Litandrila Pelloth

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Litandrila-manto Forgotten Realms Heróis de A Insurreição dos Vales O Segredo Enterrado no Gelo Nome: Litandrila Pelloth

Jogador: Marcos

Idade: ??

Raça/Etnia: Meio-Elfa

Profissão: ??

Cabelos/Olhos: Platinados/Azuis

Cor da Pele: Branca

Altura/Peso: 1,65 m/58 kg

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Litandrila Pelloth Diviirf nasceu do fruto de uma relação entre um humano e uma Drow. Viveu até o fim de sua adolescência em Underdark e terminou sua criação com seu pai na superfície. Quando ainda jovem recebeu todos os ensinamentos básicos de sua mãe, aprendeu sobre suas divindades, tarefas diárias, tudo aquilo que um jovem Drow deveria aprender.

Sendo uma meio-drow, ao longo de sua vida Litandrila vinha sendo massacrada, rechaçada e a única coisa que a mantinha viva era o fato de ser filha de uma importante Drow, LiNeer Diviir, bem posicionada, temida, pertencente a uma linhagem pura e nobre. Litandrila não concordava com os métodos dos Drows no que diz respeito à forma como os mesmos atingiam seus objetivos, e com o tempo percebia que de fato não se encaixava naquele local, logo a ideia de era fugir era iminente, mas ainda sentia amor e respeito pela mãe, o fato de não ser uma Drow pura ainda piorava as coisas. Vorgyrn Pelloth, seu pai, trabalhava como ferreiro e era bem reconhecido por fabricar excelentes armas, tinha status e fazia parte do grupo nobre, fazia muitas entregas e tinha uma vida realmente boa.

Seus pais se conheceram em uma pequena viagem feita por sua mãe. LiNeer Diviir fazia parte de um grupo bastante seleto que coletava informações nas Terras do Norte. Era uma batedora de elite especializada em tirar informações de qualquer criatura e também uma exímia assassina que fazia uso de venenos poderosos. Vorgyrn e LiNeer foram atraídos quase que magicamente um pelo outro e nesse momento Litandrila foi gerada. Naquele instante suas diferenças deixaram de existir e o amor parecia cabível, mesmo que incorreto para ambos.

Por algum momento viveram um apaixonante história de amor, mas LiNeer sabia que aquilo era passageiro e que precisava retornar aos seus afazeres. Ao retornar de uma incursão de sucesso, LiNeer começou a se envolver politicamente nas castas mais altas, ganhou destaque e foi honrada por isso.

Depois de algum tempo a surpresa veio: LiNeer estava grávida e sabia quem era o pai. Visto isso, tomou algumas precauções para proteger a filha que certamente não era pura, mas simbolizava a imagem do seu efêmero momento de amor verdadeiro. Anos se passaram e Litandrila recebeu os treinamentos de sua mãe. Apesar de não gostar da sociedade Drow, ela tinha na mão uma pessoa em quem poderia confiar.

Anos se passaram e um acidente de percurso aconteceu em sua vida. Sua mãe foi morta por uma de suas parceiras de grupo, Akneth Drisdhaun, que sentia ciúmes e inveja de seu destaque nos serviços prestados e de sua rápida evolução dentro da política. LiNeer foi envenenada de uma forma tão virulenta que rapidamente definhou e faleceu. Akneth não concordava com o fato de um meio-drow receber tanta proteção e direitos, vivia dizendo que a filha de LiNeer deveria morta no próprio útero, que nascendo deveria ser apenas uma escrava, e cogitava a ideia de entregar Litandrila aos devoradores de mente como regalo.

Matar sua mãe não foi o bastante. Akneth queria que Litandrila realmente sofresse todos os males possíveis que andam pela terra e então lançou uma maldição sobre ela:

Não há nada em que paire tanta desgraça quanto uma maldição bem dita e desejada, assim como um segredo que levará impregnado em sua alma, tanto para você quanto para aqueles que te olharem. Seu olhos são dele e de mais ninguém. Seu sonhos são dele e de mais ninguém. Sua existência é dele e de mais ninguém. Assim selados, unidos como unha e carne, carne e osso.

Litandrila presenciou tal praga rogada sobre si, mas estava realmente desnorteada e não entendera o que aquilo poderia significa.

No seu leito de morte, LiNeer Diviir deixou um criptex dizendo que ali continha todo o seu legado e que deveria ser passado para sua filha, e junto com o artefato uma carta contendo informações sobre seu pai (na verdade, tudo que a mãe sempre evitou falar). Litandrila sofreu e visto que não tinha mais o que prendesse ela naquele local resolveu fugir para garantir que continuasse viva. A carta continha informações detalhadas sobre onde encontrar seu pai e com isso partiu.

O encontro com seu pai foi muito complicado. Ela trazia no rosto a lembrança de uma grande amor do passado, por ser igualmente linda como a mãe, e trazia a triste notícia da sua morte. Seu pai aceitou sua chegada e se prontificou a ensinar os costumes da superfície. Litandrila teve uma pós adolescência muito conturbada, sempre foi excluída socialmente, seu pai nada podia fazer, somente conversar e acalmar seu coração explicando o motivo de certas atitudes referentes a ela, tentava sempre indicar o caminho da filosofia, mostrando que moral e ética poderiam fazer com que ela se relacionar com o mundo de maneira muito melhor.

A medida que ia crescendo Vorgyrn percebia traços de personalidade que casavam com o da mãe e cada vez mais sentia medo que sua amada filha se tornasse como LiNeer. Em alguns momentos chegava a ver a efígie da falecida drow. As expressões e atitudes malignas também eram bem semelhantes. Vorgyrn observava que sua filha poderia estar instintivamente trilhando o caminho da mãe e isso lhe partia o coração. Brincadeiras, atitudes, comportamentos, o gosto pelo sangue e sofrimento alheio também eram sinais que apareciam a todo o momento. Sua única arma era a educação que resolvia muito pouco. Em alguns momentos, percebia que o instinto era muito mais forte que a educação e instrução de conduta dada por ele. Um conflito muito grande foi gerado na mente de Litandrila, pois tudo que ela tinha aprendido acabava de ser destruído pra ser reconstruído, o que a frustrava bastante e lançava sombras de terríveis conflitos em sua consciência. Sua beleza a cada ano se tornava mais suntuosa, o que também deixava Vorgyrn com receio, já que sua filha foi criada num meio completamente masculino junto os filhos de Redender (o ferreiro de que era seu sócio), podendo assim ser alvo de alguma atitude maliciosa.

Alguns anos se passaram e quando Litandrila atingiu a certa maturidade decidiu que chegara a hora de tomar conhecimento do conteúdo do criptex. Em um momento que seu pai tinha feito uma pequena viagem para entregar mercadorias, resolveu estudar como abriria o artefato. Sem ao menos saber como iniciar pegou o criptex e analisou detalhadamente até que sem querer furou seu dedo em uma pequena lâmina semi-escondida e seu sangue escorreu rapidamente para um pequena fresta que revelava a senha do criptex. Mais tarde ela descobriria que essa senha mudava a cada vez que ela acessava o artefato. Ao abri-lo um gás saltou do equipamento direto para seu rosto e a fez ter visões de sua falecida mãe.

LiNeer aparecia como uma alma transpondo para ela as informações do conteúdo do criptex, que poderia ser acessado a qualquer momento. A partir desse ponto, a vida de Litandrila tomaria um novo rumo. O criptex na verdade era um rolo de papiro mágico que trazia instruções de como usar a alquimia, veneno e os métodos de persuasão. Através do criptex Litandrila aprenderia toda a arte da alquimia e persuasão descrita por sua mãe em detalhes minucioso. O conteúdo do criptex certamente demoraria muitos anos ate que fosse por completamente estudado e aprendido, parecia existir ali uma verdadeira biblioteca. Todas as vezes que quisesse poderia ter acesso à memória de sua mãe falecida, que aparecia como tutora, esclarecia suas duvidas e explicava detalhes sobre o conteúdo, como se tudo tivesse sido gravado ao longo do tempo por LiNeer. Além do registro das praticas, sua mãe deixava claro que o legado dela deveria ser mantido e esse artefato certamente ajudaria muito Litandrila.

Ao retornar para casa Vorgyrn percebeu algo diferente em sua filha e sabia que alguma coisa aconteceu. Tentou tirar dela alguma informação, mas Litandrila negou. Vorgyrn então se prontificou a lhe passar os ensinamentos de Eilistraee, tentou de todos os modos fazer ela entender que esse era o único caminho resolver seus problemas e tormentos. O velho ferreiro tinha tamanha empatia que era capaz de sentir de fato o que sua amada filha passava. Eilistraee,  já cultuada por Vorgyrn antes mesmo de encontrar com LiNeer, poderia ser um caminho para a redenção de Litandrila, uma oportunidade para fazê-la mudar e crescer espiritualmente.

Muitos anos se passaram até que Litandrila decidisse revelar um pouco do conhecimento que adquiriu no criptex ao pai e começar a ajudá-lo na confecção dos insumos das armas fabricadas por ele, melhorando com a alquimia os equipamentos construídos por ambos.

Em uma de suas viagens, Vorgyrn foi emboscado e morto brutalmente por ladrões e mais uma vez Litandrila se via perdida em seu mundo obscuro. Assim que descobriu sobre a morte do pai, as palavras de Akneth voltaram à sua mente como um cântico maligno, e agora tudo fazia mais sentido.

Sozinha outra vez no mundo, só lhe restava trilhar o caminho de do ultimo desejo de seu pai, tentar se torna uma pessoa melhor através de Eilistraee e resolver seus conflitos interiores. Hallisfrane se tornava seu novo objetivo, mudaria para lá e trabalharia no que sabia fazer para se manter enquanto fosse necessário. Talvez lá, a maior cidade da região, poderia encontrar outros devotos da Dançarina Sombria e também algumas respostas para as questões que a atormentavam.

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Sobre o Autor: Sandro Moraes

Mestre das campanhas "O Segredo Enterrado no Gelo" e "Tirania dos Dragões", ambos ocorridos no cenário de Forgotten Realms. Mestra também no cenário de Golarion, em "O Mestre da Fortaleza Caída" e mais recentemente O Chamado de Cthulhu. Entusiasta do sistema GURPS, em especial High Fantasy, mestra e joga Pathfinder, Starfinder e D&D 5ª Edição.

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