Crivon

Aventura CaLuCe: Onde estão todos?

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Contemplando o crepúsculo que se aproximava, o grupo percebeu que precisavam descansar.

O grupo de heróis prosseguiu com suas montarias aladas, passando por serras e bosques com a velocidade dos ventos e das asas de seus animais excepcionais. Por quase o dia todo, até que percebendo que elas começaram a apresentar sinais de exaustão, perdendo altitude e velocidade.

O grupo percebeu olhando para o horizonte, que o crepúsculo anunciava a noite que se aproximava e pelas nuvens pesadas, parecia que iria chover em breve.

Decidiram que precisavam descer para descansarem, para então continuarem sua jornada, assim que possível, pois para eles cada minuto era imprescindível e a jornada ainda não havia acabado.

A medida em que diminuíam a altitude, perceberam, em meio a penumbra, que em baixo deles, haviam passado por construções, o que indicava a presença de um lugarejo ou aldeia.

Wenishy recordou que entre Vila da Pratinha e Vilaverde havia uma pequena aldeia, afastada das demais, conhecida como Vila de Alabastros. O nome dessa aldeia era originário de um guerreiro famoso por sua coragem e destemor, Brandon Alabastros, que ao se aposentar decidiu cuidar das terras que havia ganho por seus serviços,  posteriormente fundando a vila que recebeu seu nome.

A Vila de Alabastros.

Do alto, ainda puderam ver superficialmente a extensão da aldeia, e  perceberam que o local tinha construções de madeira e palha, sendo 9 casebres, um celeiro e o casarão – que deduziram como sendo o centro de reuniões e festividades da comunidade (era a antiga casa da Família Alabastros). Essas construções ficavam muito próximas – devida a segurança mútua.

A volta dessas construções, não muito longe, era possível divisar 3 cercas – uma para o gado, outra atrás do celeiro para cavalos, e uma terceira para porcos. Uma estrada de chão cortava o centro do vilarejo, onde havia um fosso de água.

O trio dispensou suas exaustas montarias e se dirigiu lentamente rumo a vila, em busca de asilo.

Wenishy, andava com naturalidade, mas Drigos e Kraver perceberam algo estranho e alertaram Joshua para o fato de que apesar da noite haver começava, nenhuma iluminação havia sido posta em construção alguma. Joshua concordou com os aliados e seguiram com cautela.

Kraver preparava a sequência de artes mágicas que desenvolveria a depender da situação, enquanto Drigos segurando seu símbolo sagrado, orava para que o povo daquele lugar estivesse bem.

Após uma breve caminhada, Kravinoff convocou seu familiar, uma coruja chamada Vigilante e a lançando para o alto, ordenou que vigiasse a aldeia e o comunicasse sobre tudo que visse suspeito.

Vigilante, o familiar de Merlin Kraver Kravinoff. Fonte: Wizards of the coast

O trio chegou até a entrada da vila, sob a iluminação da tocha acessa por Wenishy.

Informados por Merlin – que soube por intermédio de sua coruja, sobre a presença de pessoas no interior das casas, mas que estes não se moviam e nem expressavam interesse em se comunicar, Drigos e Joshua foram verificar as casas, deduzindo que seus ocupantes poderiam estar assustados ou temerosos.

Os cavaleiros sagrados tentaram dissuadir aqueles que estavam escondidos no interior das casas para saírem, mas foram ignorados, despertando a preocupação do trio.

Drigos e Wenishy viram uma pessoa envolta em mantos, saindo da escuridão e se dirigindo até um poço, no centro da vila. A figura pareceu iniciar o trabalho de retirar um balde d’água dele. Os paladinos se aproximaram da figura, enquanto o intrigado Merlin, transferiu sua consciência para seu familiar e pôde ver que dentro de um dos casebres, havia um par de olhos brilhantes em meio a escuridão de seu interior, o que o assustou.

Durante o breve diálogo que tiveram com o estranho senhor – que lhes pareceu irritado, mal-humorado, perceberam que não eram bem vindos ali, ademais, a pessoa – de forma ríspida, os convidou a deixarem a vila imediatamente.

Percebendo que provavelmente estavam criando algum tipo de embaraço no local, Joshua, informou que eles deixariam a vila em breve. Contudo, intrigado, Drigos havia estranhado a postura daquele súditos do Protetorado e decidiu se aproximar para interpelar o sujeito mais de perto.

Neste instante, Merlin acabava de deixar seu transe e se preparava para alertar os aliados, no mesmo momento em que Drigos, percebeu que havia algo de estranho no senhor do poço.

De repente, retirando um malho do balde que havia acabado de subir, o pretenso senhor, removeu o capuz revelando ser um hobgoblin. O goblinóide estava tentando amedrontar e dissuadir os heróis a deixarem a vila sem investigarem o que estava ocorrendo ali, mas foi descoberto no final.

Ao e revelar, assobiou, fazendo com que outros de sua raça viessem correndo ao seu encontro, inciando uma batalha contra o trio. Mas eles não contavam com a obstinação dos paladinos e perspicácia do arcano que os acompanhava.

Teve início um combate entre os heróis e o hobgoblins, que tinham combatentes em solo para lutarem contra os paladinos, e do alto dos casebres, contavam com atiradores que possuíam bestas pesadas.

Em determinado ponto do combate, ao perceberem o poder destrutivo de Merlin, os atiradores se voltaram contra ele, que teve de focar nesses inimigos.

No início da batalha, Kraver levitou, fazendo com que saísse do alcance dos inimigos no chão, consecutivamente conseguiu visualizá-los melhor do alto. Rapidamente inciou seu processo de contra-ataque, fulminando muitos besteiros com seus raios de fogo. Contudo, ao ser atingido por um dos inimigos, teve uma interrupção na concentração de sua magia de levitação, retornando ao chão, onde foi duramente castigado por um hobgoblin com uma espada longa.

Drigos percebeu o perigo em que Merlin estava e separando-se de seu irmão, correu em seu auxílio, eliminando sua ameaça, enquanto Wenishy lutava com muita força e empenho contra muitos daqueles adversários.

Um dos hobgoblins, procurando eliminar a fonte de luz dos heróis, tentou apagar a tocha, mas tudo o que conseguiu foi deixar Joshua encharcado, pela água arremessada do balde.

Por fim, numa conjunção de forças, os hobgoblins conseguiram dominar o paladino e apagaram sua tocha. Mas os goblinóides não contavam com os poderes paladínicos de seus adversários. Drigos, conjurando uma benção de seu deus, imbuiu sua espada com uma aura flamejante que rapidamente iluminou o local novamente, para a raiva e frustração das criaturas que esperavam contar com a escuridão a favor delas. Aproveitando o fogo em sua lâmina, Drigos fulminou um dos seus adversários.

Apesar de intensa, a batalha foi rápida e culminou com o trio rechaçando as forças inimigas, afugentando alguns hobgoblins que estavam nos telhados e fazendo um deles de prisioneiro.

O combate foi rápido e intenso. Fonte: Roll20.net

Diante do poder de combate de seus adversários, o hobgoblin contemplando a morte rápida e implacável perpetrada pela dupla de paladinos e pelo arcano que os acompanhava, preferindo manter sua integridade diante da ameaça velada de Joshua. Por fim, obedeceu ao imperioso comando do cavaleiro sagrado para que se rendesse, contrariando os interesse de seus aliados, que tentaram eliminá-lo para que não revelasse segredos aos heróis, com tiros de besta.

O grupo percebeu o intento dos demais hobgoblins, que apesar de tentarem, não obtiveram êxito. Rapidamente, Wenishy conjurou uma poderosa benção que iluminou todo o espaço a volta deles, afugentando os assassinos, enquanto Drigos nocauteou o hobgoblin rendido. Merlin, em prontidão, comandou seu familiar para que, do alto, ficasse atento e lhe avisasse sobre o destino dos inimigos que haviam acabado de fugir.

O mago percebeu que alguém estava escondido sob uma carroça próxima a ele e avisou aos irmãos paladinos. Ao declarar isso, Joshua se deslocou até a carroça, enquanto Drigos aconselhou todos para se refugiarem no celeiro, arrastando o hobgoblin prisioneiro para o local indicado, atendo para ver quem sairia daquela carroça.

A criança sob a carroça.

Wenishy se aproximou da carroça, se abaixou e viu uma menina de cabelos curtos e castanhos, estava suja e com alguns machucados, encolhia de medo se mantinha oculta numa tabua entre os dois eixos da carroça.

Ao se aproximar, com cautele para não assustá-la, percebeu que inicialmente ela resistiu, mas depois, ao ser arrebatada por sua aura de coragem, se deixou levar por ele, que a carregou.

No momento em que Joshua exibiu a menina para seus aliados, saindo de um buraco sob o celeiro, um esguio elfo florestal, muito pequeno e orelhudo, saiu correndo em direção a eles, e em tom ameaçado disse-lhes, em comum:

– Larguem Igrane! Eu, sou Blink e ordeno que a deixem ir! Ou então vocês sofrerão ira dos elfos florestais de Flograthi.

Wenishy soltou a garota, que ficou apegada a sua perna e disse para o pequeno elfo que eles estavam ali para ajudar. Aparentemente acreditando na palavra deles, o o infante elfo pareceu se desarmar e respondeu com ironia:

– Humm… Entendo, vocês são cavaleiros do Protetorado Humano. Chegaram atrasados hein?!

Os heróis se entreolharam e pensaram no que poderia ter acontecido naquele lugar e o mais importante, onde estavam todos?

Para ver a continuação, clique aqui.

Criação e elaboração: Patrick, Bruno Gonçalves, Bruno Santos, Diogo Borges.
Fontes de imagens: internet
Autoria da imagem da capa do artigo: Shin

Patrick Nascimento

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Patrick Nascimento
Tags: CaLuCes

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