No dia 25.04.2021 ocorreu a partida com o grupo liderado por Kalin, onde o objetivo do grupo era de conseguir em Greyhawk um antídoto para ministrar em Hadauck. Era impossível na Joia de Flanaess não encontrarem tal item, mas a que custo?
Jogadores
Bruno Simões
Bruno Freitas
Esse é um artigo original escrito por Bruno de Brito (Haja brunos rsrsr), e revisado por Bruno Simões (…). Se você perdeu o fio da meada, não se preocupe, esse foi o último artigo o qual se conecta com essa história.
Planejando a partida
08 de Flocos de 592 AC, fim da tarde
“Sim, precisaremos parar em Greyhawk.” Afirmou Lester, após a pergunta de Rathnar. ” – Segundo os meus cálculos, estamos além de minhas capacidades arcanas para chegarmos no Condado de Urnst ainda hoje. Desta forma, usarei três teleportes para chegarmos à Cidade Livre, e amanhã pela manhã cumprimos o resto do itinerário.”
Já haviam se passado dois dias desde a notícia de que Hadauck havia sido envenenado, e pelas contas de Rathnar, ele não sobreviveria até o quarto, então eles chegariam no limite. O grupo ainda chegou a ir à Academia Tolariana, na intenção de verificar a possibilidade de conseguir quem pudesse levá-los diretamente para Urnst, sem sucesso. Sendo assim, seguiram todos através da magia de Lester até a Cidade Livre de Greyhawk – a Joia de Flanaess.
Joia de Flanaess
Considerando a margem de erro, os aventureiros foram parar do lado de fora da cidade, e o local deu uma visibilidade da Cidade Livre em seu esplendor. Greyhawk era o centro urbano mais desenvolvido de que se tinha conhecimento em Flanaess, isso muito devido ao fato de ter passado incólume dos efeitos das Guerras de Greyhawk.
Os heróis foram objetivos, e seguiram para o centro comercial Matador de Dragão, onde esperavam encontrar o antídoto em alguma das diversas lojas existentes no local. Souberam que as lojas de itens mágicos eram acessíveis apenas mediante o pagamento individual de 50 p.o. Mas como não era esse o objetivo deles, apenas se impressionaram com o valor da taxa e seguiram para uma loja de que tinham tomado informações: A loja de Maruk Kaiju. Ao chegarem, o alquimista foi bastante receptivo com o trio, mas infelizmente não possuía o antídoto para o veneno mencionado. No entanto recomendou irem até a Poções e Extratos de Abrad, na fazenda Retroviva.
Antes de seguir adiante, Lester propôs que o grupo se dividisse. Caso na loja mencionada por Maruk não houvesse o antídoto, o grupo não perderia todo o tempo. Lester sugeriu que ele procurasse os serviços de um conjurador dotado de habilidade suficiente para poder conjurar uma magia de teleporte ainda naquele dia, fosse isso possível. Assim, caso ocorresse um insucesso em Abrad, eles partiriam ainda naquela noite para o Condado de Urnst. E assim foi feito.
Aridea Abrad
Kalin e Rathnar tomaram uma charrete, pois segundo orientações, a localização da loja de alquimia era fora das muralhas da cidade. Algum tempo depois, passado o pôr do sol, eles chegaram à entrada através de uma porteira da fazenda. E ainda que fosse noite, perceberam que o cheiro doce de frutas invadia as narinas. Era possível notar também um vasto jardim com girassóis e outras flores de beleza exuberante. Certamente durante o dia, deveria ser uma lindeza.
Avançando um pouco mais, eles chegaram até o local onde estava localizada as dependências da fazenda, além de um galpão onde aparentemente ficava a loja. Eles precisaram pedir para serem atendidos além do horário permitido. Já era noite e as portas estavam se fechando. No entanto, conseguiram ser atendidos diretamente por Aridea Abrad.
Ela os conduziu até um local similar a um laboratório combinado com uma biblioteca. A alquimista trajava um longo vestido em tom azul escuro, que combinava com seu cabelo preto e seus olhos com de mel. Kalin não percebeu, mas era evidente sua miscigenação ancestral humana e élfica. Ela sugeriu que seus clientes se sentassem e colocou em uma pequena mesa de centro uma garrafa com um líquido preto e três pequenos copos de vidro. Aridea tinha uma fragrância com um misto do frescor das águas de um rio com a acidez do capim-limão. Era um perfume agradável, com uma nota de identidade clara.
Kalin foi rápido, o tempo urgia e ele explicitou o que queria. Aridea serviu o licor de café para as visitas e se serviu por último, mas na metade de sua xícara estacou ao ouvir o que eles procuravam. Um antídoto para o veneno da Orquídea do Abbor-Alz, ou Orquídea Negra, como era conhecida no Condado de Urnst, era deveras raro e igualmente poderoso. Ela deixou a dupla explicar a finalidade de sua necessidade, que foi breve e sem que eles pudessem perceber, notada de uma habilidade nata de detectar magia ela viu os itens mágicos de suas visitas, eles não perceberam e na sequência ela conjurou uma magia de forma oculta, e leu as auras desses itens, ficando impressionada com o que viu.
Negociação
Seis mil e quinhentas moedas de ouro! Esse era o valor do antídoto. Aridea possuía para felicidade da dupla uma pétala do que ela chamou de Lótus Negra, uma variante da flor mais perigosa de Flanaess, cujos locais de cultivo são raros, quando não únicos em cada espécime. E do Abbor-Alz nasciam apenas lá e isso era algo os aventureiros não sabiam. Mas independente da natureza de sua fisiologia o que havia impressionado os heróis havia sido o preço. E eles não tinham essa soma.
Kalin e Rathnar imediatamente colocaram para Aridea uma perspectiva de compromisso e valor, de modo que o valor pudesse ser pago em parcelas, ou mesmo descontando parte do valor, para caber em uma soma razoável. Mas Kalin que foi o negociador escolhido não havia sido feliz em seus argumentos, como resultado, não houve avanços na negociação, pelo contrário. Ela corria sério risco de ser arruinada. Foram as palavras de Rathnar que suavizaram as circunstâncias.
“- Olha, talvez vocês ainda possam comprar o antídoto. Veja bem, não o tenho pronto, mas caso consigamos chegar algum acordo, poderei iniciar sua produção. Eu aceito itens mágicos como complemento de pagamento, mas creio que essa opção vocês já consideraram. E considerando isso, tenho uma proposta a lhes fazer.”
Uma Troca
“- Há alguns meses, parte de minhas terras foi assolada por uma praga. Vormes se instauraram na região, tornando impossível o cultivo do solo na região. Ela corresponde à metade de minha propriedade. Me ajudem a resolver esse problema, e darei um desconto para compra do antídoto.”
E Rathnar indagou:
“- Que vorme seria esse?”
“- Um Vorme Púrpura.”
Rathnar e Kalin se entreolharam, e o olhar partilhado revelava que nenhum dos dois sabia a respeito de que tipo de inseto ou fera seria essa. Eles pediram a Aridea um tempo, pois precisariam da ajuda de Lester para prosseguir com a conversa. E esperado um tempo, o halfling se juntou à conversa. Lester fez novos questionamentos, mas no fim, o grupo aceitou a proposta de ajudar Aridea, e de tabela conseguir um desconto no antídoto. Havia ainda duas coisas que o grupo colocou em prática.
Riore já tinha se deslocado para o Abbor-Alz, não por não acreditar em seus companheiros Kalin e Rathnar, mas pelo fato de que quanto mais ajuda, seria melhor. A questão era quando a mensagem enviada por Kalin, chegaria ao meio-elfo, líder dos Campeões de Versis, quando este dormisse. Tratava de uma Mensagem Onírica. No entanto, o grupo não fazia ideia de que Riore não pretendia descansar, até encontrar as orquídeas e o alquimista svirfneblin Agriás. Se este dormisse, seria por consequência da extrema exaustão. A outra parte posta em prática, foi a contratação de um patrulheiro, que pudesse ajudá-los a lutar contra os vormes. O grupo nada sabia da criatura e a ajuda de um especialista poderia fazer toda a diferença. Na manhã do dia seguinte eles partiriam para o Ninho do Vorme, nome desta aventura.
Continua em Caverna dos Vermes.