Capital: Ordulin
Governo: Plutocracia
Religião: Azuth, Deneir, Lathander, Loviatar, Mystra, Shar, Sune, Tymora, Waukeen
Símbolo: O Corvo e a prata são os símbolos de Sembia
A Sembia é um rico reino mercante situado a leste de Cormyr e a oeste do Mar das Estrelas Cadentes.
É um reino de ricas fazendas e imensas planícies dominadas por um punhado de grandes e prósperas cidades. Uma das mais organizadas e bem administradas nações, Sêmbia pode, futuramente, rivalizar com os antigos reinos tanto do Sul como do Leste. Em sua região, a Sembia já é um dos maiores poderes políticos, o que acaba por deixar nervosos os seus vizinhos – principalmente as Terras dos Vales.
O reino é caracterizado por sua produção agrícola, por seus importantes portos, pela magnífica produção têxtil e pelo vigilante exército mobilizado em defender o desenvolvimento da nação. O Brasão da Sembia é o Corvo e a Prata. A ave representa Rauthauvyr o Corvo, o fundador do reino, que, embora não reinasse a Sembia, comandou seus exércitos por inúmeras sucessões de líderes mercantes. As moedas de prata representam a riqueza da Sembia e seu próspero comercio.
Vida e Sociedade na Sembia
O famoso ditado “quando você olha nos olhos de um sembiano pode ver moedas sendo contadas” define muito bem sobre os moradores da Sembia. Eles merecem a reputação de grandes comerciantes, de conhecedores do valor do dinheiro e de avarentos e ambiciosos. Essa cidade nasceu do comércio, e dele sobrevive. Pode-se medir o sucesso de uma pessoa em peças de ouro. Títulos e honrarias, muito valorizados em Cormyr e nos Vales, pouco significam quando comparados com as inscrições de um livro-caixa.
Extremamente cuidadosos perante desconhecidos, os sembianos são capazes de audaciosos movimentos quando envolvidos em alguma empreitada de lucro garantido. Trabalhadores esforçados, incansáveis, sempre à frente de seus concorrentes, mantêm-se animados mesmo quando uma pessoa normal já teria desistido. Com o cair da noite surgem velas, tochas, qualquer coisa para prolongar o trabalho, aumentar os ganhos, alcançar a perfeição. Os sembianos acreditam ser superiores aos seus vizinhos, pelo simples fato de se esforçarem mais que eles. A labuta, então, é muito valorizada na Sembia.
Seu estilo de vida e sua filosofia própria fazem com que seus vizinhos sejam tratados gelidamente. Os moradores de Cormyr, por valorizarem a nobreza e por suas constantes missões e cruzadas – muitas vezes prejudiciais ao comércio -, são considerados “envenenados pelo excesso de sangue nobre que corre em suas veias”.
O povo dos Vales é composto de pequena corte primitiva, que só sobrevive graças ao auxílio de uns poucos aliados muito poderosos. As cidades do Mar da Lua são compostas de inimigos a serem economicamente destruídos – já que nenhum exército consegue vencê-los. O mesmo pode ser dito da Costa do Dragão, com suas inúmeras sociedades secretas e guildas de ladrões. A Vastidão e os povos do Oeste, além de outros reinos, devem ser encarados como consumidores em potencial e, portanto, devem ser tratados com cuidado para evitar qualquer rivalidade.
História da Sembia
Essas terras foram colonizadas por humanos vindos do sul, através do Mar das Estrelas Cadentes, originalmente em busca da riqueza prometida pelas imensas reservas de madeira de lei, perfeitas para a construção de embarcações. Com o passar do tempo e com a conseqüente diminuição das florestas da região – graças aos desmatamentos -, aumentaram os conflitos entre madeireiros e elfos, que temiam ver o fim de suas matas.
Isso realmente aconteceria se as tropas mercenárias contratadas pela população de humanos derrotassem os elfos, mas as nações élficas uniram-se e venceram as tropas inimigas – Batalha das Flechas Sibilantes, 884 CV -, repelindo e dizimando qualquer humano que se aventurasse ao norte do Rio Ashaba ou no Lago Sember. A Batalha das Flechas Sibilantes convenceu a distante Chondath a abandonar suas ambições sobre a colônia e permitir que os imigrantes estabelecessem sua independência – não mais do que um punhado de pequenas cidades rivais. Isso acabou por propiciar o aparecimento do Corvo.
A riqueza material do Mar da Lua – o Mar do Dragão – foi, nessa época, descoberta pela humanidade. Grande pressão foi feita para que se construísse uma estrada que passasse pelas matas élficas, fazendo de Sembia um elo entre o mundo e essa riqueza.
A região fortaleceu-se com o estabelecimento de inúmeras fazendas e com os artesãos vindos do sul, atraídos pela promessa de fortuna e terras, contribuindo intensamente para o comércio da região. Rauthauvyr unificou as diversas cidades-estados ante a contínua ameaça dos elfos e insistiu na manutenção, em tempo integral, de um exército de defesa, que ele mesmo treinou e manteve, policiando as fronteiras e melhorando a condição das estradas. Nessa época (913 CV), Sembia tornou-se uma nação de verdade.
O Supervisor
Hoje, a Sembia é um reino forte, hábil em defender-se de qualquer ameaça – como o recente levante de Vale da Cicatriz – e a principal potência econômica de toda a costa oeste do Mar Interno. O regente local recebe o título de Supervisor e é eleito, para um período de sete anos, por um conselho de mercadores. Esse conselho mercante está presentemente sediado em Ordulin e possui 22 membros. Após a morte de Elduth Yarmmaster, Kendrick Sellkirk, se tornou o novo Supervisor.
Principais Lugares e Cidades da Sembia
Daerlun
Uma das cidades da Sembia mais próxima a Cormyr, beneficia-se imensamente do comércio desse reino. É uma das mais cormynianas cidades da Sembia, o que acaba por lhe dar um caráter mais polido e agradável que a habitual grosseria sembiana. Muito ricos, os nativos de Daerlun estão sempre preocupados em manter essa riqueza e segurança. Aventureiros principalmente ladrões – e viajantes não são bem-vistos na cidade. Qualquer suspeita de desonestidade resulta na imediata captura e, se confirmada a suspeita, no encarceramento perpétuo.
O líder de Daerlun é Halath Tynimyr, um antigo aprendiz de Elduth Yarmmaster. Devido à já avançada idade, Tymmyr encontra-se confinado aos seus aposentos, permitindo que o comandante da guarda, Allathast, cuide dos assuntos mais corriqueiros da cidade.
Daerlun é dominada por um grande templo de Sune – embora alguns afirmem servir a Tyr, especialmente quando ocorre algum julgamento na cidade. A Casa de Sune é um dos maiores templos da deusa e é administrada pela Suma Sacerdotisa Thauna Maskalar e por um pequeno exército de 48 clérigos, em grande maioria humanos ou meio-elfos – o preconceito da Sembia contra os elfos não afeta seus parentes meio-elfos. Além disso, existem na cidade santuários voltados a Azuth, Deneir, Lathander, Liira, Loviatar, Malar, Mystra, Shar e Tymora. Curiosamente não existe templo ou santuário erguido a Tyr. Daerlun também é a base do bem-sucedido Grupo das Mãos Ardentes.
Ordulin
Embora não seja uma das maiores cidades, Ordulin é a capital da Sembia, construída sobre a antiga Vale da Lua, uma pequena comunidade dos Vales que acabou sendo absorvida com o crescimento da Sembia. Ordulin tornou-se capital graças a um acordo entre as maiores cidades da época, e sua importância cresceu com isso. Sendo a capital, ela está sob o comando do Supervisor Kendrick Selkirk, mas, na realidade, é controlada pelo Conselho da Sembia.
Na paisagem de Ordulin destacam-se três edifícios principais: O Grande Salão do Conselho, A Torre da Guarda e O Grande Portal, onde estão os maiores tesouros da Sembia. Ordulin abriga muitos templos, especialmente aqueles consagrados a Gond, Sune, Tymora, Lathander e Liira. Há também santuários dedicados a Deneir e a Loviatar. Finalizando, a capital da Sembia possui sua própria guilda de ladrões, além de um grupo de revolucionários que se intitula Vermes da Podridão, dedicado a derrubar “essa plutocracia infiel” e a estabelecer um verdadeiro rei na Sembia.
Saerloon
Saerloon foi uma das cidades originárias da época das colônias estabelecidas antes da independência da Sembia, embora fosse conhecida na época como Chondathan. Ela recebeu esse nome em homenagem ao mestre mercante Saer, cuja natureza brava e ousada ajudou a transformar a pequena localidade em uma das maiores cidades do reino. É uma região antiga, de arquitetura exótica, com construções repletas de frisos, inscrições, murais e até mesmo gárgulas. Seus habitantes simbolizam a atitude sembiana, andando sempre de cabeça baixa, para ocasionalmente olharem, preocupados, se alguém os segue. Saerloon é liderada pela Senhora Merelith da Guarda nomeada pelo Conselho da Sembia. Na realidade, porém, é a classe mercante que controla a cidade – como ocorre na maioria das comunidades dessa nação.
Saerloon possui dois poderosos templos, que com seu poder de magia protegem os mercadores. Esses lugares são dedicados a Mystra e a Azuth e tem, a seu serviço, um grande número de importantes magos. O mais poderoso de todos é o honorável mago Cadellin Mãos Ardentes do templo de Mystra. Na cidade existem, também, santuários de Lathander, Tempus, Liira e Tymora.
Selgaunt
Uma grande cidade às margens do Rio do Arco – os nativos insistem que o nome real é Elzimmer, em homenagem a um mago local -, Selgaunt é a mais rica e avançada comunidade da Sembia. Originalmente chamada Chauncelgaunt, ela recebeu um novo nome em homenagem ao mercador Selgar, cuja cripta está localizada na cidade. Selgaunt é liderada pelo hulorn, uma espécie de prefeito mercador hereditário. O hulorn atual é Andeth Ilchammar, um louco boa-vida que julga ter recebido de algum deus desconhecido o poder para cumprir um destino secreto, ainda a ser revelado. Como em todas as cidades da Sembia, o poder é exercido pela classe mercante.
Selgaunt abriga alguns grandes templos, principalmente os dedicados a Liira, Sune, Milil, Deneir e Oghma, além de conter santuários dedicados a Lathander e Tymora.
O povo de Selgaunt é esnobe, orgulhoso e, como discrimina até mesmo outros sembianos, dificilmente aceita a presença de seres primitivos, amplamente afastados da verdadeira “civilização”. O povo dos Vales, por exemplo, é considerado selvagem e primitivo, com destaque especial aos habitantes de Vale do Arco, tidos como brutos. E do conhecimento de todos que esse povo, com seu poderoso exército, destruiu muitas cidades, portanto essa atitude não é das mais sadias e inteligentes.
Urmlaspyr
Urmlaspyr é uma cidade mediana, situada ao sul de Daerlun. É nesse local que a característica industrial dos sembianos é melhor apresentada, pois a cidade funciona rigorosamente pelo relógio, com suas ocupadíssimas docas comerciais e seus magníficos estaleiros voltados à construção de fortes navios. Como Daerlun, Urmlaspyr assume uma posição mais franca e aberta diante de seus vizinhos, particularmente Cormyr. O controle real da cidade está nas mãos dos comerciantes locais, embora oficialmente a comunidade seja governada por um prefeito de cargo vitalício. O líder atual é Aluin Sumbrar um homem cansado, que possui pouco poder, e aceita isso com naturalidade.
A quantidade de templos de Urmlaspyr revela o quanto indulgente e aberta a cidade é. Há santuários de Tymora e de Gond, assim como de Umberlee e Talos. Templos de adoração de Bane e Waukeen. Santuários voltados a Deneir, Lathander, Tempus e Torm também são encontrados.
Yhaunn
Yhaunn é o principal porto da Sembia na Orla do Dragão e, mesmo não sendo a mais antiga cidade da nação, é a que por mais tempo manteve seu nome original – de quando ainda era uma colônia de Chondath. Esse porto é cortado pela principal via de acesso ao Mar das Estrelas Cadentes.
O Nessarch, o prefeito vitalício, é escolhido pelos mercadores locais. O atual é Andilal “o Bravo” Tharimpar.
Yhaumt está situada às margens da Baía de Yhauntan, com as casas mais ricas situadas o mais longe possível do mar, subindo a colina, próximas da Fortaleza da Estrada – um complexo que serve como castelo e prisão, além de guardar o tesouro local. Os edifícios da cidade vão se deteriorando à medida que se aproximam do mar, culminando com barracos junto das docas. A posição social de uma pessoa pode ser medida pelo local onde ela dorme.
Em Yhaunn há santuários de Tymora, Selune, Liira e llmater.
Fonte: Últimos Dias de Glória
Fonte de imagens: internet