A Reunião e Divisão

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Distante de Verbobonc cerca de 4 dias a cavalo comum e 1 através dos cavalos mágicos de Gatts, o grupo se aproxima do reencontro após a separação em Nulb. O verão se aproxima do fim, e os 30 dias em que cada grupo esteve distantes uns dos outros denota que cada séquito de heróis tem muito a compartilhar, e contas a acertar…

Esse é o resumo da sessão ocorrida no último domingo 21.01.18, com os jogadores:

Diogo Coelho [Gatts]
Patrick [Sandy]
Fabrício [Eophain]
Bruno Simões [Kalin]
Aharon [Erzurel]
Marcelo [Aescriel]

Pyrus e Thrommel como PdM´s.

Texto Original: Bruno de Brito e Bruno Simões
Contribuição: Patrick Nascimento

Esse resumo é uma perspectiva de Kalin sobre todo episódio ocorrido.

 

Greyhawk_Ruínas-do-Encontro-600x330 Aurora dos Conflitos Greyhawk Pathfinder 2ª Edição
Ainda com muita vegetação virgem as ruínas de um antigo posto avançado resiste ao tempo…

PALAVRAS DE UM CLÉRIGO DE PELOR

27 de Verão de 597 CY

Após o jantar na mansão do Abade de Verbobonc (para ler, clique aqui), tivemos uma boa, porém curta, noite de sono. Antes mesmo do raiar do Sol, já estávamos prontos para seguir viagem. Nosso destino: as ruínas de um antigo posto avançado de Verbobonc, onde encontraríamos Thrommel, Sandy, Erzurel e Aescriel. Esta viagem levaria um dia inteiro. Conforme acertado na noite passada, deixaríamos Nybas em Verbobonc para investigar sobre o assunto das Colinas Kron.

E assim ocorreu. Sem maiores percalços, chegamos à tal ruína, onde os primeiros traços de animosidade surgiram: ao descermos dos cavalos, Eophain e Gatts tomaram uma postura defensiva, enquanto Kalin, vislumbrando Sandy e Erzurel com plena saúde, caminhou despreocupado na direção destes.

Os momentos posteriores desencadearam um áspero diálogo entre Gatts, Eophain, Sandy e Erzurel, sobre a responsabilidade que Aescriel tinha sobre o rapto de Thrommel. A redenção do elfo teria que ser muito bem explicada, caso contrário, este reencontro poderia terminar num banho de sangue desnecessário.

Para Kalin, aquilo tudo tinha uma razão de ter acontecido. Para compreender melhor, era de suma importância ouvir a história que Sandy e Erzurel tinham para contar. E assim Sandy começou sua narrativa.

E foi quando Sandy pediu a Erzurel que checasse como estava o príncipe, apenas por rotina que as coisas ficaram delicadas, para não dizer tensas, pois foi revelado que o príncipe estava em coma, num estado de saúde crítico. Kalin avaliou o príncipe e atestou a situação. Foi quase impossível retomar a narrativa, visto que a animosidade de Gatts e Eophain contra Aescriel havia aflorado com toda força.

Porém, a convicção de Sandy prevaleceu, e a Titã de Heironeous retomou a narrativa.

Em certo ponto, uma história antiga, familiar à Kalin, foi citada: Aescriel falou sobre a existência histórica de um grupo, a contra-parte antagonista dos Campeões de Versis. Neste momento, o Servo Radiante de Pelor teve a certeza: seu destino era voltar ao Condado de Urnst. Algo havia a ser feito lá, e que seria relevante para a guerra vindoura.

Seguindo a narrativa, Kalin ficou impressionado com a morte e ressurreição de Erzurel (Leia aqui). Ele já ouvira falar em milagres, porém, não desta magnitude, e não de forma tão próxima. Isso fortaleceu ainda mais a fé de Kalin. Ele estava no caminho certo, afinal Erzurel e ele partilhavam do mesmo clero – Pelor.

Adicionalmente, Erzurel revelou que, enquanto convalescia, teve uma visão do palácio em Chendl. Um novo governante assumira, devido à ausência de um descendente da família real (Leia aqui). Tal fato despertou a urgência de seguirmos para aquele local, mais especificamente, para a Torre da Mágoa.

Ao final da narrativa, uma nova troca de acusações irrompeu pelo grupo, com Pyrus e Kalin tentando ponderar a questão do sucesso e falha de cada um dos grupos, quando uma voz interrompeu subitamente a discussão:

“Eu estou aqui.”

Thrommel acordara, e, apesar de seu estado de saúde frágil, parecia disposto à dar um fim naquela briga infrutífera. O príncipe revelou que havia corrido um risco, confiando na dúvida que existia na cabeça de Aescriel, pois pretendia trazer o elfo para seu lado. Thrommel correra este risco pois precisava do máximo de aliados possíveis na guerra que virá. E para surpresa de todos disse que o grupo deveria se dividir, inúmeras eram as frentes que aquele grupo teria que enfrentar e superar, e caberia a Gatts como a divisão seria feita. As três frentes apresentadas pelo príncipe dos cavaleiros foram:

  • Torre da Mágoa, onde ele deveria se recuperar da enfermidade incutida durante seu cativeiro sob os planos de Anacrael;
  • O outro grupo investiria sobre Verbobonc, e auxiliaria o Abade Regis e Nybas com a questão dos Gnomos de Kron;
  • Por fim, um grupo deveria seguir para a Floresta de Celadon, onde um velho amigo de Kalin deveria ser encontrado, e recrutado para auxiliar o príncipe, este era Rathnar Selfanar, Lâminas Ardentes.

O príncipe, após anunciar esta divisão, entrou em conferência com Gatts, para decidir a divisão dos grupos.
Que fique claro: independente da decisão, Kalin seguiria para Urnst, com ou sem aval do príncipe.

No fim da conferência, foi decidido que os grupos se dividiriam da seguinte forma:

• O grupo que foi chamado de Heróis da Mágoa seguiriam para a Torre da Mágoa, seguem Gatts, Thrommel e Pyrus;
• O outro grupo batizado de Heróis de Ferro seguiria para Verbobonc, ficam Erzurel, Nybas e Sandy;
• Para Celadon, seguiriam Kalin, Eophain e Aescriel e estes foram chamados de Heróis Selvagens.

Kalin ficou plenamente satisfeito com seus companheiros de grupo, pois Eophain já se provou ser um combatente experimentado, além de um amigo fiel. Sobre Aescriel, o clérigo ouvira apenas histórias, porém, as palavras de Sandy e Erzurel são suficientes para tranquiliza-lo quanto às intenções do elfo.

Havia um tema que precisava ser discutido também e esse Gatts ponderou com muito cuidado, dizia respeito a Sauber. Ele havia decidido enviar sua prima em direção a Verbobonc especialmente por este motivo. E ela precisava saber sobre seu pai – Sauber Benelovoice.

A leitura que fiz quando Gatts revelou a Sandy que o provável agente corruptor dos gnomos de Kron era ninguém menos que Sauber Benelovoice, eu tentei ler o rosto da paladina, mas uma máscara de cera impenetrável e ilegível se fez presente. Na verdade parecia que a paladina tinha ouvido um nome qualquer. Eu não sei se isso era pior ou melhor. Desconheço no detalhe a história deles, mas isso é algo que iria render muito, mas para minha surpresa ela disse:

– Obrigado pelo alerta meu primo, sabes como esse tema é delicado, mas como me foi colocado é uma missão, e irei cumpri-la, em nome do meu rei, em nome dos propósitos desta comitiva.

Fosse como fosse, algo mais foi dito por Gatts que também incomodou a todos. Supostamente Sauber estava portando a Mão de Vecna! Até onde eu sabia e o tema me é muito familiar por Vecna ser uma divindade, qualquer coisa relacionado a ele remete a vilania, maldade pura e conhecimento obscuro.

Mas foi Gatts e Aescriel que revelaram maiores conhecimentos acerca do artefato e da história que eu mesmo desconhecia sobre Vecna (ver ao final deste artigo).

Por fim, Gatts entregou à Kalin, Thrommel, Pyrus e Sandy um anel mágico que conectaria a todos nós e saberíamos um da condição de cada outro. Eophain recebeu a Tiara Negra, e outros itens mágicos do guerreiro mago, como uma prova de sua confiança e certeza de reforço para o kensai. Além disso, nos comprometemos a concentrar apenas nos nossos objetivos, independente do que ocorra com os outros grupos. tarefa que será deveras difícil, haja visto que um passaria a saber da condição do outro.

Assim, nos separamos.

Fabiana, aguente mais um pouco. A ajuda está a caminho.

Conhecimentos sobre Vecna apresentados por Aescriel e Gatts

(1ª informação) A Mãe de Vecna foi uma importante e poderosa bruxa flã, que foi morta, em verdade assassinada e motivou o jovem Vecna a buscar vingança através das artes sombrias.

(2ª informação) Há cerca de 2.200 anos um necromante especialista na arte mágica da morte conseguiu concluir aquele que era até então seu maior objetivo em vida – se transformar em um Lich, este era Vecna.

(3ª informação) Em -1.151 AC (Ano Comum), ou seja, há cerca de 1.700 anos atrás, Vecna se tornou uma entidade de imenso poder e ergueu um império sem precedentes em Flanaess. Sua queda se deu por duas frentes, a primeira foi o cerco de luz, organizando por sacerdotes de Pelor que literalmente rasgou todo o império em duas partes. E segundo foi a traição de Kas que o levou a morte. Deste embate sobrou apenas seu olho e sua mão. O próprio Kas morreu no processo.

(4ª informação) Entre 420 e 455 AC, os antigos artefatos outrora dados como perdidos, agora estavam de posse de Halmadar, o Cruel. Com isso ele se torna o senhor da guerra na Terra dos Escudos. Os dois artefatos foram encontrados na região próxima de Delcombon. Após isso Halmadar se estabelece em Critwall.

(5ª informação) Em 581 AC, Hamaldar foge de sua prisão e assassina a maioria dos membros do Círculo dos Oito.

(6ª informação) Em 581 AC, O Estratagema de Vecna é revelado. O Arqui-Lich se torna um dos maiores deuses de Greyhawk. Seu avatar Diraq Malcinex, conhecido como o Coração de Vecna é morto.

(7ª informação) 596 AC (ano passado em referência ao tempo dos heróis), A mão de Vecna é reencontrada na regiãoo central de Flanaess, e o sumo-sacerdote de Vecna Darl Quethos, requisita a posse da relíquia encontrada por um patrulheiro de identidade desconhecida.

(8ª informação) Rumores do crescente aumento dos boatos em torno de cultos a Vecna são cada vez mais comuns nas conversas da população de Verbobonc.

(9ª informação) A estrutura religiosa do culto a Vecna é pouco conhecida fora do clero. É sabido que no topo da hierarquia religiosa está o próprio Vecna que segundo as lendas é uma das poucas divindades que caminham sobre Flanaess uma vez que esse é o seu plano original. Abaixo de seu líder e deus, está o Coração de Vecna, ou sumo-sacerdote do clero. Abaixo do coração estão a Mão e o Olho, cada um representando braços importantes do clero. Seus sacerdotes são chamados de “recordação”. Muitos membros da sociedade vecnorita se desdobra em partes do corpo e finalidades distintas, tais como os dentes, dedos e o sangue.

(10ª informação) Pouco se sabe acerca dos poderes oriundos dos itens mágicos a Mão e o Olho de Vecna, dentre as principais lendas acerca dos itens estão que: Trata-se de artefatos maiores; São relíquias do clero de Vecna, portanto somente súditos fieis podem manifestar seus poderes e elo com o divino. Diz-se que o portador tanto do olho quanto da mão, deve abdicar de seus membros em um ritual religioso extremamente doloroso e traumático para o portador.

O dia já tinha se ido e longas foram as conversas entre os membros do grupo. Gatts tinha muito a conversar com sua prima. Erzurel e Kalin a trocar informações. O príncipe tinha retornado ao seu descanso na carroça e como se tivesse despertado apenas para orientar seus heróis, ele tornou dormir.

Aescriel permaneceu isolado em seus livros e eventualmente olhando os céus como se ouvisse, visse, ou ambos algo em algum lugar distante. Eophain permanece em constante vigilância enquanto amolava o fio de sua espada juramentada. O dia seguinte seria de estrada para todos.

Continua…

Pelas interações, cada personagem deve receber 50 x nível Pontos de Experiência.

Kalin e Sandy recebe 100 x Nível Pontos de Experiência, pelos registros fornecidos que permitiram a apresentação deste resumo.

Comentários adicionais com as percepções dos demais personagens também poderão gerar pontuações adicionais. Fiquem à vontade para contribuir!

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Sobre o Autor: Bruno de Brito

Mestre da campanha "Aurora dos Conflitos", ocorrida no cenário de Greyhawk. Entusiasta do sistema Pathfinder, fã de Magic: The Gathering e churrasqueiro nas horas vagas.

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