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The Dark One’s stratagem: the Second Possession
Por dez mil anos o Obscuro ficou aprisionado no cristal de Averth Sharian, que sabendo que o mineral não seria suficiente para conter aquele poderoso espírito maligno, confinou o cristal num envólucro, conhecido como o Baú dos Infortúnios, que era feito do mesmo material de que eram feitas as armas de lacunian.
Báphira e seus agentes haviam voltado seus propósitos e esforços para outros caminhos e alvos. O que colaborou para o esquecimento sobre o Obscuro, que era apenas cultuado por poucas tribos de humanoides vis. E o que gerou na entidade mais ressentimento, pois via na deusa das sombras sua mais poderosa aliada.
Mas a Senhora da Enganação estava impedida de se meter com o Obscuro diretamente, por determinação dos deuses. Tanto os seus agentes, quanto os cultistas do Senhor da Destruição (Lareth Obscuro) haviam perdido a informação sobre o paradeiro do baú, com o passar dos milênios, as buscas se arrefeceram e por fim terminaram.
Após ter sido passado, por gerações, de um guardião para outro, o item foi guardado numa câmara secreta, do porão da Torre Guardiã em Dorianth, o segundo maior reino élfico após a queda da primeira Thankester.
O segredo por trás de sua guarda acabou esquecido, quando seu último mantenedor pereceu, sem deixar discípulos para manter a proteção do artefato, que em seu esconderijo acabou esquecido.
Um dia, ainda na III Era de Crivon, após um dia de brincadeiras correndo de seus amigos, que disputavam um clássico pique-esconde, entre as construções mais antigas, dentro das muralhas do reino, a meio-elfa Zamana Argal, descobriu acidentalmente a câmara secreta onde o Baú dos Infortúnios estava escondido.
Era costume, em Reinos Élficos, como o de Dorianth, ser permitida a presença de alguns representantes das outras raças e todos os meio elfos eram bem vindos e lá recebiam abrigo e ensinamentos, como um sinal de boa fé entre os povos. Após os eventos desencadeados por Zamana Argal, esse costume deixou de ser estimulado.
Com a descoberta, Argal, que era muito curiosa, guardou segredo sobre o item e passou a estudá-lo. Ela notou que o item detinha uma poderosa aura de proteção, mas essa aura não conseguia disfarçar que uma poderosa força mística jazia em seu interior.
Todo o mistério que envolvia aquele artefato apenas gerava mais combustível para a meio-elfa, que ficou fascinada e a cada pausa que tinha, entre aprendizados e suas primeiras aventuras, tentava aprender mais sobre aquele item.
Para ela, descobrir o que se encontrava no interior do artefato passou a ser um desafio e exercício para suas habilidades místicas.
Como uma aluna exemplar da Academia Élfica de Zelthenia, ela descobriu que um determinado ritual poderia fazer com que vislumbrasse o que se encontrava no interior do baú.
Ao fazê-lo, teve um rápido vislumbre do Obscuro. Aproveitando a brecha criada pelo ritual feito pela meio-elfa, a entidade conseguiu desdobrar sua existência, enviando parte de sua essência para fora do artefato.
A magia utilizada por Zamana, funcionou como uma estrada de mão dupla, pois ao mesmo tempo em permitiu a arcana ter acesso para vislumbrar o interior do recipiente onde estava o Obscuro, permitiu que o espírito maligno tomasse conhecimento sobre a meio-elfa e a desvendasse.
Assim, o Obscuro encontrou um caminho para se mesclar a alma da mulher, que tentou resistir mas, principalmente devida a sua curiosidade sempre latente, falhou em tentar repelir aquela energia, que mesmo em menor quantidade, era tremendamente mais poderosa que a sua.
Após seu primeiro contato com o Obscuro, a meio-elfa deixou Dorianth com o baú, na expectativa de encontrar um meio de abri-lo, encantada com a carga de poder e conhecimento que havia adquirido com a experiência de apenas vislumbrar seu interior.
O que a jovem não percebeu é que sua vontade estava sendo direcionada e pervertida pela influência do Obscuro, que através de pesadelos, lentamente foi ocupando espaço em seu interior.
Passou a se aventurar para angariar mais experiência, por acreditar que precisava de uma carga mágica maior para quebrar o encanto que lacrava o baú, pois para ela o artefato era a chave para uma poder ainda maior.
Alguns anos se passaram quando, durante uma aventura, ela encontrou uma enigmática figura, um sinistro lich. Inicialmente apareceu como um inimigo, mas tempos após, se mostrou um grande aliado, que ensinou a Argal um ritual no qual conseguiria abrir o artefato.
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Elaboração e criação: Patrick Nascimento
Fonte de imagens: internet