Esse é o resumo da aventura ocorrida no último sábado 30.06.18, com os Heróis Selvagens. Os Heróis Selvagens chega ao final da masmorra, a última câmara, em verdade mais um templo do que uma sala errante na caverna e fazem uma descoberta inusitada. Descoberta esta que pode mudar o rumo desta prodigiosa aventura. Essa é a continuação da Aventura: A Pedra de Kir – Caverna dos Mistérios Parte II.
Jogadores:
Marcelo Guimarães (Aescriel)
Bruno Simões (Kalin)
Sabyr Arcadani (PdM)
Bruno Freitas (Rathnar Selfanar, levado nessa sessão como PdM)Esse é um texto original escrito por Bruno de Brito e com uma importante contribuição de Bruno Simões.
O Templo Esquecido
03 de Preparos 597 CY
grupo adentrou a misteriosa câmara e se deparou com grossas colunas com glifos e símbolos desconhecidos. Um grande círculo em baixo relevo denotou aos heróis que os objetos que eles haviam recolhido ao longo da exploração da caverna, ali caberia facilmente. Mas com que finalidade?
Aescriel, Sabyr, Kalin e Rathnar definiram suas posições e tomando a dianteira o elfo de Demesnes Rathnar Selfanar seguiu com Sabyr em sua retaguarda, Kalin logo atrás e Aescriel voando pouco acima do solo ao fundo da câmara.
A densa poeira suspensa, tinha uma tez de cinzas e intensa como teias de uma aranha, não permitia ao grupo ampla visão de toda a câmara. Mas a medida que o grupo avançou os passos seguintes, Aescriel sentiu uma mudança na trama mágica ali existente. Sua capacidade de enxergar no escuro, bem como a magia que o fazia voar foram dissipadas. O elfo dourado não ouviu palavras ou mesmo brilhos cintilantes de um outro conjurador. Aquela área de algum modo cancelava a magia.
O Vemerak
E foi quando Kalin e Aescriel começaram a analisar os escritos nas colunas, que o grupo avistou a enorme criatura. Com um dorso de um grande besouro, com 3 tentáculos rosáceos na traseira, um tórax humanoide revestido por uma quitina escura oleosa de um crustáceo, braços igualmente revestidos que terminavam em garras de lagosta com pontas em um tom azulado sobrenatural. A cabeça do ser era de algum inseto. O ser parecia ter saído de um pesadelo e sua aproximação alertava aos heróis os perigos que se anunciava.
Rathnar foi o primeiro a agir. Como já tinha sido testemunhado outras vezes, o alto elfo possuía os melhores reflexos do grupo, mas desta vez, ao invés de atacar inadvertidamente a besta a poucos metros do grupo, preferiu assumir a frente de batalha e se preparar para o confronto. Se o grupo tinha alguma estratégia, ele precisaria estar sinérgico com ela. Aescriel foi quem agiu logo depois e o elfo dourado parou analisando o ser e tentando remontar em sua memória, o que sabia sobre a criatura. E a primeira certeza que teve foi que contrariando sua hipótese inicial, aquele ser não era extraplanar e seu nome era Vemerak. E antes mesmo que o oráculo pudesse falar, ele revolveu sua bolsa mágica e de dentro dela retirou 3 dos 5 discos que o grupo tinha posse.
Sabyr anunciou profeticamente ao grupo:
– Coloquem os discos nas colunas!
A criatura não avançou, e pelo contrário aproximou do grupo, perto o suficiente para alcançar os primeiros membros daquele grupo com suas garras. E uma vez próxima ela parou, girando a cabeça como um cachorro tentando interpretar uma mensagem desconhecida. A criatura, apesar de claramente preparada para um ataque, analisava…
As Colunas e os Discos
Kalin percebeu quando ao tentar conjurar umas das bençãos de Pelor, o efeito foi anulado. E mesmo antes de pensar em falar com o ser, ouviu de Aescriel que de nada adiantaria. A criatura não era dotada de uma inteligência capaz de entender que a intenção do grupo não era ofensiva. Os Heróis Selvagens não pretendiam enfrentá-la.
E Rathnar foi o primeiro a pegar um dos discos nas mãos de Aescriel e colocá-lo na coluna próxima. O efeito que se viu na sequência foi uma camada de ouro revestir totalmente a pilastra e ressaltar seus glifos e símbolos. A coluna iluminou como uma tocha. E a luz revelou a violência dos ataques que viriam pelo Vemerak.
A aberração tocou o solo com seus três tentáculos de polvo e todo o chão tremeu violentamente. Rathnar e Sabyr conseguiram se desvencilhar das rochas que se desprenderam do teto e receber parcialmente o dano. Já Kalin e Aescriel não tiveram a mesma sorte, rocha e poeira veio a baixo dos heróis soterrando-os parcialmente.
Kalin diante da situação invocou a sua energia interior e em um grande pulso brilhante irradiou energia positiva que curou seus companheiros. A cura amenizou a dor. Aescriel conseguiu sair sob as rochas que o imobilizava, mas isso lhe custou um tempo precioso.
O mago ponderava o motivo da criatura tê-los atacado, logo após Rathnar colocar um dos discos….
Ataque Mortal
Rathnar recuou até Aescriel, enquanto Sabyr pegava o segundo disco nas mãos do mago e corria em direção a uma coluna mais atrás. Rathnar observava seus companheiros feridos, e mesmo querendo ajudá-los, de alguma forma pôr os discos era em seu íntimo mais importante. Ele sabia em seu íntimo que não tinha a mínima condição de enfrentar aquela criatura sem suas espadas. Os ossos improvisados como armas não lhes serviria. E o alto elfo correu em direção a uma coluna.
Kalin estava próximo de se desvencilhar das rochas que e viu quando a sombra da criatura se voltou totalmente contra ele. Aescriel estava próximo e notou quando sobre os escombros Kalin não exibia sinais de vida. Uma grande poça de sangue havia se formado no local.
O desespero invadiu o elfo dourado de Greyhawk. Aescriel retirou de sua sacola os dois últimos discos e se preparou para entregar aos Rathnar e Sabyr que acabavam de colocar quase que simultaneamente 2 discos. A criatura gemeu e urrou, levando as garras a cabeça, o ser parecia atormentado por um tremendo ataque psíquico.
E esse breve momento de confusão foi o suficiente para o oráculo e Rathnar pegarem os 2 discos restantes e colocá-los em 2 novas colunas. A agonia da criatura atingiu um novo nível. Ainda haviam colunas livre e Rathnar havia visto sobre uma pilha de tesouros um disco. E correu na direção.
Neste momento a criatura mesmo confusa, atacou em oportunidade o alto elfo, que sentiu as poderosas garras o prendendo-o.
No Limite das Forças
A criatura mantinha Rathnar preso e tinha acabado de realizar dois poderosos ataques, um contra Sabyr que visivelmente estava no limite de sua vicissitude e outro contra Aescriel que pode sentir suas poderosas garras.
A criatura tinha conseguido enfraquecer tanto o oráculo, como Aescriel com uma baforada verde nauseante. Todos ouviam o grito de dor de Rathnar ao ser esmagado pela poderosa garra crustácea do monstro. Dada a força que o monstro estava imprimindo, parecia que ele seria partido ao meio.
O fim do grupo estava próximo. Foi quando um clarão se fez presente na região ocupada pelo Vemerak. E Rathnar que estava mais próximo foi o primeiro a ver 3 figuras humanoides surgirem ao fundo da caverna. Ao mesmo tempo o chão voltou a tremer, desta vez ao redor do monstro. A criatura soltou imediatamente Rathnar na tentativa de se desvencilhar de uma espessa muralha de pedra que ergueu-se ao redor dele.
Rathnar, Kalin, Sabyr e Aescriel tiveram um momento de respirar aliviados. E todos ouviram quando um forte impacto interno fez a estrutura de pedra tremer. O grupo tinha colocado os 5 discos e o ser continuava selvagem. A cada disco que foi colocado todos perceberam a pertubação que o Vemerak sentia visivelmente uma dor de cabeça enlouquecedora. O grupo sabia que algo fora do comum estava ocorrendo no ser. Aescriel já tinha percebido.
O Deus Esquecido
Rathnar correu em direção a pilha de moedas e tesouros diversos ao fundo da câmara. Seu objetivo era um grande disco de ouro ali existente. O alto elfo olhou para o trio com um ar de surpresa e sem poder falar com eles, correu de volta.
De posse do disco, Rathnar o colocou na coluna mais próxima. A muralha de pedra se rompeu no mesmo instante e todos testemunharam o Vemerak em profunda agonia, se debatendo até que seu movimento foi diminuindo até parar. O ser olhou para todos e falou através de sua mente:
– Onde estou, quem são vocês? Ah! Me lembro… Meu fim… Minha dor, minha loucura…
Como um turbilhão de memórias a criatura foi lembrando de quem era. E a teoria de Aescriel estava certa. O Vemerak era Segojan, ou ao menos a sua consciência presa dentro da casca do monstro. Era isso. E foi ele que falou:
– Segojan, você está livre, pelo menos em memória novamente. Nos fomos coagidos a vir até aqui e destruí-lo em nome de….
– Melniirkumaucreton!
– Exato.
O Vemerak mirou a todos, analisando-os por um tempo até retornar o olhar para o elfo dourado.
A História de Segojan
– Vocês podem ir. Melniir deverá me pagar por ter se aproveitado de minha condição moribunda. Eu quase fui destruído por Vecna, há centenas de anos atrás, até conseguir esconder minha centelha nesta caverna e adormecer recuperando meu poder lentamente. Mas a cerca de 1 década atrás, Melnirr veio e reclamou a caverna para si. Roubou parte de meu tesouro e quase me destruiu. Mas para sua infelicidade ele me torturou a ponto de minha centelha divina se converter nesse espectro que sou agora.
– Diante de tal poder, ele não pode continuar confrontando-me e regrediu para os níveis superiores. E assim permaneceu por todo esse tempo. Eu sou grato a vocês por terem trazido a luz da razão novamente. Lamento não poder recompensá-los de forma correta, mas poderei ajudá-los a se livrar do julgo de Melniir. Enquanto estiver enfrentando ele, vocês poderão seguir para fora da caverna. Eu os protegerei.
Dito isso, a enorme criatura saiu da câmara, tomando o caminho de onde vieram os aventureiros, desaparecendo na escuridão.
Os Arautos de Versis
O grupo se reagrupou e se aproximou. Rathnar e Kalin não podiam crer que diante deles estivessem Hadauck, Riore e Grom Taldir. O trio eram de velhos conhecidos do elfo e do sacerdote de Pelor. Eles já se aventuraram juntos a muito tempo atrás e por uma razão desconhecida estavam ali novamente.
– É muito bom vê-los novamente também Kalin e Rathnar.
Respondeu Riore. Com a exceção de Sabyr e Aescriel, todos os demais se abraçaram e se cumprimentaram como velhos amigos fariam. Haviam muitas perguntas a serem feitas e histórias a serem contadas, mas isso precisaria ficar para um outro momento. Eles precisavam sair dali. Já era possível sentir os tremores de terra abalando a estrutura da caverna. Um forte combate ocorria acima.
E foi o que ocorreu. O grupo agora maior correu pelas câmaras e corredores daquela antiga caverna. E quando chegaram a Caverna do Dragão puderam testemunhar o confronto que se desenrolava entre Melniir e Segojan. O Dragão percebeu o grupo passando a largo e ainda que brasas ardessem em sua boca na intenção dos aventureiros, ele as poupou para dedicar-se a seu oponente.
O Desejo dos Heróis
Os aventureiros estavam fora da caverna e deixavam para trás uma lembrança dolorosa de perdas e derrotas, que no fim representou uma fagulha de esperança diante da possibilidade do vemerak, ou melhor Segojan Chama Terra derrotar aquele ser maligno. Os aventureiros estavam atravessando a vila arruinada dos gigantes quando todos estacaram. Suas mentes foram invadidas por uma voz ouvida coletivamente e uníssono:
“Muito sangue foi derramado no salão do dragão, e posso ver que houveram erros e arrependimentos. Eu posso desfazer um desses males. O retorno do herói, ou de uma inocente?”
“O que vocês desejam que eu faça?”
A Posição dos Heróis
Diante dos heróis surgiu a possibilidade de reaver um erro ou uma grave perda, e em suas mãos estava uma importante decisão. Um a um cada herói manifestou sua vontade:
Aescriel – O meu voto será o voto de Rathnar.
Kalin – Eophain como nobre guerreiro, pôde escolher como morrer, Carla não. E desta forma meu voto é pelo seu retorno. E que um grande mal entendido possa ser desfeito.
Sabyr – Heróis que somos chegamos até aqui para ajudar os gnomos que em nosso caminho suplicaram por ajuda. Não faz sentido desse resultado termos sangue de uma inocente em nossas mãos. Que retorne Carla.
Rathnar – Como resultado de todo nosso esforço, conseguimos mais do que imaginávamos ser possível nesta empreitada. Carla Tyle e Eophain são vítimas de uma batalha desastrosa, sobre a qual entregamos mais que era possível. Perdemos muito. Os gnomos não esperavam que Carla estivesse viva, e sua morte preserva o mesmo fim. Já Eophain, é um nobre guerreiro cuja força será imprescindível na batalha que se anuncia diante de nós. Pela forma brutal como ele foi morto, voto por seu retorno.
A Decisão de Segojan
Todos foram pegos de surpresa. Até mesmo Aescriel. O mago esperava uma resposta diferente, mas leal que era, manteve sua posição.
Com isso havia um empate.
E Segojan deu uma nova chance de cada um rever seus votos, de modo poder conceder alguma benção aos heróis que foram responsáveis pelo seu regresso. E uma discussão se instalou dentro do grupo. Sabyr e Kalin expuseram que a questão não era o retorno de um ou de outro, mas a questão moral no entorno da morte de Carla Tyle. Eles precisavam fazer algo. Aescriel se manteve impassível e olhava com curiosidade a postura de Rathnar. O Elfo dourado esperava no ultimo instante que Rathnar caísse em si, e percebesse a controvérsia de sua decisão. Mas isso não ocorreu e como resultado, Segojan os deixou a mente do grupo conflitante.
Não houve concessão nem a um, bem como a outra vítima, o para que ocorresse o milagre, era necessário ter a vontade, e ela estava dividida entre valores distintos entre aqueles bravos heróis.
Chama Terra abandonou as mentes de seus salvadores e se voltou para o combate titânico que requeria sua atenção. Aescriel ainda tentou reverter seu próprio voto, pedindo um pouco mais de tempo, mas de nada serviu.
A Discussão – Parte I
Após o impasse quanto ao desejo oferecido por Segojan, Rathnar tomou a dianteira, dizendo que não retornaria a Pedra de Kir. O grupo assistiu aquela declaração atônito. Porém, Kalin correu atrás do alto elfo, pretendendo livrá-lo daquela insensatez.
Ao alcança-lo…
Kalin: “O que você pensa que está fazendo, Rathnar?”
Rathnar: “Não faz sentido voltarmos para Pedra de Kir, Kalin. Esta missão foi um fracasso. Utilizamos tempo e recursos valiosos, e não tivemos sucesso. Enquanto isso, Celadon agoniza.”
Kalin: “Não me decepcione, meu amigo. Assumimos um compromisso com Korine Tyle e seus seguidores. Mesmo que não tenhamos provas sobre tudo o que aconteceu, devemos uma explicação para aqueles gnomos.”
Rathnar: “Não, Kalin. Não há motivos para voltarmos lá. Isso não nos ajudaria em nada.”
A Discussão – Parte II
Kalin: “Eu não acredito que está dizendo isso, Rathnar. Não é algo que o Raelar dos Elfos de Celadon, que eu conheci há eras atrás faria. Reforço que assumimos um compromisso com aqueles gnomos, meu caro. Pretendo cumprir com o assumido. Não é por termos desafios enormes pela frente, que podemos ignorar tudo, exceto a nossa missão final. Privar os gnomos do que ocorreu aqui Rathnar, é de uma maldade maior do que Melniir nos causou. Isso, meu amigo, eu não vou permitir.”
Rathnar: “Eu vou seguir para Celadon, Kalin. Façam como quiser.”
Kalin: “Eu esperava lhe ajudar nesta missão, Rathnar. Oro para que Corellon lhe dê orientação e sabedoria para que se reencontre, meu amigo. Reunimos forças poderosas aqui, como os Heróis Selvagens e os Arautos de Versis. E, vale lembrar, nós dois somos os pontos comuns dessas forças. Se considerarmos nossos companheiros que estão em Verbobonc e Reymend, temos uma força sobre as quais só se relatam em histórias. Reunir esta força tornaria a salvação de Celadon menos árdua, Rathnar. Realmente espero que reflita, nobre elfo. Aguardo sua companhia em Pedra de Kir.”
Ponderações de um Ex-vampiro
Aescriel estava triste e refletia intimamente sem denotar para os seus companheiros, a ponta de arrependimento que sentia. O elfo dourado tinha vivido muitas coisas, e através dessas experiências se tornado de uma bondade e lealdade ímpar. Ele que a todo tempo tinha consigo uma magia capaz de escapar do julgo do dragão quando estiveram na Caverna dos Mistérios, optou por seguir. Em seu íntimo tudo aquilo tinha uma explicação no final, e ele estava feliz por Segojan, mas triste por Rathnar.
Muito antes daquela peleja começar, o seu companheiro elfo estava perdido, e a cada decisão só se perdia mais em um labirinto pessoal. Como ele não percebeu isso? Não seria possível, ele não conhecia Rathnar o suficiente para perceber a depressão que se adensava em torno do alto elfo. O que ele poderia ter feito? Aescriel estava aborrecido. E seguia taciturno ao lado de Sabyr que parecia ter lavado suas mãos ao companheiro. Aquele oráculo deveria conhecer o elfo melhor que ele… Mas mesmo assim, o oráculo tinha optado por deixar seu companheiro refletir isolado. Aquilo não era bom. Por um momento o Mago da Ordem Arcana de Greyhawk considerou enviar um sonar para acompanhar Rathnar e se certificar de sua segurança, mas desistiu.
Ele precisava respeita o espaço de seu companheiro. Só esperava vê-lo em breve.
Pesar
Grom, Riore e Hadauck perceberam o momento que Kalin, Rathnar e os outros dois companheiros daquele grupo precisavam de espaço. E mantiveram silêncio pelo percusso rumo a Pedra de Kir. Mas foi o anão que começou a falar:
– Kalin, aquele elfo passou por muita coisa. Ele precisa de um espaço, um momento. Logo ele estará aqui entre nós.
E Riore complementou:
– Rathnar está mudado. Sempre via aquele elfo com um sorriso no rosto, mesmo quando a morte também sorria para ele no limite das situações. Lembro-me como ele era famoso em todo condado como Rathnar das Lâminas Ardentes. Antes mesmo de encontrar o Anel da Salamandra. Acredito que ele vai voltar.
Hadauck nada disse.
E foi Aescriel que redargüiu:
– Eu queria que ele visse o peso da decisão dele. Do que adiantar caminhar ao lado de um aventureiro que não compreende o peso de sua força? Foi uma tragédia anunciada. Eu sinceramente queria que Carla voltasse também. Essa era a decisão mais óbvia. Mas queria que aquele que cometeu o ato, reconhecesse a dimensão dos seus feitos e reparando-o, pudesse se retificar de uma flecha atirada. Mas é como diz meu pai “a palavra dita, é igual a uma flecha atirada…, não pode ser detida”
Mas o elfo dourado estava enganado.
Luz nas Colinas
Sempre foi três a um, meus caros. Kalin, Sabyr, Aescriel ouviram em suas mentes, e puderam até mesmo vislumbrar Segojan. Nunca foi sobre quem deveria voltar ou não, mas sobre quais fundamentos e valores as escolhas deveriam ser feitas.
No alto da Colina, o grupo viu duas figuras, uma pequena e outra maior. Eram Carla Tyle e Eophain Al Durkan. Quando Kalin viu, ele sabia que precisava voltar para Rathnar e contar-lhes do milagre ocorrido. Segojan era nobre.
Continua…