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Caçada Insana em Vila da Pratinha – Inusitada descoberta, clique aqui.
Joshua Wenishy Poderkaine, paladino da Ordem de Tyr, estava ofegante da corrida que empreendeu, após ouvir o grito, indo até o mirante. Ao chegar aos pés da escada, foi recepcionado por uma voz masculina, forte e grave, que em tom de ironia lhe disse:
– Quanta honra! Pois diante de nós está o paladino Sir Joshua Wenishy Poderkaine, vindo diretamente de Lothian para pôr a ordem ao caos perpetrado pelo corrupto prefeito Rufus! Que é quem vos fala neste instante!
Como pôde perceber, as notícias sobre minha morte foram deveras exageradas.
Wenishy percebeu que as mãos do prefeito estavam ensanguentadas, enquanto o corpo de uma mulher jazia morto no interior do círculo com os símbolos ritualísticos.
O paladino percebeu que tentado ser furtiva e recuando para as sombras, a esposa do prefeito, Adrel, se encaminhava sorrateiramente com uma varinha numa das mãos, como se estivesse se posicionando defensivamente para utilizá-la – num posicionamento similar ao de uma pessoa empunhando um florete.
Ao mesmo tempo hobgoblins avançaram lentamente em direção ao paladino, que não se intimidou com a falácia do corrupto ou dos números contra ele.
Para Joshua, a justiça precisava ser feita. Mas, por um breve instante, ele pensou em Tyla e o que poderia lhe ter sucedido, todavia confiava nas habilidades e capacidades de Rufagard o suficiente para entender que ela conseguiria resolver seus contratempos e quiçá ajuda-lo naquele novo confronto que ali se desdobraria.
Voltando-se para Rufus e Adrel, o cavaleiro sagrado iniciou um diálogo com o ex-prefeito.
Cada lado abordou suas motivações, mas pareceu ao paladino que Bander ainda escondia muita coisa, pois apesar de estar claro que o homem ansiava por desestruturar o Protetorado a qualquer custo, a ida dele até aquele local fazia parte de algum plano nefasto e pérfido que ainda estava encoberto pelas mentiras e dissimulação do corrupto agente e isso deixou o paladino desconfiado.
Joshua recriminou Rufus e disse o quanto estava errando no ato que cometeu. Ademais, declarou que o erro dele não estava só prejudicando o Protetorado de Ecnor, mas também sua própria filha (Lore Bander), além todos aqueles que confiarem nele para administrá-los.
O paladino determinou que eles se entregassem para o devido julgamento, caso contrário as consequências seriam ainda mais severas contra os conspiradores e traidores de Ecnor.
No entanto, Rufus, lhe pareceu confiante e estranhamente contente com a presença do paladino ali, como se tivesse planejado ou soubesse o resultado daquele encontro.
O ex-prefeito havia tramado algo, e pareceu a Poderkaine, que isso lhe envolvia de alguma forma, mas Rufus quebrou o breve silêncio e ao final disse:
– Devo confessar que meu plano saiu melhor do que imaginei.
Havia previsto que apenas você viria até o meu encalço na companhia de alguns soldados, mas percebi que sua arrogância e confiança foram maiores e ao invés de vir com uma escolta, trouxe consigo sua companheira paladina também. – Ele elevou o tom de voz e disse com um meio sorriso – Tanto melhor, pois oferendarei ambos em meu ritual e assim eliminarei os cavaleiros sagrados de uma vez por todas!
Com isso, ninguém poderá se opor a nossos propósitos grandiosos para Toran!
Preparando-se para o confronto que viria, o paladino sacou sua vingadora sagrada e começou a se aproximar da escadaria, para iniciar uma investida, quando o sombrio Rufus, enquanto sacava uma varinha de marfim, lhe disse em tom ameaçador:
– É um tolo se acha que minha escolta se limitaria a esses dois goblinóides, tenho algo mais digno para sua contenção e morte.
Ao terminar de dizer essas palavras, Adrel apontou numa direção e utilizou sua varinha, que emanou um fino raio esbranquiçado que aparentemente atingiu uma área vazia próxima a escada onde o paladino estava.
O ar e a realizada pareceram fissurar e se despedaçaram, revelando silhuetas que tomaram a forma de um grande e robusto minotauro acompanhado por mais dois hobgoblins.
Após o efeito magico, Rufus disse em voz alta:
– Wenishy, em breve você fará parte do meu poderoso ritual e enfrentará o Elo da Destruição e o flagelo que irei infringir em todos cavaleiros sagrados!
Você e Rufgard sucumbirão, junto com todos os outros! – Olhou para as criaturas ao redor dele e ordenou para elas – Podem bater nele a vontade! Mas quero que o prendam, não o matem!
Precisarei dele vivo!
Em outro ponto dali Drigos e Kraver voaram no lombo de Vento Cortante de Lothian até Vila Pratinha, onde acabavam de chegar e contemplaram, do céu noturno, as cercanias da pequena cidade.
A medida em que se aproximavam para pousar, Drigos viu um cavalo alado se distanciando ao longe numa direção.
O paladino comentou com Merlin, ambos deduziram que a criatura alada deveria se tratar de Ygron e perceberam que aquela montaria poderia ser a única pista que os levaria até Wenishy. Dirgos falou para seu aliado alado:
– Está vendo ali?! Aquele é Ygron, cavalo que sempre rivalizou contigo em poder e velocidade, mas sempre soube que você era o mais veloz! Sei que exigi muito de você, nessa marcha forçada até aqui, porém lhe pedirei esse último esforço!
Voe com todo o seu poder até Ygron e juntos encontraremos Wenishy e mais uma vez você provará que é o mais veloz, mesmo cansado! – Elevando a voz, Drigos continuou – Vá Vento Cortante e, em nome de Tyr, mostre toda a sua velocidade e graça!
Sua montaria, que estava descendo para a vila, ao ver Ygron, arremeteu para o alto e como uma flecha muito rápida vou em linha reta com todo o esplendor e potência que pode impingir.
Mesmo cansado, Vento Cortante conseguiu chegar até uma área de vegetação e no limiar de suas forças, começou a perder altitude, perdeu Ygron de vista, não antes de seus transportados conseguirem discernir que a montaria de Wenishy havia se dirigido para uma colina, onde havia um arruinado mirante e uma iluminação aparente.
A montaria sagrada de Drigos caiu com eles em meio a mata. O paladino e o arcano, apesar de pequenas escoriações, estavam bem, todavia Vento Cortante parecia abalado e ferido em uma de suas asas.
Drigos se aproximou de sua montaria, que arfava e bufava muito pelo cansaço da marcha extenuante, lhe afagou a cabeça e curando um pouco de seu ferimento, disse:
– Obrigado Vento! Como disse, sua força supera a de qualquer animal! Agora descanse amigo!
Assim, Drigos despachou seu aliado sagrado para o plano celestial, onde deveria aguardar até um novo chamado do paladino.
Assim, Drigos e Merlin subiram rapidamente rumo ao mirante da colina, na esperança de se unirem a Wenishy antes que o pior ocorresse.
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Criação e elaboração: Patrick, Bruno Gonçalves, Bruno Santos, Diogo Borges.
Fontes de imagens: internet
Autoria da imagem da capa do artigo: Shin
Enquanto Mark ainda tentava compreender as forças corruptoras que estavam surgindo nos arredores de Flograthi e Vilaverde, Wenishay tentava impedir o andamento de um ritual insano que envolvia o Elo da Destruição.
O que estava em jogo?
A existência de todos os Paladinos de Toran!
Wenishay mesmo portando a Vingadora Sagrada não seria capaz para enfrentar tantos inimigos ao mesmo tempo.
Por isso, não muito longe dali, Kraver e Drigos se aproximavam cavalgando o pégaso Vento Cortante.
Agora tudo faz sentido para Merlin, que deixou sua terra natal em uma missão grandiosa.
Certamente o mago havia tomado a decisão mais racional e correta.