O Templo das Sombras | Heróis de Ferro

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Esse é o resumo da aventura vivida pelos Heróis de Ferro no dia 05.05.18. Os heróis se veem em meio a um ataque de mortos vivos e criaturas oriunda do plano das sombras dentro do templo Flor de Sol de Pelor em Verbobonc. Como os heróis salvarão o templo a tempo de evitar a sua destruição pelas misteriosas forças obscuras?

Descubra nas próximas linhas como  essa história começou.

Jogadores/Personagens

Patrick Nascimento (Sandy Benelovoice)
Aharon Freitas (Erzurel Graysson)
Nybas Tyrangur (PdM)

Um novo Dia

02 de Preparos, 597 CY

Greyhawk_Letra-O-198x200 Aurora dos Conflitos Greyhawk Pathfinder 2ª Edição s aventureiros veem as linhas do horizonte se tornar laranja escuro com o principio do amanhecer. A carruagem segue veloz rumo ao Templo da Flor de Sol. Os aventureiros esperam poder cuidar do corpo de Arthur Guerreiro morto pelo ataque dos minotauros no Museu de Arte de Verbobonc.

Nybas, Sandy e Erzurel ainda tentavam organizar em suas mentes tudo que havia ocorrido no leilão e muitas perguntas estavam sem respostas. Algumas coisas lhes eram óbvias, outras nem tanto. Havia sido Lester ou Dankester que conjurou as sombras sobre os itens do leilão. Mas quem havia invocado aquelas criaturas, e com que pretexto? O ataque contra Arthur Guerreiro, o arquiteto aposentado do viscondado, havia sido casual? Ou ele era o alvo dos minotauros? O cajado do Andarilho e o Anel Estilhaçador foram roubados. Houvera sido um dos nobres ou Lester?

Em meio a esses pensamentos foi que Sandy teve um estalo e pediu para que Nybas que conduzia a carroça parasse.

– Nybas, por favor pare a carroça.

– O que houve Sandy? (perguntou Erzurel).

– Acredito que Regis possa ainda estar em perigo. Não sabemos se teremos um novo ataque e muito menos se quem orquestrou tudo isso cumpriu seu objetivo. Preciso voltar. Continue rumo ao templo, eu os encontro lá mais tarde.

– Tudo bem Sandy, veja com ele se é possível conseguir o diamante, precisaremos de um, se quisermos trazer Arthur Guerreiro de volta a vida com a benção de Pelor.

E balançando afirmativamente a cabeça, Sandy saiu correndo de volta pelo caminho que vieram.

Segurança

Sandy voltou ao museu correndo. A paladina temia pela segurança do Tutor Regis. Na cabeça da paladina o Tutor de Verbobonc, Regis De´la Frank poderia estar em sério risco. Ela precisava manter-se próxima a ele um novo ataque poderia acontecer novamente caso ele fosse o real alvo.

Diante do museu ainda havia um certo alvoroço. Muitos guardas da milícia de Verbobonc estavam no local e carruagens partiam com feridos. Além de curiosos que apinhavam o local para testemunhar alguma bizarrice.

Sandy notou quando Regis saiu do museu, e percebendo a paladina, veio em sua direção.

– Sandy, não esperava vê-la tão cedo. Onde estão os outros?

– Caro Regis, vim temendo por sua segurança. Percebemos que novos ataques podem ser prováveis e tenho uma suspeita que o senhor seja o alvo.

Sorrindo afavelmente em direção a Sandy, o tutor redarguiu:

– Que gentil de sua parte, bela Sandy. Mas estou seguro (olhando para ambos os guardas que o acompanhavam).

Notando os homens e suas armas a paladina disse:

– Haviam homens bem armados lá dentro, e o senhor pôde ser testemunha de que contra aqueles seres, infelizmente, eles eram mais vítimas do que uma resistência. Eu vos acompanharei a sua residência e zelarei por sua segurança, enquanto toda essa bagunça perseverar.

– Tudo bem minha cara, me acompanhe então até minha casa, sua companhia me é muito agradável. Mas diga-me e quanto ao nosso amigo dorminhoco?

O Diamante e a Dama

Após entrarem na carruagem, a paladina mais confortável em falar privadamente disse:

– É sobre isso que quero falar-lhe também Regis. Estamos levando Arthur em direção ao Templo da Flor de Sol. Lá realizaremos o ritual que possibilitará trazer o velho arquiteto de volta.

Impressionado, o tutor continuou a ouvir.

– Mas falta um componente essencial para a conjuração divina. Um diamante no valor de 5.000 moedas de trigo (ouro).

– É uma soma de moedas considerável… Mas acredito que possa ajudar neste quesito. Sinto-me de forma indireta responsável por tudo que aconteceu. Ainda hoje pela tarde, mandarei um de meus funcionários a rua da Gema de Garl. Se houver um diamante neste valor lá, eu vos comprarei.

Finalmente eles chegaram até a bela mansão do tutor e Regis sinalizou aos soldados que conduzissem a “dama” até o templo. E Sandy retrucou:

– Caro Regis, eu permanecerei com o senhor. Como disse, tenho motivos para…

– Não há necessidade minha querida. Tenho a minha disposição uma guarda capaz de me proteger. E eu, bem como você preciso de descanso. Fique tranquila. Siga para o templo e ao fim da tarde mandarei que um de meus funcionários leve a joia ao templo. Talvez eu compareça para testemunhar esse milagre maravilhoso.

Percebendo que o tutor não queria sua proteção, Sandy se resignou e retornou para o templo.

Chegada ao Templo

Nybas e Erzurel chegaram ao templo. Lá foram recebidos por Avalach, o presbítero do templo. Algo como o chefe da administração do santuário de Pelor. O homem foi gentil em receber Nybas, bem como o corpo maribundo de Arthur Guerreiro.

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Avalach, o presbítero do Templo

Exausto Erzurel apenas sinalizou para Avalach, que não demoraria muito uma mulher chamada Sandy Benelovoice chegaria também. Que lhes fosse providenciado abrigo igualmente.

Nybas e Erzurel finalmente se recolheram. O sacerdote de Pelor soube que o Bispo Joachin (seu mestre), ainda estava muito debilitado e dormia em seu quarto. O velho padre havia sofrido os efeitos da proximidade ao Cubo do Monólito. Enfim, Erzurel fez uma nota mental. Quando despertasse iria ver o estado do seu mestre. Joachin era para ele como um tio querido. Um dos homens mais sábios que ele conhecera.

Erzurel sentia em seu espírito as energias divinas sendo renovadas. No horizonte os primeiros raios do sol já lhe tocava a face. Aquela sensação era muito confortável e positiva.

– Avalach, por gentileza quando Sandy chegar, peça-lhes para que me procure em meu quarto.

– Será feito, caro Erzurel.

Quartos individuais foram providenciados e Nybas e Erzurel já estavam dormindo quando Sandy chegou e foi recebida por Avalach. Com um quarto já preparado, Sandy se banhou e começou uma refeição leve no próprio quarto. E antes de finalmente repousar, foi até o quarto de Erzurel, seguindo as instruções de Avalach, porém o ressonar do sono de Erzurel lhe deu claros sinais de que aquela conversa teria que ficar para quando acordassem.

E todos foram dormir…

O Segredo do Monólito

Erzurel despertou, e ao seu redor uma densa escuridão lhe oprimia. Nada, vazio, vácuo. Até que como em uma peça de teatro notou uma grande procissão, homens vestidos de couro curtido, com arrebites de ferro e chapéus denotava claramente o que eram – Inquisidores. O símbolo de Pelor estava gravado em seus sobretudos e símbolos sagrados. No centro da procissão um grupo de quatro seguidores carregavam um grande baú.

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Inquisidor de Pelor

Eles subiam um monte e em seu cume, duas grandes placas de pedra escura estavam dispostas no solo…

Erzurel foi retirado do sonho com uma gritaria. Em verdade, todos os heróis de ferro foram retirados de sobressalto de seus sonos tranquilos. Era noite novamente e eles haviam trocado o dia pela noite. O Templo estava sob ataque!

O Templo das Sombras

Sandy foi a primeira a sair, antes pegou seu símbolo sagrado, que ao mesmo tempo era sua arma sagrada. Diante dela no corredor a escuridão se adensava, pegou a tocha em seu quarto e quando retornou viu as portas dos quartos onde estavam Nybas e Erzurel se abrindo. Todos notaram no fim do corredor um ser composto do mesmo material que a escuridão, uma sombra.

Nybas foi o primeiro a avançar. Apenas com sua espada bastarda, o general de armas viu quando luz e sombras tentaram dificultar a localização exata da criatura, e com um único golpe de sorte destruiu a criatura.

Além do corredor uma sala se abria e seres mais perturbadores atacavam as pessoas do templo da Flor de Sol.

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Sandy e Erzurel avançaram, e todos viram que além da sombra, zumbis e cães atacavam a tudo e a todos e logo avançaram contra os heróis. Os cães eram seres feitos do mesmo material que as sombras, porém mais consistentes. Diferentes de cães normais uma fumaça desprendia continuamente de seus corpos aumentando a penumbra no local. Erzurel nunca antes enfrentara aqueles seres, porém durante seus estudos religiosos já tinha ouvido falar daqueles monstros, eram Mastins das Sombras.

O que Erzurel sabia era que igualmente as sombras aqueles seres eram extra-planares, e eram dotados de habilidade similar aos mortos-vivos incorpóreos. Atingir-lhes era um desafio. E além disso, seu uivo detinha uma poderosa habilidade, mas ele não recordava o seu efeito.

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O Mastim das Sombras

Erzurel não precisou de muito esforço para lembrar o efeito do latido daquelas criaturas. A que enfrentava Sandy foi a primeira a soltar o uivo atormentador.

O Medo do General

Erzurel e Nybas sentiram no âmago um arrepio inominável. Uma vontade desesperadora de fugir daquele local, mas a sensação passou rapidamente. A força e coragem que Sandy Benelovoice transbordava rapidamente mitigou a sensação e eles permaneceram firmes. Os zumbis notando a força da paladina, foram atraídos em sua direção com intuito de destruí-la.

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Os Zumbis

Observando isso, eles avançaram mais firmemente. Mas o segundo cão uivou também, e desta vez, com uma tenacidade maior, o medo invadiu o coração de Nybas. Todos viram quando o general correu desesperado em direção a escadas que davam acesso ao nível superior do templo…

Sandy gritou em vão quando Nybas saiu de seu campo de visão. Aquele combate precisava terminar rápido, não dava para entender o que estava acontecendo, de onde vinham aqueles seres, estaria Verbobonc inteira sofrendo um ataque de mortos vivos?!

Sandy conseguiu destruir os zumbis próximos enquanto o fogo de Pelor invocado por Erzurel ardia ao toque de sua esconjuração sobre os mortos vivos. Os inimigos foram derrotados. O segundo mastim das sombras acuado pelos ataques dos heróis, magicamente  adentrou as sombras e desapareceu diante dos olhos dos aventureiros.

Uma mulher salva por Sandy, relatou o ocorrido:

– Tudo começou quando um grupo de pessoas trouxeram 6 fragmentos do Monólito no final da manhã de hoje. Elas estavam muito doentes e Avalach as acolheu no templo. O presbítero disse que as pedras deveria ficar próximas do altar de modo a sua essência ser diminuída pelo poder consagrado do local. Mas o efeito foi outro. Que horror, meu Deus… Um desses cubos está aqui.

– Onde?!

– No quarto logo a frente…

Em prantos a mulher não conseguia mais proferir palavras. Sandy a deixou em um dos quartos e o trancou. Observando a porta a frente.

O Horror de Sombras

A dupla forçou a porta de um 4º aposento não utilizado pelo grupo e quando a porta cedeu eles viram no chão, um dos cubos do Monólito de Pelor. Glifos de uma tonalidade vermelha puxava do ambiente uma escuridão de teor obscuro e carregado de uma energia negativa sem precedentes. E foi Sandy que invocando as forças divinas profundas de seu ser conjurou sobre o cubo a energia de Heironeous. Um misto de eletricidade azul intensa e branca cintilante estalou sobre o artefato que gradativamente diminuiu os traços vermelhos, como um metal incandescido que é submetido a têmpera.

A paladina guardou cuidadosamente o cubo em sua mochila e prosseguiu. Imediatamente o grupo seguiu escadas acima, atrás de Nybas.

Os aventureiros subiram rapidamente as escadas rumo ao local onde esperavam encontrar Nybas. O efeito do medo perpetrado em Nybas era muito poderoso para não ter cessado, a dupla temia pela vida do seu companheiro.

Chegando no último andar do templo Sandy e Erzurel viram dois zumbis arrastando uma mulher desesperada. Eles conduziam a mulher rumo a uma pilha com cerca de 11 corpos. Era uma cena dantesca, havia uma energia obscura sendo atraída do ar rumo a pilha de corpos, como se adensasse para trazer algo do submundo. Mas isso não era tudo. Próximo dali Nybas fugia do mastim que o grupo quase derrotara no andar inferior. O general se encontrava acuado no telhado da construção, em um mesmo nível que o grupo se encontrava, ainda que sobre solo firme.

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O último andar do templo

Confronto contra a Escuridão

Eles precisavam agir rápido, mas o zumbi já estava sobre a pilha de corpos e quando lá largou a mulher sua vida foi sorvida por algum tipo de energia se concretizou com a quantidade de vidas necessária.

Da pilha de corpos uma massa escura, formada pela mais profunda escuridão surgiu diante do grupo. Os braços e pernas do ser eram fumaça e seu peito brilhava com uma luz opaca e cinzenta. Ao lado da criatura, outras cinco sombras menores surgiram. Ao mesmo tempo o grupo ouviu o grito de Nybas. Desequilibrando e caindo para dentro do templo…

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A Sombra das Sombras

Erzurel assistiu a todo aquele e decidiu que era hora de mostrar que a luz era maior que toda aquela sombra. Invocando os poderes de sua fé, o clérigo de Pelor começou a brilhar intensamente. O brilho advinha de seu peito com força e intensidade semelhante ao raiar do dia. Tamanha foi a luz invocada que quatro das cinco sombras menores desapareceram ante o brilho consagrado. Um dos zumbis correu na direção do telha e tal como Nybas se lançou para baixo. E o mastim mergulhou nas sombras atrás do general.

As sombras e o único zumbi avançaram na direção do grupo, a sombra menor na direção da paladina e a maior na direção de Erzurel atraída pela luz do sacerdote. O que se viu na sequência foi um combate difícil. As sombras eram feitas de material incorpóreo e isso dificultava acertá-las. Já as mesmas atacavam os heróis com a facilidade de um toque da morte. E a cada toque desses seres, os heróis viam sua força minguar em grandes goles.

A Queda de Erzurel

E foi Erzurel que mais sentiu. O sacerdote não era de um tipo físico musculoso e sabia através de seus estudos que a morte o espreitava. Se tombasse, diante daquele toque, estaria condenado a retornar para uma vida de servidão para a mais obscura sombra. Sandy viu quando cada vez era mais difícil para o seu amigo carregar a maça em direção a sombra. Ela precisava fazer alguma coisa. Mas para ele ela também apesar de sua sombra ser menor, o seu toque também estava sorvendo parcelas importantes de sua força. E ouviu em sua mente Exórdius:

– Sandy, tome cuidado. Os poderes das trevas se adensam forte em torno de nós…

Sandy não percebeu, ninguém percebeu. Tanta energia negativa havia acendido as runas do cubo em sua mochila e isso estava fortalecendo seus inimigos através da profanação de todo aquele local outrora sagrado.

Erzurel sabia que o próximo toque seria o derradeiro, ele precisava fazer algo, mas descrente invocou os poderes de Pelor para garantir a sua companheira que minimamente tivesse uma chance de vencer aqueles mortos. Erzurel invocou a Benção do Fervor e esperou pelo ataque de seu inimigo, tentando se proteger da melhor forma possível. Quando despertara com a gritaria, Erzurel somente teve tempo de pegar sua maça e seu símbolo sagrado, o herói estava desprotegido. Mas pensando no perigo daquele momento percebeu que quanto ao toque daquela criatura, uma armadura de nada valeria.

E a grande sombra tocou Erzurel. As sombras atravessaram seu peito e chegara até o seu coração, apertando-o lentamente até sufocá-lo em uma escuridão pura e profunda…

Sandy viu quando Erzurel tombou.

A Volta de Erzurel

Sem vida no solo frio da cobertura do templo, Sandy se viu condenada. Sua sombra apesar de fraca, ainda estava firme. E agora teria mais um poderoso inimigo contra ela, e foi quando simultaneamente Sandy ouviu em sua mente:

– Sandy, toque-o, toque a Erzurel!

E foi quando Sandy tocou Erzurel na altura do rosto que dos céus a paladina viu chegar com ímpeto e força Silvertite, a sua amiga, companheira, a sua filha, a sua montaria sagrada! O dragonado chegou realizando um bote contra a sombra, que mesmo incorpórea sentiu alguns dos ataques da grande besta mágica.

Exórdius brilhou e uma combinação de energias intensas se fez no ar. Sandy não sabe exatamente o que ocorreu,  mas ao fim, a sua armadura sagrada se recolheu ao amuleto, e Erzurel abriu os olhos.

O que ocorreu foi a manifestação de um poder escondido de Exórdius. A armadura sagrada é capaz de descarregar magias pessoais memorizadas por conjuradores. Durante um período de hora nível do círculo de magia despertada a armadura sagrada  se torna apenas um medalhão. A magia despertada em Erzurel foi Sopro de Vida. Através dessa benção, o sacerdote pode reviver uma pessoa que morreu no últimos 6 segundos. E assim, Erzurel reviveu, e enquanto se recuperava, Sandy se somou a Silvertite para derrotar as sombras.

Ataque de Ferro

A primeira sombra ruiu em trevas quando o poder do ataque da paladina se somou a sua poderosa habilidade de destruição sagrada. Quando Sandy avançou contra a sombra maior, sentiu no ataque retaliativo do inimigo, o poder que derrubou o seu companheiro. O toque daquela sombra era muito mais poderoso e carregado com uma energia negativa sem precedentes. Mas a paladina não titubeou, e como se a sua vida, bem como a de Silvertite dependesse daquela investida de ferro, a paladina atacou, e atacou.

No fim, a sombra, bem como as suas semelhantes, se tornou apenas um reflexo da luz que a paladina irradiava.

Erzurel estava recostado em uma pequena mureta respirando profusamente. Apesar de seu retorno, o sacerdote sentia em seu interior um desequilíbrio de forças. Aqueles seres o havia esgotado quase completamente. O sacerdote olhava contente a vitória da Titã de Heironeous. Erzurel já havia encontrado paladinos antes, em suas andanças pelo sul de Flanaess. Mas tal como aquela paladina ele nunca tinha visto. Sandy transpirava coragem e bravura desmedidas. Era praticamente impossível ficar triste ou com medo ao seu lado. Pelo o havia abençoado com uma poderosa aliada.

A Visão de Erzurel

E pensando em como ajudá-la Erzurel orou, e orou. Mas quando o sacerdote tocou a paladina para recuperar parte de suas forças, seu toque o levou ao passado. Sandy viu quando os olhos de Erzurel reviraram e ficaram totalmente reluzentes.

Erzurel estava de volta ao monte, junto com a procissão de inquisidores de Pelor. Os homens pararam no alto da pequena colina e lá o sacerdote viu quando eles abriram o grande bau. De dentro do objeto, um inquisidor utilizando pesadas manoplas prateadas retirou uma mão encarquilhada e já quase totalmente óssea, e um olho.

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A Mão e Olho de Vecna

O homem andou até o centro da colina e estendeu seus braços para frente sustentando os itens entre as duas placas de pedra escuras como a noite. E ambas atraídas por um poderoso magnetismo ficaram suspensas e se juntaram partindo os braços do sacerdote e prendendo em seu interior o Olho e a Mão de Vecna…

Agora Erzurel entendia, ele conhecia a história daquela poderosa entidade que ascendeu de humano para deus, há milênios passados.

Vecna (vec-ná) foi um poderoso feiticeiro que se tornou um lich, e eventualmente alcançou o status de divindade. Vecna normalmente é descrito como um lich poderoso que não possui a mão esquerda e um olho. O seu símbolo divino é um olho na palma de uma mão esquerda.
O culto de Vecna é muito reservado, celas de adoração a divindade foram descobertas recentemente em vários pontos pela região do Lago de Diamante, Greyhawk, e Verbobonc. Também foram informados templos de Vecna nas cidades de Alto Porto no Pomarj e Erelhei-Cinlu, a cidade humilhada no coração do reino Drow.

Vecna

Vecna tem poucos aliados e inimigos incontáveis. Seu maior aliado, e talvez único é a misteriosa entidade conhecida como a Serpente. O famoso lich Acererak uma vez serviu Vecna, mas o estado atual de seu relacionamento é desconhecido. Entre os mais ferrenhos adversários Vecna estão: Kas, Iuz, St. Cuthbert, a Senhora das Dores, Pholtus, e o Círculo dos Oito. Além destes, possui também entre seus inimigos a Antiga fé. Cada posição no culto de Vecna é nomeada para certa parte de corpo.

Ao topo está o próprio Vecna, seguido pela Voz de Vecna que só pode ser ocupada por alguma manifestação de Vecna. Logo abaixo está o Coração de Vecna, o mais alto posto do culto. O último Coração de Vecna conhecido era Diraq Malcinex de Ket que foi morto por aventureiros em 581 CY. Imediatamente abaixo do Coração de Vecna estão duas representações conhecidas como a Mão e o Olho. Os últimos registros de que se tinha conhecimento dizia que O Olho estava ocupado por uma aberração, uma figura humanoide aparentemente normal a exceção de seu braço esquerdo que é quase do mesmo tamanho do corpo e possuía um aspecto bestial.

Isso era tudo sobre Vecna, que Erzurel havia estudado. Esses conhecimentos foram registrados ao longo de décadas de estudos reunidos por padres e eruditos de Verbobonc e Greyhawk principalmente.

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Resumo conhecido sobre Vecna – Conhecimentos de Erzurel

O Templo da Escuridão

– Erzurel, como você está meu amigo? Aqui, deixa eu te ajudar a se levantar.

Uma forte explosão foi ouvida nos níveis inferiores do templo, e Silvertite se lançou próxima ao grande buraco que dava acesso livre ao térreo do templo. E em sua mente Sandy ouviu o dragonado:

– Sandy, perigo, Nybas. Vou ajudá-lo!

E saltando, muito antes de ouvir o que a paladina tinha a dizer, o dragonado abriu asas e saltou para baixo.

O tempo estava curto. E da melhor forma que puderam, a dupla se restabeleceu. Passou cerca de 1 minuto, e eles agora precisavam decidir: Pegariam as escadas até o térreo, ou se lançariam pela passagem até lá embaixo…

Erzurel balançava a cabeça negativamente, mas não tinha jeito. Sandy já havia se lançado de uma altura de cerca de 9 metros. Ele precisava segui-la. E se benzendo, o sacerdote também pulou. O que a dupla encontrou lá embaixo foi um cenário de horror.

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O Térreo

Continua…

Galeria de Jogo

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É sempre bom estar com vocês nobres aventureiros

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Sobre o Autor: Bruno de Brito

Mestre da campanha "Aurora dos Conflitos", ocorrida no cenário de Greyhawk. Entusiasta do sistema Pathfinder, fã de Magic: The Gathering e churrasqueiro nas horas vagas.

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