Nome: Yoleth Bloodmoon
Jogador: Alexandre
Idade: 25 anos
Raça/Etnia: Humana/Chondathan
Profissão: Historiador
Cabelos/Olhos: Negros/Negros
Cor da Pele: Branca
Altura/Peso: 1,76 m/70 kg
Yoleth Bloodmoon nasceu durante um eclipse lunar que manchou a lua num tom avermelhado, num parto difícil que tirou a vida de sua mãe, a bela Gwinly Asturas, casada com Thune Asturas, um nobre da região Suzail no reino de Cormyr, que era um homem de muitas posses e dono de grande comércio de alimentos provenientes de suas muitas propriedades na mesma região. Yoleth foi o terceiro e mais novo filho de Thune, o segundo homem, irmão de Alice Asturas e Benson Asturas, mais velhos que ele 6 e 10 anos, respectivamente.
Seu pai nunca escondeu o ressentimento que lhe corroía com a perda de sua amada esposa e se tornou um homem sombrio e distante após o nascimento de Yoleth, jamais tratando o filho com o amor que destinou a seus irmãos e evitando a sua companhia sempre que possível.
A dor somente aumentou com o tempo, uma vez que Yoleth, muito bonito, tinha todos os traços da beleza de sua falecida mãe, como um maldito legado de dor para o seu pai que favoreceu seus irmãos em todas as coisas, deixando o pequeno Yoleth aos cuidados de seu conselheiro Thorin Scander, homem de confiança de Thune, que lidava diretamente com a administração dos negócios.
Thorin havia se notabilizado por participar ativamente de diversas expedições na época da Grande Invasão, em que goblinoides liderados Ghazneths quase destruíram todo o reino de Cormyr. Mesmo sem ser um grande guerreiro, liderou pequenos grupos em incursões que ajudaram a desmantelar o ataque e favoreceram os exércitos do Rei a vencer a guerra após a Grande Batalha.
Yoleth nasceu com uma marca em forma de lua em seu peito, uma grande cicatriz, a que os sábios disseram ter sido resultado de problemas no parto, mas que a cada aniversário se abria em sangue, estando normalmente curada no dia seguinte, sem que nunca tenham descoberto os motivos.
Desconfiado e arredio, Yoleth foi uma criança de poucos amigos, normalmente triste pela distância do pai, mas nutria uma amizade muito grande por Thorin, com quem aprendeu a negociar e a falar alguns idiomas, tendo em vista que o comércio de seu pai era muito famoso e recebia pedidos de vários lugares do continente.
Aos 7 anos começou a ser acometido por terríveis pesadelos, como por exemplo com sua família sendo morta por um ser de trevas empunhando uma grande maça com uma caveira na ponta, até ele mesmo sendo consumido por uma escuridão sem fim.
Aos 12 anos, novamente em seu aniversário, sem qualquer comemoração (mais uma vez), foi caçar com Thorin no bosque fora da cidade e sentiu-se subitamente fora de seu corpo, como um passageiro sem qualquer controle sobre o que acontecia. Percebeu a aproximação de uma criatura horrenda, mas não avisou e, deliberadamente, deixou que Thorin fosse surpreendido pelo ataque que o acabou matando, enquanto ele se afastava sem qualquer ferimento…
As pessoas acharam que se tratava de um ataque de urso, comum na região, mas o fato de ter ocorrido durante o seu aniversário fez que com o povo de Suzail passasse a acreditar que Yoleth fosse almadiçoado e alguns moradores da cidade passaram a evitar sua presença, deixando-o ainda mais amargurado e solitário. Seu pai, sem esconder sua repulsa pelo filho, enviou o garoto para estudar no Forte de Vela, pagando o preço que foi pedido para ver-se livre de sua incômoda presença.
No dia em que completou 15 anos, em novo eclipse lunar, em um de seus pesadelos, viu-se diante de seu pai, deitado e adormecido, e como no dia em que Thorin morreu, sem qualquer controle sobre si mesmo, enfiou um punhal negro nas costas de Thune, que não se mexeu. No dia seguinte, atônito, recebeu a mensagem de que seu pai morrera durante aquela madrugada, sem que tenham lhe dito causa da morte, passando o controle de suas terras e seus negócios para seu irmão Benson.
A princípio, Benson manteve os pagamentos para que ele permanecesse no Forte da Vela, onde vinha se destacando por sua inteligência e grande capacidade de aprendizado nas áreas de linguística, história e arqueologia.
Entretanto, antes de fim do primeiro ano de comando, Benson enviou um convite para que o irmão voltasse para casa e preparou uma emboscada que visava tirar sua vida, havendo contratado assassinos.
O garoto de nada desconfiava quando a charrete parou em meio a uma clareira e o condutor pediu-lhe para sair para ajudar a consertar uma das traves do rolamento. Depois de muito tempo estava contente com a iniciativa do irmão de se reaproximar e não percebeu o perigo que se aproximava.
Tanto assim que sequer carregou a adaga mágica que havia roubado no Forte da Vela, deixando-a dentro da charrete. Cantarolava uma das antigas canções élficas que havia aprendido e que falava sobre família.
A primeira flecha atingiu o seu ombro e enturvou sua visão, a cicatriz no peito ardeu em chamas e enquanto em ele tentava entender o que estava acontecendo foi atingido mais uma vez, podendo enxergar o condutor da charrete se aproximando com uma faca em punho e um sorriso maligno no rosto, até que perdeu os sentidos.
Quando acordou estava em um lugar escuro e úmido iluminado apenas por velas em cima de uma mesa não muito distante, na qual jaziam alguns livros, pergaminhos e uma pena no tinteiro. Podia sentir seu peito ardendo e a camisa molhada de suor, dolorido ainda onde as flechas o atingiram. Não saberia dizer quanto tempo ficou naquele lugar, sem ver qualquer pessoa, acordando e dormindo entre os delírios da sua recuperação dos ferimentos que havia sofrido, muito fraco ainda sequer para levantar.
Quando enfim parecia estar melhor, se ergueu com dificuldade e sentou-se na cama, tentando enxergar o cômodo onde estava. Percebeu que era um quarto pequeno com uma porta fechada para outro cômodo, de onde emanava luz que passava pelas treliças.
Antes que pudesse se erguer ouviu uma voz feminina que o chamou pelo nome e pediu que seguisse descansando. Tratava-se de Katarina Darkblade, uma tiefling que o havia salvado da emboscada de seu irmão, subornando o condutor para que fingisse que o havia matado e deixasse seu corpo inerte na mata onde o resgatou e levou até aquela sua torre. Ela havia desconfiado do plano de Benson no dia em que soube que o garoto havia recebido o convite e após confirmar seus temores, fez o que pode para salvá-lo.
Katarina era fascinante e Yoleth apaixonou-se por ela no instante em que a viu. Ela tinha muitos contatos no Forte da Vela e acompanhava seu desenvolvimento com interesse, pensando em trazê-lo como assistente desde que leu suas anotações sobre a formação das línguas antigas. Vê-lo feliz por estar ao seu lado sem a tradicional desconfiança que sua raça atraía fez ela se sentir cativada pelo garoto.
Katarina tinha 28 anos, 12 a mais que Yoleth, e era grande estudiosa do oculto e da simbologia, desenvolvendo excursões por todo o continente atrás de relíquias que pudessem remontar os grandes acontecimentos da mundo. Era uma tiefling muito ambiciosa, apesar de extremamente leal com Yoleth e com seus companheiros de expedições.
A marca de nascença de Yoleth atraiu completamente sua atenção e curiosidade e eles passaram a estudar juntos as possíveis origens e significados da lua sangrenta. Ela era uma professora sensacional e devotada e a relação ambígua que mantinham era tudo que o garoto sempre sonhou.
Katarina acumulou riqueza vendendo artigos para os grandes museus do continente e não se incomodava em dividir com Yoleth a boa vida que levava, apesar da discrição, principalmente para que a família Asturas jamais soubesse que Yoleth estava vivo. O sobrenome Bloodmoon foi uma sugestão dela que era fascinada pela marca de nascença de Yoleth.
Os eventos de perda da consciência corporal e os pesadelos foram se tornando mais comuns, mas Katarina sempre esteve por perto para evitar que qualquer coisa de pior acontecesse, e usava as informações que Yoleth trazia para fazer novas anotações e estudos.
Quando Yoleth estava prestes a completar 25 anos, eles descobriram uma possível conexão entre o eclipse do dia do seu nascimento com um ritual muito antigo que teria sido realizado por anões nas montanhas geladas de Damara e que utilizavam Pedra-Sangue proveniente daquela região.
Enviaram uma carta a Alethra Kulemov, chefe de pesquisa de arqueologia do Forte de Vela e amiga de Katarina, avisando que iriam visita-la em Hallisfrane, e se preparam para viajar no dia após o aniversário de Yoleth, que comemorariam, como de tradição, somente os dois e uma garrafa de vinho, dentro da torre.
No dia de seu aniversário, Yoleth acordou com encharcado de sangue, sua marca de nascença doía mais do que o normal, sentiu que havia algo de errado e chamou Katarina que não respondeu… Levantou-se abruptamente para procurá-la, mas nada achou senão algumas gotas de sangue que saiam pela porta e sumiam na terra, chorou como quando perdeu Thorin, foi expulso por seu pai ou quando descobriu que tinha sido enviado à morte pelo irmão.
Sem alternativas e sem qualquer pista, decidiu seguir a Hallisfrane e tentar refazer a conexão que Katarina tinha com Alethra. Reviraria o mundo atrás de sua mentora, amante e amiga. Pegou os equipamentos que já estavam preparados para a viagem e partiu, chorando na chuva.