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Novamente no mirante, Wenishy sacando sua vingadora sagrada se preparava para iniciar um combate desigual, mas sem titubear, pois sua tenacidade e fé eram inabaláveis.
Contudo, antes que o confronto iniciasse, uma voz inacreditavelmente familiar, interrompeu a batalha que se iniciaria, dizendo:
– Acho que chegamos na hora certa! Vejo que está precisando de uma ajuda caro irmão, será que podemos lhe ajudar?!
Surgindo da penumbra e de outra direção, atrás de Joshua, apareceram Drigos e Merlin.
Eles se uniram a Wenishy, que perplexo e feliz com a chegada de seus novos aliados, fez o máximo que pôde e conteve a grande emoção que sentiu, por conta do momento de grande perigo que se apresentava diante deles e meneou positivamente com a cabeça, temendo que sua poderosa voz embargasse com o choro de alegria contido em virtude da alegre aparição de seu irmão, há muito dado como longe de qualquer ressurreição.
Assim, começou uma grande batalha contra Rufus e seus asseclas. Durante ela, Merlin teve que conter os poderes de Rufus e Adrel, que a todo instante utilizavam seus poderes arcanos para enfraquecerem ou machucarem seus aliados e a ele próprio, além de auxiliar os combatentes com suas magias mais ofensivas. Além de ter que suportar os ataques das setas disparadas pelas bestas hobgoblins.
Wenishy e Drigos combateram os hobgoblins e o minotauro, com grande astúcia e estratégia, numa coordenação que incapacitou os planos táticos dos goblinoides.
Em seguida um segundo minotauro surgiu, mas não foi igualmente páreo para o poder combinado dos guerreiros sagrados e arcano. Assim, no final, os bandidos foram derrotados.
Adrel que ficava nas sombras disparando suas ardentes e arrepiantes rajadas místicas e um hobgoblin portanto besta fugiram, quando no instante final do embate, Rufus foi confrontado diretamente por Wenishy e Drigos.
O revelado bruxo não se rendeu e tentou atingir o cavaleiro sagrado com uma poderosa magia de destruição, mas ao falhar abriu uma brecha em sua defesa magica, que permitiu a Joshua desferir um poderoso golpe que o despachou para o mundo dos mortos.
Ao cair ao chão moribundo, uma pedra de cor ambas, que estava no centro do círculo de sangue e runas, brilhou de forma pulsante, em seguida uma voz cavernosa ecoou por todo o mirante fazendo o tempo andar mais lento, e por fim disse:
– Você falhou Rufus! E agora está morrendo. É isso que você quer? Perecer assim, sem completar sua tarefa? Onde está seu orgulho, onde está seu poder? Eu posso lhe prover o poder de que precisa para não temer a ninguém mais, nem mesmo a morte. Está disposto a pagar o alto preço?
Em meio a poço de seu próprio sangue, Rufus respondeu com uma voz fraca, porém resoluta:
– Nenhum preço é alto demais!
Nenhum preço é alto demais!
Eu pago!
Em seguida todos os heróis viram um poderoso brilho âmbar que tomou a todo o mirante e ofuscou a todos. Quando todos puderam enxergar novamente viram uma sinistra e diabólica figura enorme no local.
Era uma tenebrosa fera, que se assemelhava a um enorme minotauro de pelagem negra e vibrante, seu torso era cheio de músculos aparentes, tinha mãos que portavam uma enorme espada longa e larga, com um leve ganho em sua ponta, possuía uma cauda que se contorcia a todo instante e em cuja ponto havia uma cabeça de cobra que parecia pronto para dar o bote a qualquer instante e por fim sua cabeça parecia a de um enorme bode preto, com olhos sem íris que flamejavam maldade.
A criatura olhou para todos e com uma possante voz disse:
– Eu sou Velius! Estou aqui desde o princípio de tudo! Acompanho tudo com olhos ansiosos e aguardo sempre pela oportunidade de corromper aqueles que se deixam levar pelo orgulho. – Nesse instante, ele levantou sua arma e disse num tom mais alto e ameaçador – Tremam mortais! Pois diferente de vocês, eu sou imortal!
Utilizando seu amplo conhecimento, Kraver Kravinoff, procurou em sua mente informações de cunho histórico e mágico que ajudassem a identificar aquela criatura e lembrou de um conto que falava sobre corruptores que não pertenciam nem aos infernos e nem ao abismo, eram seres da própria Crivon, conhecidos como Lucaves. Eram imortais, místicos e altamente poderosos. Por fim, contou o que sabia aos amigos, na esperança de que as informações fossem úteis.
No instante em que a batalha começou, uma voz feminina foi ouvida ao longe dizendo:
– Em nome da poderosa justiça de Tyr! Essa batalha será trava por nós quatro!
Era Tyla Rufgard, estava com alguns machucados, como se tivesse acabado de sair de um combate, mas a jovem não perdeu tempo e rapidamente se uniu ao grupo. A paladina, percebeu a presença de Drigos e se alegrou profundamente, pois para ela, sua chegada era um sinal de esperança.
Um novo confronto ocorreu, o quarteto de heróis teve de lidar com o corruptor, dois hobgoblins portando bestas e Adrel, que pareceu retornar e atacava com seu poder magico, de longe, principalmente focando em Merlin Kravinoff, que dividiu sua atenção a bruxa, a criatura e os hobgoblins.
Os três paladinos obstinadamente iniciaram suas manobras, evocando as bênçãos divinas para seus poderosos golpes que lentamente foram minando as forças da criatura recém surgida.
O corruptor, apesar de sua grandes resistência e poder ofensivo, sucumbiu diante da conjunção de forças heroicas diante dele. Ao final do confronto, aos pés da escadaria do velho mirante de Vila Pratinha, Velius foi derrotado e destruído.
O grupo viu quando a essência dele foi absorvida pela pedra âmbar, enquanto uma sombra negra, com a silhueta do ex-prefeito, desassociada da essência que havia ido para estranha pedra, era tragada pela terra.
Um hobgoblin foi derrota e outro fugiu. Adrel sumiu antes do embate acabar, para a preocupação de Merlin.
Foi então que Wenishy e Tyla libertaram seus sentimentos de felicidade pelo ressurgimento de Drigos Fênix Porderkaine, a quem consideravam morto e sem chances de retorno.
Eles se abraçaram, em lágrimas, sob a vigilância constate do desconcertado Merlin Kraver, que diante daquela cena de emoção, se resignou a ficar de prontidão, na expectativa de algum ataque repentino por parte dos inimigos, que ainda poderiam estar a volta deles.
Foi então que Merlin percebeu e informou aos seus aliados, que havia visto algumas luzes que vinham da base da colina onde estavam.
O grupo, que ainda estava emocionado, se posicionou defensivamente, aguardando a chegada de qualquer desafio que por ventura viesse ao encontro deles. Naquele momento, eles se sentiram invencíveis.
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Criação e elaboração: Patrick, Bruno Gonçalves, Bruno Santos, Diogo Borges.
Fontes de imagens: internet
Autoria da imagem da capa do artigo: Shin