Baronato Lancastenell – História

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BARONATO LANCASTENELL

HISTÓRIA

Ainda durante a fase de colonização de Damara os Lancastenell conquistaram o direito à exploração da prata e calcedônia existentes nos contrafortes sul e leste das Montanhas Galena após expulsar as tribos de orcs e goblins que viviam na região.

Possuindo estreitos laços com a família Devlin, de quem eram primos carnais, os Lancastenell expandiram seus territórios pela política e pela força bruta, ora arranjando casamentos favoráveis e obtendo privilégios e títulos de nobreza adicionais, ora derramando sangue em guerras rápidas e violentas contra humanóides, bárbaros e baronatos vizinhos. Além disso, procuraram estabelecer relações comerciais diretas com o Reino de Impiltur através da criação de rotas comerciais que cruzavam a Floresta da Terra, mas as criaturas que habitavam as matas sempre ofereceram dura resistência à derrubada de suas árvores sagradas.

A cidade de Hallisfrane, que significa “Ninho da Coruja” num antigo dialeto do povo das montanhas, se formou ao redor de uma fortaleza construída pelo Barão Victor Lancastenell há cerca de 200 anos atrás. O local escolhido para a edificação da imponente torre não poderia apresentar maior desafio aos arquitetos e engenheiros contratados para realizar a obra: um platô quase inacessível, estreito e ladeado por escarpas verticais, encravado na face sul das Montanhas Galena.

Surpreendendo o trono de Pedra do Corvo, que considerava o projeto uma piada, e aos seus próprios conselheiros pessoais, como que por mágica o Barão Victor ergueu o alteroso e inexpugnável forte. Ele só podia ser alcançado por meio de um engenhoso sistema de gôndolas e através de uma ponte levadiça que o ligava a uma estrada aberta à muito custo na rocha congelada. Diz a lenda que vinte anos após o começo da obra, quando ela já estava quase concluída, uma imensa coruja de asas prateadas construiu seu ninho no torreão mais alto da fortaleza. O povo então começou a chamá-la de Hallisfrane, nome que se espalhou rapidamente e por fim acabou sendo adotado em caráter oficial.

Torre-Hallisfrane Forgotten Realms Reinos de Forgotten Realms

Fortaleza construída pelo Barão Victor Lancastenell

A partir de 1330 CV o pai do Barão Maximillian, Geofrey Lancastenell, deu início à uma ambiciosa campanha de atração de pensadores, estudiosos e filósofos para Hallisfrane. Ele desejava impulsionar o desenvolvimento tecnológico e mágico da região, tornando-a uma potência dentro do Ducado de Carmathan. Embora algumas facções conservadoras do baronato enxergassem esse incentivo à imigração com desconfiança, haja vista a necessidade flexibilizar diversas leis e abolir alguns privilégios tradicionais, a maior parte da população, especialmente a parcela mais jovem e humilde, apoiou a ideia, o que impediu que seus opositores a atacassem abertamente. O Barão inclusive fundou a primeira universidade de Mineralogia e Prospecção das Terras Geladas, cujo corpo docente crescia em quantidade e qualidade a cada dia.

Entretanto, o repentino ataque do Rei-Bruxo pôs fim aos sonhos de Geofrey. Convocado pelo Duque Helmont XIII a auxiliar as tropas do Rei Virdin, acabou perecendo na Batalha do Vau de Goliad. O próprio Duque Helmont posteriormente foi assassinado por Zhengyi, o que possibilitou que seu covarde primo de quarto grau, Dashard Devlin, assumisse o trono de Pedra do Corvo sob o título de Helmont XIV.

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Barão Maximillian Lancastenell

Alçado ao posto de barão, o jovem Maximillian Lancastenell foi obrigado a jurar lealdade ao novo duque para evitar que suas terras fossem devastadas pelas tropas do Rei-Bruxo. A política de desinformação promovida por Dashard era realmente eficiente e logo o povo de Carmathan passou a acreditar que o ducado havia se transformado em alguma espécie de “Estado Independente”, livre do controle dos “falsos damaranos” que governavam a partir de Heliogabalus.

Dessa maneira, quando Gareth Dragonsbane marchou contra Pedra do Corvo, encontrou uma forte resistência nos carmathanos, que estavam mais do que dispostos a morrer pela sua “pátria”. Ainda assim, Helmont XIV foi derrotado na terrível Batalha das Três Fronteiras depois três dias de intenso combate.

As más línguas dizem que o Barão Maximillian chegou atrasado ao campo de batalha de propósito. Ele odiava Dashard e Zhengyi mas não poderia apoiar Gareth abertamente sem sofrer severas retaliações por parte da Corte de Pedra do Corvo. Alguns o acusaram de covardia e sedição… Mas o fato é que as perdas dos Lancastenell foram mínimas e o barão logo se rendeu aos rebeldes, pagando um preço justo em prata e pedras-sangue para se manter no poder e financiar a causa de Dragonsbane e seus companheiros.

Com a ascensão de Theodorus, suposto irmão de Dashard, ao trono de Pedra do Corvo sob o título de Helmont XV, a destruição do Rei-Bruxo e a coroação de Gareth como novo Rei de Damara, o Barão Maximillian decidiu retomar os ambiciosos planos de seu pai e transformar o Baronato Lancastenell em uma potência regional, custe o que custar. Recentemente ele se casou com Tanya Kranestar, filha do influente Marquês Borys Kranestar, e o casal teve uma filha, a jovem Mary Ann.

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Sobre o Autor: Sandro Moraes

Mestre das campanhas "O Segredo Enterrado no Gelo" e "Tirania dos Dragões", ambos ocorridos no cenário de Forgotten Realms. Mestra também no cenário de Golarion, em "O Mestre da Fortaleza Caída" e mais recentemente O Chamado de Cthulhu. Entusiasta do sistema GURPS, em especial High Fantasy, mestra e joga Pathfinder, Starfinder e D&D 5ª Edição.

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