tripulação! A começar pelo seu capitão; um Ysoki cujo nome era Escari.

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Ilithya – Cargueiro do capitão Escari.

Como um bom capitão de nave, Escari tinha boa lábia e parecia saber sobre tudo, tendo domínio sobre qualquer situação. Com um enfoque maior no “parecia”, pois essa era a única coisa na qual ele brilhava: na encenação. Sua tripulação refletia seus ensinamentos, pois ele privilegiava o nepotismo e preferia os bajuladores ao seu lado do que os competentes e prodígios. Sempre que desembarcava em uma nova doca, a Ilithya parecia abrigar uma competente tripulação de trabalhadores braçais, cujos sonhos eram utopias de conquistas monetárias e usufruto dos lazeres merecidos por anos de profissão. Mal sabiam seus contratantes que a comitiva era formada por piratas, ladrões e fanfarrões. Fraude de seguro; roubo, desvio e troca de carga; invasão e pilhagem; trafico de substancias ilícitas; esses eram apenas alguns dos crimes cometidos comumente pela tripulação. Neste momento você deve estar se perguntando: “Mas com uma vida de crime tão ativa, como eles deixaram a nave ficar em frangalhos?”. A resposta é bem simples: a ganancia do Ysoki. Para satisfazer a sede de créditos de seu capitão eram necessários recursos incomensuráveis, algo quem nem mesmo o tempo de vida (ou morte) de um necrovita seria capaz de acompanhar.

Com toda esta encenação, sempre que precisava de cargos novos, Escari acabava recrutando novos trabalhadores competentes, na vã esperança de que esta nova injeção de ânimo e boa vontade (aliada ao baixo retorno financeiro) fosse capaz de reparar os defeitos de sua nave.

E é assim que os nossos aventureiros se conheceram a bordo da velha Ilithya; uns como parte da tripulação temporária; outros utilizando a carcaça espacial como mera carona…

Mas eis que surge a seguinte questão: “Mas peraê! Como um grupo de aventureiros se uniu em meio a esse lixo voador?”, e a resposta é um grande clichê: um grande acidente.

A arremetida

Ilithya foi atacada subitamente por Necrojatos da Frota Cadavérica! Tão logo os escudos de defesa foram destruídos, uma pane geral se alastrou pelo sistema de alimentação e alcançou o seu reator principal, criando um verdadeiro caos e minando a já reduzida confiança da tripulação. Os “intrépidos” navegadores logo abandonaram seus postos e trataram de fugir. E todos sabem que são nesses momentos de desespero e desesperança que os heróis aparecem. Haviam resolutos de espirito em meio aos inúteis… Havia esperança!

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Necronave

Mas os poucos que ficaram conseguiram uma sinergia única, que pouco a pouco foi delineando um esboço de triunfo… Canais de comunicação foram reestabelecidos, interfaces de armas reativadas, e naves inimigas abatidas. Eles se entenderam com uma linguagem que não pode ser dita, falada ou ouvida, somente sentida. Os inimigos foram recuando, seus destroços aumentando e a batalha, disparo após disparo, estava sendo ganha. Mas a batalha; não a guerra! Mesmo afugentando a Frota Cadavérica, a Ilithya estava condenada e seus últimos tripulantes (talvez os melhores que essa nave já viu) entraram nas capsulas de fuga.

O contrato

Os sobreviventes foram resgatados por um cargueiro Akitoniano, e lá um deles recebeu a incumbência de conseguir um grupo interessado em se afiliar à Sociedade Starfinder, uma guilda de destemidos pesquisadores e desbravadores que tenciona desvelar os grandes mistérios do universo. Quem melhor para convidar senão aqueles cuja vida ficou em suas mãos e sua vida nas mãos deles? Quem melhor para integrar um grupo do que aqueles que se reergueram das cinzas e lutaram até o fim? E assim, com o grupo indo ao encontro de um representante da Sociedade Starfinder, na Estação Absalom, começa nossa jornada.

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Sobre o Autor: Rafael Maradona

Mestre das campanhas "Sóis Mortos" e "Contra o Trono Eônico", do sistema Starfinder. Mestre de "Maldição da Extinção", do sistema Pathfinder. Jogador e mestre da campanha "Aventuras em Golarion" e jogador de "Pendor de Pedra Pestilenta". Integrante do Orbecast. Adorador de Asmodeus e não vê pornografia nos anúncios.

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