Rathnar, uma Audiência

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No dia 22.09.2021, foi jogada uma partida com Bruno Freitas, intérprete de Rathnar Selfanar. Uma conversa, uma proposta, um rumo. Rathnar tem seu descanso perturbado e uma audiência espiritual requerida por ninguém menos que Durandal Aeshiar, o autointitulado Aran dos Elfos de Demesnes.

Um Tempo

14 de Flocos de 592 AC

Rathnar ouviu um novo chamado. O elfo caminhava por um campo verde vívido, sob um céu em constante entardecer. Uma floresta verdejante no horizonte denotava acolhimento e conforto, mas ciente de que aquilo tudo precisava ser passageiro, ele olhou para trás, e viu um portal mostrando outro local. Lá, uma figura élfica lhe aguardava. E ele atravessou.

Diante do elfo, apenas um outro elfo de cabelos dourados era percebido. O local lhe era familiar, ele estava no Cemitério Público de Rakdanam, e estivera ali quando em vida.

“- Nobre elfo da família Selfanar, peço primeiramente desculpas pela perturbação de seu descanso. Mas a sua invocação é por motivo nobre e sobre o qual é deveras importante.”

“- Sou todos ouvidos.”

“- Peço que me acompanhe em uma curta jornada nos subterrâneos deste cemitério. O tempo desta magia é curto, e quero lhe mostrar mais do que falar.”

E assim, os dois foram percorrendo todo o caminho realizado pelos Defensores do Trono há alguns dias. Durandal narrou para o elfo tudo que os espíritos élficos lhe relataram, desde resumos de um passado distante à passagem dos companheiros de Rathnar por ali.

Evidências

“- É natural que os homens pilhem, destruam e corrompam. É tudo muito natural e quase como um movimento involuntário, isso é da natureza deles, e não é possível esperar que fosse diferente, mas confesso que mesmo assim me surpreendi, sempre me surpreendo, e esse não foi um erro diferente dos elfos cujas ossadas repousam inquietas nesta catacumba.”

Rathnar ouvia o que aquele elfo falava e, apesar de em seu íntimo duvidar em certa medida, sabia que ele estava falando verdades. Mas isso não diminuía o nível de desconfiança que a figura lhe transmitia. Havia algo obscuro, ruim, negativo, no elfo, e ele não sabia se isso era uma impressão causada pela sua profunda queimadura na face, mas o sexto sentido do campeão de Corellon lhe alertava para ter reserva.

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Durandal Aeshiar

Após percorrer todas as câmaras e contar sobre as passagens ocorridas ali, a viagem terminou no térreo da casa da administração, e foi ali que após sentar-se na cadeira principal do templo, e ao lado de Ombryen, Filaryon, Aubric, Filvendor todos nitidamente mortos-vivos e uma quinta figura – Naeryndan. Todos foram devidamente apresentados. Rathnar estava impressionado, mortos-vivos ao lado de elfos!?

“- Isso é alguma brincadeira de mal gosto?” retrucou Rathnar.

“- Não Rathnar, um sopro de vida maligno trouxe esses antigos e gloriosos guerreiros a vida, ainda que com uma face torpe do que foram, mas graças as suas inteligências estão libertos do controle dos cubos, e servirão a nossa causa, a causa dos elfos de Demesnes.

De Volta

“- Quero lhe perguntar espírito élfico. Desejas retornar a vida para lutar a luta de seus irmãos e confrades mais uma vez? Tenho poder para isso e posso fazê-lo. No amanhecer do próximo dia, você respirará e poderá viver novamente. Qual a sua resposta?”

Rathnar já estava desaparecendo, e buscou orientação. Ele sentia que naquele estado, todos os seres celestiais podiam ouvi-lo e ele orou pedindo iluminação, e foi nesse sentido que ele ouviu:

“- É devida a luta, é justa a causa. Durandal não é Aran dos elfos, mas possui a nobreza para decidir pelo seu povo, principalmente quando nos faltam lideranças como você, Rathnar. Ajude-o em sua causa, em nossa causa, mas esteja atento. Ele viveu por eras o suficiente para esquecer o que é a natureza élfica, ou compreender da humanidade, e isso o fez diferente, sob a perspectiva de seus atos. Ajude a causa, seja um motor da mudança, viva para cumprir o seu destino Raelar!”

E antes que o espírito desvanecesse completamente, Durandal ouviu: ” – Sim.”

A Proposta

15 de Flocos de 592 Ano Comum

” – E é essa a proposta que quero lhe fazer Rathnar. Se junte a nós. Nosso objetivo é tomar Reymend do controle da Legião do Chifre. Tenho um acordo assinado com o Visconde Langard que nos cederá toda aquela região, inclusive a cidade. É claro que não será gratuitamente, mas teremos recursos para pagar pela operação ao longo dos próximos meses. Com isso teremos uma casa, ainda que temporária, para receber nossos irmãos e nos preparar para retomar nosso lar ancestral – Demesnes. Essa é a minha oferta, elfo, se junte a nossa causa, lute com seus irmãos mais uma vez, e busquemos a glória de nossos antepassados.

“- Eu necessito pensar, conversar com meus companheiros. Você terá a minha resposta quando for a hora”.

Rathnar saiu da casa da administração e não demorou estava pelas ruas do viscondado. Ele refletia e ponderava sobre as opções que surgiam diante da oferta de Durandal. Ele esperava encontrar os seus companheiros e ter as respostas para as perguntas que povoavam a sua mente.

Rathnar estava vivo novamente. Nada havia sido cobrado ou pedido em troca. Vestia roupas simples e sentia a falta que Genesis fazia em sua mão. Perdera sua lâmina sagrada no confronto contra o Vorme Púrpura, mas sentia o fogo de Corellon incandescer seus sentidos, seus objetivos.

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Sobre o Autor: Bruno de Brito

Mestre da campanha "Aurora dos Conflitos", ocorrida no cenário de Greyhawk. Entusiasta do sistema Pathfinder, fã de Magic: The Gathering e churrasqueiro nas horas vagas.

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