Este texto é uma parábola em torno do mistério que envolve dois membros do grupo que não seguiu para o Templo do Elemental Maligno, não no mesmo momento que os demais.
Texto de Bruno de Brito.
O Templo do Elemental Maligno
Ananáz tinha deixado o baklunita em uma jaula muito semelhante a uma gaiola de pássaro, mas feita de barras de metal. O oráculo observava enquanto uma calibrosa agulha transferia por um tubo a um pote de vidro o sangue vermelho vivo do elfo desacordado.
Diferente do destino dado aos seus companheiros, Rathnar e Sabyr, haviam sido levados ao que parecia ser uma casa velha repleta de partes de animais conservadas em potes, ou desidratadas presas as paredes, raízes e outros objetos completava a decoração bizarra do local.
Sabyr sentia seu corpo fraco e entorpecido por alguma coisa que nublava seu pensamento, mas conseguia perceber o real perigo que o alto elfo se encontrava. A mulher com aspecto horrível, utilizava um longo vestido outrora colorido e rasgado em tiras de tecido sobrepostos, surrados e sujos. E parecia conversar consigo murmurando baixo e sorrindo por vezes, evidentemente contente com os resultados de sua conquista. O sangue daquele elfo era rico de uma forma sem igual, havia morte, realeza e poder conquistados por uma experiência nunca antes testemunhados pela velha bruxa da noite.
A concentração de Ananáz foi desviada quando uma outra mulher adentrou o recinto. Com um largo sorriso, a bruxa se virou e disse:
“O sangue dele contem traços da feitiçaria de Melquisedec, Zaluza, você sabe o que isso significa? Conseguirei reproduzir o experimento daquele verme, em outro corpo!”
A outra mulher, mais magra pareceu satisfeita com a descoberta de sua irmã, e viu além das restritas possibilidades de vingança contra o feiticeiro lich Aberain Melquisedec, ou também conhecido como Anacrael. Ele viu um exercito mais poderoso servindo aos propósitos de conquista do Norte…
“Ananáz, é chegada a hora de levar o elfo e este baklunita para o Templo. O papel deles em nossos propósitos é fundamental”.
E sob protestos, Ananáz enviou Rathnar e Sabyr através de um portal para o pântano nas cercanias do Templo.
Isso é muito ruim..
Seja lá que tipo de bruxaria escrota que essas bruxas fizeram, não vem algo bom dai.
Rathnar não sabia que carregava no seu sangue resquícios da poderosa magia necromante de Aberain Melquesedec.
O elfo não vai suportar ser o responsável novamente por trazer o mal.
Chega de ser uma marionete para essas forças sombrias.
Algo precisa ser feito.