As Catacumbas de Rakdanam | Final

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No dia 08.07.21 foi o dia de dar continuidade a aventura das Catacumbas de Rakdanam. É objetivo do grupo atravessar a masmorra onde elfos antigos foram enterrados com o objetivo de chegar até a casa da administração do cemitério. Porém, importantes descobertas fazem o grupo rever a postura e reconsiderar o curso das ações no final do local.

Esse artigo é a continuação da Parte II.

Jogadores

  • Diogo Coelho (Gatts);
  • Marcelo Guimarães (Nay);
  • Daniel Alonso (Pyrus).

Essa é uma história original escrita por Bruno de Brito e revisada por Bruno Simões.

Armadilhas e Charadas

09 de Flocos de 592 Ano Comum

O grupo se recompôs do combate contra os enxames de crânios ferozes, e observava os caminhos dispostos à frente. Nay já tinha provado sua habilidade em identificar armadilhas e passagens secretas, e ali mais uma vez precisaria verificar. Havia uma formação estranha de colunas na passagem mais a frente e, perpendicular à posição que estavam, havia um corredor tomado por uma escuridão não natural. Através da força da luz mágica de Gatts, a escuridão sobrenatural foi rasgada e revelou uma porta e a continuação do corredor. A porta não estava trancada, identificou Nay, que ao abri-la viu um novo corredor, mais curto, e que dava para uma câmara onde ela viu, com sua visão no escuro, algumas colunas – tais como aquelas vistas momentos antes. Certamente era a continuação da sala.

Continuando pelo corredor, o grupo chegou a uma bifurcação, e Nay reconheceu imediatamente aquela passagem. Ela tinha estado ali, quando caíra na armadilha da sala de oração há um par de horas. O grupo tomou um sentido oposto, uma vez que sabia através da meio-orc onde o outro lado daria, e chegaram até uma sala contígua à das colunas. Próximo de onde o corredor desembocava, uma bela estátua.

Nay continuou sozinha na sala, para garantir não haver mais armadilhas e sentiu quando pisou em um tijolo em falso e percebeu, estava próxima demais de uma das colunas. Quatro lâminas dispostas igualmente surgiram descendo do teto. Elas estavam presas no que parecia ser um anel em volta da coluna. A estrutura da coluna era sinuosa como um parafuso, o que permitia o anel correr descendente, e vinha com uma grande velocidade, graças a um óleo que reduzia o atrito. No solo, seções vazadas recebiam as lâminas com perfeita mecânica, enquanto lá de cima, uma nova hélice mortal vinha, em um fluxo contínuo. Mas isso não era o pior: no sentido que as lâminas seguiam, elas empurravam a vítima para a área da próxima coluna com suas hélices, em uma sequência mortal para um errante distraído.

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A Estátua de Erevan Ilesere

Nay não era uma aventureira qualquer, e conhecia de dispositivos e suas artimanhas, sobretudo, ela possuía reflexos e a leveza necessária para não tentar sair do sentido das lâminas, o que seria um movimento natural e desesperado, mas ela fez o contrário, seguiu a frente para a próxima coluna, e atenta, calculou o tempo correto do giro e seguiu voltando de onde viera. Sua graça e reflexos eram dignos de um hábil felino, e apesar de ter se ferido na primeira coluna, não havia sofrido na segunda.

Cientes de que não havia mais perigos, o grupo adentrou a sala. A estátua chamou a atenção de Pyrus, já que em seu pedestal havia uma curiosa estrutura com três discos que pareciam girar independentes. Uma tabuleta continha um texto curto e a ponta do cajado da espada parecia indicar uma combinação de caracteres entre a posição dos discos.

Adda e Pyrus reconheceram a quem se devia aquela obra de arte. Erevan Ilesere era deusa élfica pertencente ao panteão dos Seldarines. Erevan era a deusa dos truques, dos furtivos, dos ladinos, e tinha uma história complexa relacionada com outros elfos dos Seldarine, inclusive com o próprio Corellon. E ali sob seus pés estava uma charada.

Cinco elfos constroem uma Velen Noir (Casa na Árvore) com cinco metros em cinco horas. Quantos elfos serão necessários para construir uma Velen Noir de 100 metros em 100 horas? 

Enquanto Pyrus se detinha em tentar responder a charada, os demais analisavam demais elementos da sala. Gatts observa a estátua em seus contornos e detalhes, Nay averiguava uma porta e procurava sinais de outras armadilhas, enquanto Adda olhava contemplativa para uma pilha de ossos em um canto.

Descobertas de cada Um

Gatts observou quando cada um dos membros revelava suas descobertas. Pyrus acreditava que 100 elfos eram a resposta da charada, Nay disse que a porta apesar de trancada, não tinha armadilhas e Adda iria inquirir a alma remanescente nos ossos de uma forma que era nova para aqueles que conheciam a magia Cadáver Falante.

“- Gatts, tem que ser 100. Não tenho cem por cento de certeza, mas arriscaria essa resposta.”

“- Eu acredito que preservando a proporcionalidade, o correto seria cinco.” – afirmou Gatts.

Já Adda, havia concluído seu ritual e compartilhou com os demais suas conclusões.

” – Senhores, esse esqueleto pertenceu a um elfo que, assim como os demais que enfrentamos foi destruído por aqueles que passaram aqui antes de nós. Eu realizei três perguntas e as respostas foram extremamente curiosas. Indaguei:

I – O que lhe matou?

Resp.: Um igual a mim.

II – Há quanto tempo?

Resp.: Era igual a mim.

III – Como passou pelos desafios?

Resp.: Desinteresse, Conhecimento e Sabedoria.

Adda continuou: “- Essas respostas me levam a crer que aqueles que passaram por aqui, conseguiu evitar boa parte dos desafios que enfrentamos, mas como?”

O grupo levou pouco tempo para entender a resposta. Nada havia sido pego ou apossado, simplesmente quem entrou, queria apenas seguir o caminho adiante. Diferente dos heróis que coletaram moedas e demais itens de valor. Com essa informação eles decidiram que precisavam devolver tudo que havia sido pego, exatamente onde foi pego.

Essa ação faria toda diferença no que estava por vir.

O Pacífico

O grupo tinha então dois caminhos a tomar. O primeiro seria desvendando a charada da estátua, e o outro seria abrindo a porta e vendo onde ela os levaria. O grupo decidiu então pela segunda opção. Não foram muito longe, uma nova câmara, pequena, com três portas – uma de onde vieram, outra a frente e uma lateral. Nay averiguou a porta, não identificando qualquer perigo, e eles viram uma sala que lhes chamou a atenção.

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Três túmulos, uma estátua no meio e duas caixas de pedra com moedas, pergaminhos e pedras preciosas ao fundo. O grupo sentiu o cheiro de perigo e Nay se esquivou de ser a primeira a entrar no cômodo. E, ao mesmo tempo que decidiam se adentrariam ou não no local para averiguação, eles foram surpreendidos com a porta da frente sendo aberta e um elfo com aspecto cadavérico observando o grupo. Atrás dele, um devorador parecia vir como um guardião.

Continua em “Atrás dos Cubos – Parte I“…

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Sobre o Autor: Bruno de Brito

Mestre da campanha "Aurora dos Conflitos", ocorrida no cenário de Greyhawk. Entusiasta do sistema Pathfinder, fã de Magic: The Gathering e churrasqueiro nas horas vagas.

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