Esse artigo é a continuação do capítulo Interações, e nesta parte falaremos de Eophain e Hadauck. Essa dupla de guerreiros que dividem no sangue a mesma moral – o combate e a lealdade.
Esse é um texto original escrito por Bruno de Brito e que recebeu uma contribuição na Revisão sem precedentes de qualidade de Fabrício Nobre, muito obrigado Eophain!
Nota do Revisor: Deste fragmento do Artigo, os textos originais de cada interação foram preservados ao máximo, mantendo a essência de cada diálogo.
Se perdeu? Não se desespere, veja o primeiro capítulo dessa série importante de artigos dos Heróis do Trono!
- Interações | Parte I – Aescriel, Dankester e Eophain
- Interações | Parte II – Rathnar e Sabyr
- Interações | Parte III – Eophain e Hadauck
A Guilda do Porto
05 de Preparos de 597 CY (Manhã)
o dia seguinte logo cedo Eophain segue com Hadauck até o estabelecimento. A Ferro & Aço é o local de destino. Lá, a loja encontra-se bastante movimentada, mesmo naquela hora da manha. Porem, não por clientes. Curiosos observam e soldados da Guarda do Viscondado entram e saem da loja, averiguando um provável arrombamento. A dupla se aproxima para entender o que ocorreu e notam Lírio, o dono, aparentemente prestando esclarecimentos a um tenente da Guarda. Após isso, ele se aproxima de Hadauck. Eophain nota que ambos se conhecem de longa data. Após uma breve apresentação, o meio-orc informa que infelizmente sua loja estará fechada. A noite do dia anterior ela foi assaltada. Diversas armas e armaduras foram levadas.
Hadauck ouve atentamente e, após o relato do meio orc, ele diz:
“- Há alguma suspeita Lírio?”
“- Sim – Diz balançando positivamente a cabeça – Não pude falar aos guardas, mas você deve saber tão bem quanto eu quem pode ter sido.” – conclui o meio orc, apontando um símbolo rabiscado em uma das paredes da loja.
Hadauck contempla a imagem, buscando em sua memoria um significado. Após um breve momento ele fala, ainda encarando o símbolo:
“- Acredito que posso te ajudar, velho amigo.”
Ao que lírio pondera:
“- As docas são perigosas, meu amigo”.
“- Esse problema posso resolver para você, em nome dos velhos tempos”.
Ajudando um Amigo
Intrigado, Eophain questiona do que se trata o símbolo e porque, já que ambos parecem saber a origem do ladrão, ele não foi denunciado às autoridades. E é Hadauck que responde:
“- Esse símbolo pertence a uma antiga guilda da qual Lírio fez parte no passado”.
E virando-se para o meio orc, ele questiona:
“-Lírio, você acha q pode ser alguma coisa de seu passado?”
Lírio dá de ombros. – “Pode ser, talvez… Mas não posso envolver as autoridades nisto. Preciso ter uma conversa com meus antigos , digamos, parceiros”.
Eophain chama Hadauck para um canto ele diz:
“- Hadauck, ouvi você dizer que ira ajudar o meio orc. Sei que ele é seu amigo. Sendo assim, visando manter a integridade de um dos membros do nosso grupo, senão se importar, eu o acompanharei. O mais prudente seria não nos envolvermos, prevenindo danos colaterais. Mas algo me diz que não levará isso em consideração – diz Eophain em tom serio – Desta forma, o que posso fazer é lhe acompanhar pra que se mantenha ileso.”
O baklunita escuta as orientações do Kensai e, olhando-o nos olhos, diz: – “O que farei para Lírio nas docas não é algo que possa te dizer que será um serviço “limpo”. No entanto, se vier comigo, será bem vindo. Lírio é um antigo amigo e como te disse ontem, são necessárias muitas batalhas para você poder dizer que alguém é seu irmão de espada. Ele olha para Lírio, que volta a conversar com os guardas ao longe e conclui: “ – Eis ali um caso.”
Voltando-se para Eophain com um sorriso, ele pergunta: – “Vamos quebrar alguns dentes hoje à noite? Se sim, não comente para ninguém.”
“- Não vou mentir que, se tratando deste tipo de gente, quanto mais forem eliminados, mais bem faremos a sociedade.” – conclui Eophain, estralando dedos e pescoço.
– “Então se prepare para a noite. Encontraremos-nos novamente na Gamo de Ouro”.
Continua…