Luz no Templo das Sombras | Parte I

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No dia 21/10/2020 aconteceu a sessão que está representada neste resumo. Os aventureiros chegam ao Templo da Flor de Sol. Uma atmosfera tomada por uma carga negativa sobrenatural, faz com que todos os aventureiros sintam que perigos poderão ser encontrados dentro daquelas portas. Eles estavam errados e certos, como poderão saber nas próximas linhas…

Jogadores:

  • Bruno Simões (Kalin)
  • Bruno Freitas (Rathnar)
  • Diogo Coelho (Gatts)
  • Daniel Alonso (Pyrus)
  • Aharon Freitas (Erzurel)

Essa é uma aventura original escrita por Bruno de Brito e revisada por Bruno Simões.

Este artigo é uma sequência, para ler a passagem anterior acesse: Retornando ao Templo

Atmosfera Sombria

22 de Plantio de 592 Ano Comum, inicio da noite

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yrus foi o primeiro a empurrar uma das portas de acesso a ante sala da igreja abandonada, onde nenhum deles sabiam pelo que esperar. Erzurel tinha certeza de que as máculas do passado ainda impregnavam cada centímetro do templo, e ainda que seu solo e paredes tivessem sido consagrados pelas bênçãos de Pelor invocadas por Kalin há cerca de um mês, à noite claramente não havia luz que penetrasse aquele local. Sandy relutava em dar o primeiro passo no degrau, não por medo ou receio, mas aquele local vividamente lhe trazia lembranças as quais ela não havia superado. A morte de Nybas era uma ferida mal cicatrizada, tanto para ela, quanto para Erzurel. Este último sentia na falta dos poderes divinos, outrora tão sacros e acessíveis, a penitência a qual cumprir para tê-los de volta.

Gatts, Rathnar, Lester, Aescriel e Pyrus adentraram o templo, tão logo Erzurel destrancou as portas de acesso principal. Com uma mão firme nos ombros do guerreiro santo, Sandy olhou em seus olhos e ele viu no semblante da paladina uma mensagem de força. Erzurel e ela adentraram por último.

Cada membro do grupo estava preparado para o inimigo invisível que eles podiam sentir na nuca, nos pelos eriçados de seus braços e no incômodo que o local produzia em cada um. Rathnar tinha certeza de que o mal estava ali. Kalin podia enxergar a magia necrótica ebulir das paredes, tetos e do chão, como se constantemente uma névoa mágica invisível extravasasse pelas frestas e aberturas. E de forma cuidadosa e com cautela, eles foram explorando o local. Rathnar inquiria àqueles que ali estiveram para que explicasse o que havia acontecido. Como um templo dedicado a Pelor, Deus do Sol, da Luz, poderia estar tão maculado, e foi Erzurel que explicou o ocorrido com mais detalhes. O Templo da Flor de Sol havia sido conspurcado pelo poder dos Cubos Prisão.

Passado Vívido

Erzurel, Sandy e Lester contaram o que viveram durante a passagem no Templo, e como aquele episódio acabou gerando a alcunha de Templo das Sombras pelos moradores e antigos fiéis que frequentavam o templo. Sandy explicou que a morte de Nybas se deu por um engodo provocado por demônio das sombras que havia se apossado do corpo de Nybas e que acabou por nos confrontar. Na confusão para tentar salvá-lo, Erzurel acabou cometendo um erro nas suas ações e atingiu mortalmente Nybas Tyrangur. Aquela história já havia sido contada outras vezes, para Gatts e agora era esclarecida para Rathnar, mas não importava quantas vezes repetisse ela, todas as vezes era um martírio relembrar.

O Demônio das Sombras havia sobrevivido e escapado da espada de Sandy, restava agora uma suspeita de que esse mesmo ínfero tivesse perpetrado o templo e estivesse ali em algum lugar. E todos foram explorando conjuntamente o local. Passaram pelos quartos e varreram o primeiro andar. Somente encontraram marcas das batalhas ali passadas, seja pelas aparições, sombras e mastins confrontados outrora.

Findada as buscas, os aventureiros discutiram brevemente se dormiriam ali ou se iriam para a cidade dormir em um local mais seguro. Após um momento eles chegaram a conclusão que o que quer que houvesse ali, iria se manifestar cedo ou tarde, e eles estariam prontos.

Visita Inesperada

Durante a vigília de Gatts e Pyrus, a dupla ouviu movimentações a frente do templo, e rapidamente acordou os aliados, mantendo-os atentos ao que quer que fosse. Gatts foi até a porta e olhou pelas frestas, e o que ele viu foram homens armados, vestindo armaduras padronizadas. Eram algum tipo de milícia. Ele regressou e informou ao grupo dos visitantes a frente do templo. Kalin advertiu-os sobre sua condição de foragido da lei em Verbobonc e ficou para trás. Os demais foram à frente do templo para recepcionar os homens armados.

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A Guarda Militar

Quando as portas do templo foram abertas, todos puderam ver que era um grupo de doze homens, e um décimo terceiro a frente deles. O homem prontamente se identificou como Branditan, o Sacerdote da Guerra. Ele estava a serviço e havia vindo em nome do prefeito Velysin. Um assassinato havia sido cometido no porto e ele pediu para que parte do grupo acompanhasse a senhorita Nay com eles para averiguar.

Dois Grupos

A mulher que Gatts vislumbrou era diferente. Aquela que respondia por Nay, possuía uma pele de tom verde e cabelos muito bem arrumados, mas com um tom musgo. Se ele não estivesse enganado, tratava-se de uma meia-orc, ainda que não houvesse sinais das típicas orelhas pontiagudas e dos caninos salientes, típicos daquela ancestralidade.

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Nay

A misteriosa mulher adentrou com o grupo o templo, enquanto Branditan e os demais homens da guarda ficaram do lado de fora. Uma vez lá dentro, Nay explicou ao grupo que precisaria do apoio dos membros mais táticos do grupo, para ajudá-la a desvendar o assassinato de um importante membro da liga do comércio do Viscondado. Esse homem era o principal intermediador do prefeito nas negociações acerca das tabelas de preço de produtos comercializados no porto.

Após uma breve análise e consulta, Erzurel, Sandy e Aescriel foram escolhidos por Gatts para seguir com Nay, os demais ficariam no templo. Gatts advertiu apenas que apenas investigassem. Se os Asseclas de Nahagruul de fato estivessem por de trás do homicídio, o grupo deveria tomar cuidado. Por fim, ele deixou Sandy na liderança da equipe.

Tempos depois da saída dos aliados, o silêncio voltou a imperar no templo. Gatts havia reorganizado a sequência das vigílias, e foi no fim da sua e de Pyrus que um som se fez presente na nave principal onde todos descansavam. No início, foi como um vento preso em um corredor, e depois as chamas acessas balançando velozmente dentro do ambiente fechado, e finalmente as sombras se adensaram na forma de aparições, enquanto no fundo do templo uma passagem se abriu e de dentro dela saíram duas aparições e um gug.

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Continua em Luz no Templo das Sombras – Parte II

 

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Sobre o Autor: Bruno de Brito

Mestre da campanha "Aurora dos Conflitos", ocorrida no cenário de Greyhawk. Entusiasta do sistema Pathfinder, fã de Magic: The Gathering e churrasqueiro nas horas vagas.

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