O Recesso de Pyrus | Parte I

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Esse é o resumo que conta o que Pyrus fez durante as quase duas semanas de recesso do grupo. A sessão ocorreu no dia 26.02.2021.

Jogador: Daniel Alonso (Pyrus)

Essa é uma história original escrita por Bruno de Brito (DM), revisada por Bruno Simões (Kalin).

Um planejamento

Entre 24 de Preparos e 03 de Flocos do Ano Comum de 592

Greyhawk_Letra-P-185x200 Aurora dos Conflitos Greyhawk Pathfinder 2ª Edição

yrus acordou ouvindo o silêncio da caverna, depois olhou para as paredes e percebeu, não, não era uma caverna. As paredes eram regulares e o aposento em que estava era regular, um cômodo pequeno, mas organizado. Uma cama, uma peça para guardar roupas e duas estantes. O campeão de Joramy se sentou na cama e se espreguiçou longamente. As lembranças das pinças fortes do glabrezu Arrancaborla lhe doíam, afinal de contas, tudo havia ocorrido ontem. Mas o demônio da traição foi vencido e o grupo não teve baixas.

Pyrus tinha algumas coisas a fazer. E a primeira delas era reparar o seu escudo. Graças ao acesso a forja do local, com algumas ferramentas e alguma perícia ele conseguiu realizar os reparos necessários. Além disso, ele procurou Kalin com quem conseguiu algumas moedas de ouro emprestadas, para poder escrever pergaminhos, o que ele fez. Foram escrito quatro pergaminhos.

Passados alguns dias, Pyrus buscou a orientação dos elementais do fogo, para conseguir sentir mais próximo da Megera, e ele leu presságios sobre o Orbe Elemental do fogo, aquele sobre o qual ele apenas ouviu histórias de que estaria escondido em alguma sala no Templo do Elemental Maligno, e a resposta que ele ouviu em retorno lhe impressionou:

Tal destino está distante. Mais distante que os seus próximos dias. Três serpes protegem o fogo, mas o fogo será testado. No Fortim dos Pássaros você encontrará respostas, mas não pode deixar o fogo acabar, ou fé reduzirá cada vez mais.
Hoje é mais preciso que amanhã, amanhã, somente as brasas restarão.

Pedindo Ajuda

05 de Flocos de 592 do Ano Comum

Estava claro para Pyrus que alguém precisava de sua ajuda, mas ele não poderia ir sozinho, caso o problema fosse maior que o que ele imaginava. E ele foi até onde estava Sandy. A paladina estava na sala dos Cubos, vigilante, guardando o local. Pyrus conversou com ela sobre seu presságio e pediu ajuda à paladina. Sandy deu a Pyrus a mesma resposta que dera a Kalin. Alguém precisava manter-se vigilante sobre os Cubos Prisão, mas a paladina percebeu algo que não vira no pedido do sacerdote pelorita. Pyrus verdadeiramente precisava de ajuda e demonstrava claramente que sozinho suas chances seriam menores. Sandy lembrou do sufoco que Pyrus passara quando fugira com o corpo do então príncipe Thrommel, a época acometido de uma grave doença que o fazia dormir por longos períodos, e foi graças a Pyrus (saiba mais na Aventura: O Destino de Pyrus) que o príncipe conseguira escapar da Legião do Chifre, ao custo da vida do servidor de Joramy. E toda essa rápida reflexão fez a paladina mudar de ideia. E se virando para o mago Gerhart que se encontrava dentro da sala reforçando escritos mágicos nas paredes, disse:

“- Gerhart, quanto tempo até a próxima inquietação dos cubos?”

“- Acredito que 11 horas, senhorita.”

“- Esse é o nosso prazo Pyrus, acredita que estamos de volta dentro desse período?”

“- Acredito que sim Sandy”.

Caminho e Proza

A dupla seguiu para o porto, onde segundo Sandy eles deveriam encontrar algum pescador disposto a levá-los a ilhota conhecida como Fortim dos Pássaros. No caminho Sandy falou:

“- Pyrus, acredito que nossos caminhos irão se separar. A relação com meu primo vai de mal a pior e percebo que ele não quer falar a respeito, ou dificulta chegarmos a um entendimento. E receio que em algum momento isso vá interferir nos propósitos que precisamos cumprir em nome de Furyondy. Tenho em mente me unir a Erzurel e mais um ou dois membros do grupo e tomar um braços das missões aqui de Verbobonc, no intuito de convergir no interesse dos Heróis do Trono. O que você acha meu amigo?”

Pyrus ouviu as palavras da paladina e enquanto ela falava, refletia. Quando ela indagou ele sobre sua opinião, suas palavras saíram quase automáticas.

“- Não creio que a separação seja uma solução. A divisão nos enfraquece, mas eu compreendo o seu dilema e faço uma vaga ideia do que é toda essa situação. O conselho que lhe dou é apenas um: reflita sobre as decisões que quer tomar, mas faça isso de coração tranquilo e garantindo que todos os motivos estão esclarecidos e mais que isso, pacificados.”

Pyrus havia sido simples, mas conciso em seu argumento e aquilo atingiu a paladina de modo mais profundo do que ele imaginara…

Era por volta das nove horas da noite quando finalmente encontraram um pescador disposto a levá-los até a ilha. E ainda que o homem fosse suspeito e tivesse pedido um alto valor, após uma breve negociação, aceitou levá-los por 3 moedas de ouro (ida e volta) ambos. Eles tomaram a embarcação e seguiram pelo Velverdyva por cerca de duas horas em uma profunda escuridão ao redor. Na pequena embarcação um lampião iluminava os passageiros e uma direção do caminho. O pescador conhecia bem o curso fluvial e não demorou a eles chegarem a solo firme.

Sandy e Pyrus recomendaram ele permanecer um pouco afastado e dentro de algumas horas eles regressariam para aquele mesmo ponto.

Greyhawk_Recesso-Pyrus_01 Aurora dos Conflitos Greyhawk Pathfinder 2ª Edição
Pyrus e Sandy chegam a pequena ilha do Fortim dos Pássaros

Vidros Alarmantes

Sandy e Pyrus seguiram por uma pequena trilha e notaram a sua direita já uma espécie de muralha regular. Viram no final da trilha uma porta. Testaram para ver se estava aberta e se encontrava fechada. Eles retornaram pelo caminho e subiram uma pequena colina pedregosa. Do outro lado no curso do paredão da estrutura, viram uma porta, e foi Sandy que novamente foi testá-la. Quando finalmente ela se abriu, o som de vidro se quebrando se fez audível e figuras humanoides lá dentro despertaram para os intrusos que ali chegavam.

Continua…

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Sobre o Autor: Bruno de Brito

Mestre da campanha "Aurora dos Conflitos", ocorrida no cenário de Greyhawk. Entusiasta do sistema Pathfinder, fã de Magic: The Gathering e churrasqueiro nas horas vagas.

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