Atrás dos Cubos Parte II

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No dia 13.08.2021 os heróis chegaram ao subsolo da casa da administração do Cemitério de Rakdanam. Com cada membro no limite de suas forças físicas e mágicas, eles consideram seriamente abandonar a missão, mas uma fagulha de heroísmo os faz considerar as possibilidades no final.

Essa história é uma continuação da primeira parte Atrás dos Cubos, e contou com a participação dos jogadores:

  • Diogo Coelho (Gatts)
  • Marcelo Guimarães (Dhounay)
  • Daniel Alonso (Pyrus)

Além de Adda Louvardeen, como Personagem do Mestre.

Essa é uma história original criada por Bruno de Brito e revisada por Bruno Simões (Kalin).

A Adega

09 de Flocos de 592 AC

O cheiro de vinho adentrou as narinas de Dhounay primeiro que a todos. Os demais sentiam um cheiro de carvalho, O cheiro de vinho adentrou as narinas de Dhounay primeiro do que todos. Os demais sentiam um cheiro de carvalho, misturado com ar parado, sendo que o que mais chamava a atenção dos heróis era a quantidade incômoda e numerosa de ratos pelos cantos, com barris e alambiques na câmara regular a frente. Não havia perigo aparente, foi o que constatou a meio-orc e o grupo foi adentrando com cautela e prontidão.

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O subsolo do prédio da administração

Estátuas de pedra cinzenta e frias observavam em direção oposta cada parede da sala, eram gárgulas humanoides e sem asas, que lembravam defuntos despertos. Havia duas passagens, com um corredor acima, estreito e escuro, além de uma porta na mesma parede, só que do lado oposto.

Dhounay averiguou primeiro o corredor, notando que ele curvava a frente e depois novamente para terminar em uma escada “subindo” e a porta abaixo estava trancada. Pyrus notou em uma estante próxima algumas garrafas tomadas por teias de aranha. Contou 10, cujo rótulo de sete ele conseguia ler, outros três estavam muito deteriorados. Pyrus guardou: 2 garrafas de Sundish Lilás, 4 garrafas de Keoish dourado, 1 garrafa de Veluna Fogoamber e 3 garrafas cujos rótulos estavam com a identificação prejudicada pela ação do tempo.

Seguir ou Voltar

Dhounay aproveitou o momento de reflexão do grupo sobre qual caminho seguir e pontuou:

“- Senhores, não vejo condições de sucesso na missão, dado os nossos estados. Enfrentamos muita coisa até aqui e acredito que ainda haverá mais batalhas.”

E foi Gatts que continuou:

“- Você não está errada. E todo serviço prestado por cada membro até aqui foi excepcional, mas de fato, beiramos o limite de nossas forças. Na primeira oportunidade que vocês tiverem, quero que saiam desse prédio. Eu irei seguir até o mais próximo que me for possível dos cubos.”

A negativa veio naturalmente de Adda e Pyrus. Coube a Dhounay ser a última a responder:

“- Irei acompanhá-los o máximo que minhas habilidades permitirem.”

A mesma Dhounay se deteve diante da porta, parou, aguçou os ouvidos e o que lhe retornou foram murmúrios. Feitos os devidos alertas aos seus pares, focou na fechadura da porta que estava trancada. Após uma sucessão tentativas conseguiu destravar. Ela adentrou furtivamente, e suas suspeitas sobre os murmúrios se confirmaram – eram pessoas. Cerca de oito indivíduos estavam presos em pares em quatro celas. Eles estavam na penumbra. A luz estava em uma tocha presa próxima da parede por onde a ladina adentrara, e ela não avançou mais, recuando.

Negociações

Após o detalhamento do que vira, o grupo adentrou cautelosamente no local e constatou o que Dhounay já tinha explicado. Moradores do viscondado, provavelmente incautos raptados na estrada, dentre outros. Mas todos magros, claramente desidratados e com sinais de estarem no limite de suas vitalidades. Pyrus e Adda verificaram de que forma as grades estavam trancadas e perceberam uma fechadura em uma coluna ao lado de cada uma delas.

E foi nesse momento que uma porta em uma área interna mais afastada se abriu, e de dentro dela figuras saíram. Das cinco figuras humanoides que surgiram, uma em especial se destacava das demais.

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O grupo não viu na presença das figuras a frente, sinais de hostilidade, mas se prepararam para o confronto. O careca mais próximo do que seria um homem se colocou a frente e disse:

“- Ora ora, o que temos aqui. Seria mais comida para o estoque de meus mestres, ou intrusos que desviarão seus caminhos afim de evitar eventual conflito desnecessário.”

E foi Pyrus que respondeu:

“- Primeiro você irá libertar essas pessoas, e depois veremos o que faremos com vocês, criaturas profanas.”

A conversa daquele ponto em diante seguiu com ameaças, bravatas e intimidações partindo principalmente dos heróis. Enquanto Gatts e Nay queriam pontuar a conversa com diplomacia, Adda e Pyrus se continham para não irromper contra os inimigos. Mas Zandro Von Korbin, o Nosferatu Malfeitor, era hábil e não havia chegado à altura dos seus 200 anos, enfrentando inimigos os quais não identificasse margem mínima de vitória.

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Zandro

E no fim os aventureiros conseguiram obter a liberdade das pessoas presas, porém Pyrus não se conteve e avançou contra os Vrykolakas.

Um novo confronto

Sobre Zandro, Gatts apenas sabia que se tratava de um Nosferatu Malfeitor, uma variação de vampiro cuja força e poder mágico eram elevados. Já sobre os Vrykolakas, ele detinha informações mais detalhadas. Aqueles seres humanoides eram também vampiros, mas não originários deste plano. Gatts os havia lido em tomos antigos sobre o Domínio do Medo de Cavitius, local onde ele ouvira de Thrommel que Vecna era lorde absoluto. Aqueles Vrykolakas eram de um tipo conhecido como “ressurgidos”, e estavam no primeiro degrau da casta daquela espécie vampira. Porém era perigosos e imortais, sendo mortos definitivamente caso tivessem suas cabeças arrancadas.

Gatts passou para os companheiros a forma de derrotar permanentemente as criaturas, e a refrega começou de fato. Zandro e mais um vrykolakas recuaram para o cômodo afastado e a porta foi fechada. Do lado de fora, três daquelas criaturas confrontaram os heróis e a batalha ocorreu de forma conturbada no início, mas depois contando a favor dos heróis. As coisas ficaram complicadas quando Zandro invocou uma nuvem fétida na área em que o combate ocorria. Gatts e Dhounay foram atingidos por ondas de enjoo forte, mas os demais resistiram. As pessoas presas também vomitavam profusamente o pouco que lhes restara no estômago.

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Vrykolakas Ressurgidos

O combate seguiu rápido. Os heróis sabiam que um fim rápido era garantia de menos riscos, mas um movimento próximo do fim do combate contra as três criaturas, mudou o fiel da balança perigosamente. Quando restara apenas um monstro, o que havia se escondido na sala com Zandro saiu, atacou Pyrus, e evadiu para fora. Enquanto Gatts e Pyrus tentavam a todo custo deter a escapada da criatura, o próprio nosferatu malfeitor surgiu na cena. Divididos, o grupo assistiu enquanto Zandro segurou Adda e sorveu o sangue profusamente. Adda ficou branca feito papel e tombou no limite de sua consciência.

Pyrus e Gatts regressaram para lutarem juntos com Dhounay contra a maior ameaça – Zandro Von Korbin.

Fim da Negociata

Zandro denotava grande vivacidade e uma bestialidade incomum após largar o corpo de Adda e se dirigir contra Pyrus. O campeão de Joramy sabia que aquele vampiro em particular representava uma grande ameaça, no entanto era apenas o instinto lhe advertindo cautela, mas isso não foi o suficiente para impedir que o nosferatu cravasse suas garras no aço da armadura, e em sua pele, por conseguinte. Uma podridão carregada de força e velocidade feriu o campeão.

Somente após a união efetiva dos três heróis restantes, Gatts, Pyrus e Dhounay, foram suficientes para fazer frente a força do vampiro serviçal da Sinigaglia. E no próximo do fim, Zandro se desfez em dezenas de ratazanas e que se juntou a outras já existentes no local, e escapando do fim certo nas mãos dos heróis.

Estavam todos exaustos.

Mas não apenas os heróis estavam nesta exauridos. As pessoas libertas estavam no limite de suas forças, a maior parte delas sem a mínima condição de evadir dali, e poucas eram capazes de andar. Pyrus percebeu que a liberdade para elas estava distante e ele não podia fazer nada. Gatts sugeriu que as pessoas em melhor condição, ajudassem as mais debilitadas, e ainda que fosse um pedido difícil de cumprir, percebeu que era o mínimo que poderia sugerir na atual condição.

O grupo seguiu pelas escadas do outro caminho e Dhounay reconheceu vividamente onde tinha chegado ao fim dela. Eles estavam no térreo e o som de batalha podia ser ouvido não muito longe. Após uma certa dificuldade em abrir a porta, eles saíram e notaram que de um lado estava a porta de saída daquele inferno e do outro uma batalha ocorria.

Pyrus e Adda foram em direção a saída, Gatts e Dhounay foram verificar o que ocorria no outro cômodo e o que viram deixaram surpresos.

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A batalha final estava diante dos heróis e eles podia evitar ou se juntar a ela.

Continua em Atrás dos Cubos, Parte Final…

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Sobre o Autor: Bruno de Brito

Mestre da campanha "Aurora dos Conflitos", ocorrida no cenário de Greyhawk. Entusiasta do sistema Pathfinder, fã de Magic: The Gathering e churrasqueiro nas horas vagas.

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