Esse é o resumo da aventura, o Fio de Prata. Erzurel, Kalin, Keira e o misterioso Corvo Azul iniciam uma aventura para descobrir onde está a alma da diplomata Alvearnelle, a aventura contou com a participação dos jogadores:
Aharon Freitas | Erzurel Grayson
Bruno Simões | Kalin OrochiPdMs: Keira Mertz, sacerdotisa de São Cuthbert e o Corvo Azul, um misterioso herói mascarado de Verbobonc.
Essa aventura aconteceu em duas partes, a primeira no dia 28.11.18 e a segunda 01.12.18.
A história é uma composição original da mente do mestre Bruno de Brito, e com a brilhante revisão de Bruno Simões.
Para ver o que aconteceu no primeiro capítulo desta história, clique aqui.
Corrida contra o Tempo
07 de Preparos de 597CY
alin foi ao encontro de Erzurel e ambos deram a mão em sinal da boa amizade. Próximos estavam a figura mascarada que atendia pelo nome de Corvo Azul e ao seu lado a sacerdotisa de São Cuthbert, Keira Mertz. E tão logo passada as formalidades eles observaram os corpos no chão. Derrotados por Erzurel e Keira. Eram homens e mulheres comuns, mas algo passou batido pelo guerreiro santo de Pelor, e a pressa de ir de encontro até o local indicado pelo fio de prata enxergado apenas por Erzurel, fez o grupo se colocar a correr.
A corrida logo se transforma em caminhada e o trajeto indicado por Erzurel conduz o grupo para fora das muralhas de Verbobonc, e os aventureiros assim o fazem. Sem qualquer sinal do destino apontado pelo fio de prata, eles veem as horas passar e a escuridão da madrugada ceder espaço para o amanhecer.
A comitiva exibe sinais de cansaço, fadiga e chegam a considerar parar para o descansar, porém, com a expectativa de estarem próximos do destino, eles persistem…
A caminhada leva o dia inteiro e no fim da tarde uma forte chuva se inicia. O grupo está cansado, mas mantem-se firme no intuito de seguir.
A Ponte Quebrada
Sob uma forte tempestade, o grupo busca abrigo no bosque pelo qual passa, mas não há lugar seguro para proteger-se da chuva, e a caminhada é mantida. Instantes se passam, e o grupo chega até uma ponte destruída. Um forte rio corre e ameaça o que sobrou da estrutura da passagem. O grupo estaca observando a natureza em sua condição mais brutal.
O grupo analisa como atravessar. Uma tentativa de utilizar o que restou da estrutura pode culminar em um acidente e quem quer que caísse naquela corredeira, seria tragado e poderia morrer afogado. E foi o Corvo Azul que se manifestou. O homem mascarado atravessaria usando da estrutura restante da ponte e portando uma corda amarrada do outro lado e do lado dos heróis, todos poderiam atravessa com melhores chances de evitar um acidente. E assim foi feito. A noite havia chegado quando o grupo conseguiu finalmente atravessar em segurança a ponte.
Os Sentinelas da Masmorra
Após atravessar a ponte e com a noite os acompanhando em meio a raios e trovões nos céus, o grupo providencia luz e consideram a possibilidade de pararem para descansar. Todos estão exaustos, com fome e sem uma clara noção de se estão perto ou longe do local onde a alma da gnomo está. Parar nas margens do rio era perigoso, devido ao risco de trombas d´água que poderiam correr furiosamente pelas margens. A chuva impedia qualquer possibilidade de fogueira para espantar o frio.
Sem muitas alternativas o grupo seguiu, e foi o Corvo Azul que tocou o ombro de Kalin e disse-lhes para esperar. Algo havia sido capitado pelo homem mascarado, mas quando a primeira flecha zuniu na direção do grupo, todos perceberam que os inimigos já estavam atacando.
Orcs e ogros avançaram contra os heróis, debaixo de uma forte chuva, o aço reluziu diante dos raios e trovões da tempestade. Erzurel se lançou à frente da batalha e percebeu que ficou cara a cara com inimigos muito rápido. Os dois ogros avançaram com tudo contra o guerreiro santo e ele sentiu o peso da clava de um e da lâmina poderosa do machado grande de outro. O Corvo se somou ao combate e com o apoio de Kalin e Keira, todo combate transcorreu de forma mais rápida e menos perigosa.
A Entrada da Masmorra
Vencidos os sentinelas da masmorra, o quarteto viu que havia uma masmorra mais atrás de onde o grupo de inimigos viera. Tratava-se de uma caverna cuja entrada logo surpreendeu ao grupo por se revelar um local de arquitetura regular. Ao final da alcova o grupo viu uma escada descendente. Antes de remeter para baixo, o grupo trocou o que foi possível de suas roupas molhadas por secas, e se preparam pra descer.
Havia uma luz no fim do fosso e os heróis chegaram lá sem dificuldades. O forte odor de esgoto chegou às narinas do grupo e o som de água corrente era ouvida vindo além das paredes. A luz que os aventureiros viram, era proveniente de uma tocha que queimava sob o óleo embebido em um pano. Os orcs e ogros enfrentados anteriormente deviam fazer uso daquele local. A visão de Erzurel revelava que o fio de prata seguia através das paredes daquele lugar, e assim avançaram em direção a uma porta no fim de um corredor.
Além disso, o corvo disse: “- Ouço murmúrios ao longe”…
Como Seguir
Naquele ponto e antes de avançar o homem mascarado indagou a todos sobre a liderança de qual membro seguiriam. Todos se entreolharam, e Erzurel foi o primeiro a dizer: “- Eu acredito que a melhor pessoa seja você Kalin”. Kalin observou a sugestão de Erzurel e nada disse. E o Corvo retrucou: “- Então pelo menos precisamos de uma estratégia para avançar nesse local”. Isso era algo mais fácil de se produzir. E foi Erzurel que mapeou as melhores posições de cada membro: Ele seguiria na frente, seguido ou de lado (a depender do espaço ali) por Kalin; Atrás viria Keira e por fim, o Corvo na retaguarda do grupo.
E com isso eles tinha uma formação. E foi Erzurel que abriu a porta ao final do corredor. Um cheiro azedo de comida exposta, somado a restos de alimentos foram percebidos no pequeno aposento encontrado, que continha uma nova porta.
Após uma breve investigação no aposento, descobriram que ali os orcs e ogros se alimentavam. Erzurel voltou a testar a nova porta, e também estava destrancada. O que o guerreiro de Pelor viu foram lances de escadas que terminavam em um nível mais baixo e lá dois cães com aspectos infernais o observaram e mais que isso, sobre Erzurel lançaram uma baforada de fogo!
Cães Infernais e Zumbis
A rajada de fogo atingiu Erzurel em cheio e como apenas ele estava na direção da passagem, não houve mais vítimas. Quando o guerreiro de Pelor se livrou das chamas, viu os cães e sobre ele. Mais atrás mais uivos raivosos foram ouvidos.
O confronto foi rápido. Ainda que os cachorros fossem extremamente selvagens, a configuração do grupo rendeu uma vantagem estratégica importante para atacar e derrotar cada animal. O grupo se encontrava no que parecia ser um corredor e por ele seguiram. Ali, os heróis seguiram em fila até que Erzurel parou e todos ouviram os murmúrios. O guerreiro declarou: “- Zumbis”. Na verdade, Erzurel avistara um daqueles mortos-vivos, mas o som de outros era completamente perceptível. Havia uma construção, em verdade uma estranha coluna também próximo a esse zumbi, entretanto como estava dentro da penumbra, era difícil discerni-lo.
Erzurel instintivamente aguardou de Kalin um direcionamento, mas antes que o clérigo de Pelor conseguir pensar em uma das muitas formas que ele como clérigo dispunha para combater aqueles monstro, o morto-vivo veio em direção de Erzurel, com uma velocidade superior a de um zumbi, e o grupo percebeu que se tratava de um esqueleto.
Os Guerreiros mortos-vivos
O esqueleto veio e atingiu Erzurel com um corte na altura do ombro e logo uma refrega começou. Kalin viu quando outros esqueletos e zumbis vieram mais atrás, determinou que aqueles seres banhados pela maldição da não-vida receberiam a luz purificadora de Pelor.
Erguendo o símbolo sagrado, Kalin invocou uma poderosa nuvem brilhante que atingiu os mortos como fogo, e eles queimaram. O cheiro de carne queimada invadiu o ar e percebendo a vantagem, Erzurel avançou. Outros esqueletos e zumbis vieram e foram fulminados pelo nimbo de luz convocado por Kalin.
Em meio aos mortos Keira viu um zumbi em particular com chaves e uma grande barra de ferro atravessada em sua boca. Keira sinalizou para Kalin. O clérigo e os demais notaram um zumbi queimando frente a luz purificadora, e se afastando.
O que o grupo não percebeu foi que pela primeira vez, eles testemunhavam os mortos correrem diante de um poder que não era “Afastar os Mortos”. E em meio a fuga desenfreada dos zumbis, o grupo notou o zumbi das chaves recuar até um certo ponto e desaparecer sob as águas do córrego em que se encontrava.
Inspeção
Com todos os mortos tendo sido destruídos, ou afastados pela luz purificadora de Kalin, o grupo focou em explorar aquele novo local. Erzurel se encarregou em ir atrás do corpo do Zumbi das chaves. O estranho morto vivo que carregava molhos de chaves e havia submergido nos limites daquela área.
Avançando cautelosamente ele percebeu sob seus pés um buraco se abrir, porém como estava coberto por água, ele não precipitou sobre ele, além disso, a correnteza daquelas águas cuspia água de dentro daquele buraco. Fosse o inverso, ele estaria em maus lençóis, tendo sido tragado pelo duto submerso.
Para onde quer que tivesse ido, o zumbi desaparecera, e consigo as chaves que abririam as passagens seladas naquele local. O grupo ainda discutiu sobre a exploração dos mecanismos de direcionamento da correnteza, e também de outras passagens ali existentes.
Com um ar de irritação foi o Corvo Azul que colocou para o grupo que, enquanto o fio de prata que indicava onde estava a alma de Alvearnelle mostrasse uma direção, todos deveriam seguir para ela, e aquelas passagens e para onde quer que o zumbi das chaves, tivesse ido, não era na direção apontada pelo fio.
O Culto e os Gritos
O grupo caiu em si, com o objetivo da missão e perceberam que apesar de atraídos pelo espírito de exploração e aventura daquela masmorra, não podiam perder o foco, isso poderia custar-lhes caro. E foi imbuídos do senso de responsabilidade para com a missão que Keira, Erzurel, Kalin e o Corvo voltaram a rumo.
O quarteto caminhou por um tempo seguindo o fluxo das águas por dentro de um canal subterrâneo. A água lodosa, era escura e fedia. Chegando a uma bifurcação, pararam ouvindo sons do que parecia ser uma ladainha perturbadora e contínua, Keira, Erzurel e Kalin, estudiosos de religião conheciam aqueles ritos e a quem devotava – Vecna. Era certamente um ritual de invocação demoníaca. Alguém do outro lado da escuridão estava trabalhando em um ritual profano e que pelos gritos de agonia em meio a cacofonia envolvia sacrifícios humanoides.
Kalin dentre todos, foi o que mais teve que ser contido para não seguir naquela direção. Erzurel também se sentiu compelido, mas foi o Corvo Azul que novamente os colocou diante da melhor razão para aquele rumo. Seguir por aquele corredor levaria o grupo certamente para uma batalha, e com riscos de baixa se o combate se revelasse maior que eles poderia lidar.
E foi com um desejo contido de fazer justiça que Kalin praticamente foi compelido a seguir em uma direção diferente da que seu coração mandava. Havia algo de muito errado acontecendo naqueles esgotos, e ele não permitiria que o culto de Vecna continuasse a perpetrar seu mal às sombras do Viscondado de Verbobonc.
Um local de dor
Após caminhar por um tempo o grupo tornou ouvir gritos desesperados, provavelmente homens e mulheres que estavam certamente passando por uma forte dor, algo como tortura, dado que os gritos vinham em ondas angustiantes. O que quer que ocorresse, se passava nos níveis superiores e mais uma vez Kalin e demais tiveram que suprimir o ímpeto desejo de ajudar.
Zumbis foram enfrentados ao longo do caminho, zumbis mais rápidos que o comum, e outros que explodiam em um gás tóxico e esverdeado. Kalin identificou que se tratavam de zumbis putrefatos, que quando mortos explodiam. Quem estivesse próximo do morto-vivo no ato de sua explosão poderia contrair a doença conhecida como Podridão Zumbi. Erzurel e o Corvo Azul ao longo do caminho foram enfrentando zumbis com essa característica e eventualmente se expondo a explosão. Kalin cuidou de seus companheiros como pôde, e o grupo avançou.
No final de um corredor com o caminho bloqueado por barras de metal, o grupo notou uma grande quantidade de mortos-vivos, Kalin de posse de seus poderes divinos invocou novamente sua luz purificadora, e sem alternativa para onde fugir, os mortos-vivos avançaram sobre o grupo.
O combate fora rápido e logo todos os mortos-vivos estavam derrotados. Erzurel sentiu que a cada ser daquele que era derrotado, o caminho de sua penitência encurtava, indicando que muito em breve tornaria a receber os plenos poderes de sua fé.
O Sentido do Líder
Derrotado os zumbis, o grupo notou que do outro lado, tudo estava iluminado. Uma ampla câmara se revelava iluminada por grandes braseiros suportados por correntes ao alto. A sala não era plana e no nível em que os heróis se encontrava ela se mostrava funda, como se fosse uma bacia ou uma arena.
Próximo às barras, o grupo nota uma alavanca e antes de Erzurel tocá-la, Kalin apoia sua mão sobre a de seu companheiro e parece sentir a atmosfera no ar.
O que Kalin estava sentindo era algo que ele próprio não conseguiria explicar, havia algo no ar, além do fedor e sensação de opressão que parecia materializar toda vilania e maldade em um único ponto. E com um olhar de vigilância e prontidão, disse: “- Senhores, devemos nos preparar, há algo de muito mau após essas barras.”
E com essa advertência, todos notaram como desde o princípio haviam sido orientados e guiados pelas decisões do sacerdote e como ele próprio os ouvia para decidir os caminhos que deveriam tomar. Ele havia sido o líder nato daquela comitiva e agora os conduziria para um combate decisivo.
O Devorador de Almas
Quando Erzurel abaixou a alavanca, as barras desceram e a passagem se encontrava desobstruída o grupo avançou cautelosamente e do início da descida olharam para o centro da câmara. Lá embaixo uma criatura que se encontrava sentada de frente para os heróis parecia terminar de comer uma seiva prateada e gotejante. Passando as costas das mãos sobre a bocarra, o ser foi se erguendo, olhando para os invasores com curioso desejo, disse-lhes:
“- Quem ousa importunar Adramalech, O Devorador de Almas?”
A criatura com seus aproximados 3,50m, tão alto quanto um gigante e uma corpulência similar a um anão, possuía a pele de tom escuro esverdeado, coberto por pequenas escamas. Sua cabeça era achatada, com uma testa curta e olhos bem separados, porem o que mais se destacava em sua face era sua bocarra selvagem, serrilhada de grandes dentes pontiagudos como os de um tubarão. Suas pernas eram curtas e fortes, e seus braços longos e musculosos. Fora tudo isso, ali do ponto em que se encontrava, o grupo pôde sentir muito forte um cheiro ocre e nauseabundo que aquele ser exalava.
Refrega
Em resposta a pergunta do monstro, Kalin respondeu: “- Somos aqueles que porão fim a sua existência neste plano – Hezrou.” Kalin sabia que tipo de monstro era aquele, ainda que suas lembranças oriundas de seus estudos fossem superficiais, ele sabia que se tratava de um hezrou, um demônio poderoso, cujo senso de existência era único e focado em causar o máximo de mal possível.
E todos aguardaram a ação de Kalin para decidir como o combate deveria desenrolar. E fizeram bem, Kalin invocou sobre todos uma proteção mágica que sobre todos os heróis uma camada cintilante amarela gerou um senso de conforto e proteção. Kalin havia invocado o círculo de proteção contra o mal.
A criatura, diferente do que se imaginou, não avançou sobre os heróis e invocou os seus poderes mágicos profanos. Mas graças a proteção invocada pelo clérigo do sol, ninguém foi afetado.
Protegidos pelo círculo de Proteção ao Mal, o grupo avançou cautelosamente e essa cautela se provou um risco ao grupo quando o ser se aproveitou dela para iniciar uma convocação.
Keira, Erzurel e o próprio Kalin sabiam o que aquilo significaria, se aquele ritual se concretizasse, o grupo não teria apenas um hezrou para enfrentar, mas dois.
Duelo de Magias
Erzurel e Keira olharam com urgência para Kalin na esperança de que ele pudesse impedir a conclusão do ritual, mas o próprio Kalin estava indeciso com relação ao que fazer. Caso desse a ordem de ataque a Adramalech, o círculo perderia parte de suas propriedades e a criatura poderia atravessar a barreira mágica que protegia os seus aliados, entretanto, eles teriam que lidar com dois e não apenas um demônio, o que tornaria a batalha severamente perigosa. Enquanto pensava, o tempo passava e o ser conseguiu concluir o ritual.
Seja por sorte, ou acaso, a invocação de Adramalech, o hezrou falhou, e o rasgo no tecido da realidade que estava se abrindo revelando um recorte de um outro local, um outro plano avermelhado se fechou tão rápido quanto se abriu. A conjuração do demônio falhou.
O demônio olhou com fúria para os heróis e sobre eles lançou suas blasfêmias. O som daquelas palavras abalaria qualquer homem, mulher ou raça inteligente, mas protegidos pela cúpula de proteção ao mal, nenhum dos heróis foi vítima. O hezrou mirou em Kalin chegando a conclusão, que se o derrotasse, o grupo estaria perdido e ele poderia vencê-los rapidamente. Aranque a cabeça e o corpo padece.
A Luz versus a Sombra
Erzurel e o Corvo azul sob o comando de Kalin avançaram para o combate corpo a corpo contra o demônio enquanto Keira e Kalin os apoiou na retaguarda. Mas Adramalech possuía uma pele dura como aço e poucos ataques conseguiam feri-lo, já o corvo azul conseguia melhores resultados, mas mesmo assim a vitalidade do demônio mostrava que aquele combate demoraria a encontrar um fim favorável.
Keira havia invocado um grande crocodilo para ajudar o combate, mas o réptil fora pouco efetivo contra o demônio, entretanto fornecia uma vulnerabilidade no flanco do hezrou.
E foi quando Kalin se aproximou para conjurar sobre as armas do Corvo Azul uma magia para expurgar de uma vez, a presença do demônio no plano material, que o hezrou aproveitou a oportunidade. Kalin conseguiu conjurar a benesse sobre as lâminas do Corvo Azul, porém ele chegou próximo demais do demônio e Adramalech não perderia aquela oportunidade.
Sem armadura e muito vulnerável, Kalin foi um alvo fácil para o demônio e a criatura agarrou o sacerdote com cada uma de suas garras e deu-lhes uma poderosa mordida na altura do ombro. Erguido no ar, a criatura prendeu o sacerdote entre os seus braços em um enlace mortal.
Estando tão próximo do monstro e dos vapores tóxicos que ele expelia, Kalin sentiu seu estômago revirar e ele ser abatido por uma náusea profunda. Daquele ponto em diante, os heróis sabiam que não poderiam contar com o sacerdote. Quando o demônio soltou Kalin, o sacerdote caiu desacordado no solo frio da câmara. As sombras haviam vencido aquela rodada.
A Sombra versus a Luz
Keira concluía uma benção sobre a lâmina de Erzurel, de forma similar à que fora invocada por Kalin, mas que diferente das propriedades aplicadas pelo sacerdote da luz, Keira invocou sobre a lâmina de Erzurel o poder de romper o caos, através da infusão da ordem na lâmina do guerreiro de Pelor.
Até ali, o grupo percebeu que a criatura era extremamente forte, o ataque do Corvo Azul imbuído de poder dissipador do mal invocado por Kalin falhara, Erzurel conseguia melhores resultados com os seus ataques graças aos poderes de Keira. A própria sacerdotisa de São Cuthbert, havia conseguido restaurar a condição de Kalin. Ao retomar sua consciência, mas ainda afetado pelo enjoo causado pelo hezrou, o sacerdote de Pelor abriu uma brecha na defesa do demônio, permitindo que o Corvo Azul desferisse um poderoso ataque.
Tal ataque levou o grupo a vencer a criatura. Sentindo-se num momento crítico, Adramalech percebeu que se continuasse naquele ritmo acabaria perecendo para aqueles heróis, e invocado seus poderes profanos ele falou uma palavra mágica, e logo após isso, desapareceu.
Ainda que houvesse uma sensação de empate e vitória suprimida, o grupo sabia que a verdadeira missão estava próxima dali.
Os Jarros das Almas
Cientes que não podiam demorar muito, o grupo seguiu a orientação da visão mágica de Erzurel e chegaram até um pequeno corredor com jarros de cerâmicas pintados com uma tinta amarela e lacrados com cera de vela.
Quando Erzurel abriu o primeiro grande jarro, uma série de luzes brilhantes em tons prateados voaram se dispersando. Eram as almas aprisionadas por Adramalech.
Erzurel prontamente pegou o pequeno jarro cerâmico dado-lhes pelo cardeal de São Cuthbert – Gaunter O´Dim e ele viu um dos focos de luz, ir na direção do jarro e lá se aninhar como uma pequena serpente prateada.
Seguindo a visão de Erzurel, o grupo chega a despensa do demônio
Retorno a Verbobonc
Após pegar a alma de Alvearnelle, o grupo logo se pôs correndo para fora daquela masmorra e sentiram a diferença entre o ar puro da noite do lado de fora para onde estavam momentos antes. Naquele momento Erzurel sentiu o efeito da visão mágica se dissipar e pensou: Caso tivessem dormido na estrada, teriam que explorar a masmorra para conseguir chegar até Alvearnelle, e sabe lá que perigos os reservariam.
Mesmo cansados e exaustos, o grupo seguiu por um dia até Verbobonc. E ficaram feliz e ansiosos quando viram as muralhas do grande Viscondado de Verbobonc.
Era a noite do dia 09 de Preparos de 597CY.
Continua…
Galeria da partida