O Recesso de Gatts | Parte I

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No dia 03.03.2021 foi a vez de acompanhar o que Gatts fez em seu recesso. O líder dos Heróis do Trono tem pouco tempo para descansar e se prepara para desvendar um mistério. Acompanhe nesse resumo.

Jogador: Diogo Coelho (Gatts)

Essa é uma história original escrita por Bruno de Brito (DM), revisada por Bruno Simões (Kalin).

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atts ainda refletia bastante sobre todas as informações que obtivera durante a exploração do subterrâneo do templo, no entanto o grupo estava exausto. Sejam aqueles foram para a missão no porto liderados por sua prima, bem como os que liberaram os corredores do templo das sombras extraplanares trazidas pelo efeito dos cubos manipulados por Arrancaborla. Gatts organizou um plano. Ele sabia que haveria uma quantidade de tempo que deveria se dedicar com pesquisa na Biblioteca da Academia Arcana Tolariana, bem como pretendia também escrever alguns pergaminhos. A tarefa de escrever pergaminho se tornou muito custosa e Gatts não possuía tanto recurso à sua disposição, o que o fez mudar de ideia, e assim ele decidiu prestar serviço a academia para levantar fundos. E ele o fez dos dias 25 de Preparos até 03 de Flocos.

No dia 04 de Flocos, ocorreu a reunião com o grupo e na sequência ele regressou à academia. Junto com Gatts foi Aescriel. Lester informou o líder do grupo, que precisaria resolver alguns assuntos pessoais e se uniria a ele em breve. Gatts não fez objeções, para ele aquela configuração de grupo não lhe era confortável, mas era com o que precisaria trabalhar.

Quando chegou a Academia com Aescriel foi diretamente falar com Eskel, a bibliotecária e lojista da Academia, e após conhecer alguns itens do acervo e ficar impressionado com elas, Aescriel e Gatts se dividiram entre duas grandes áreas de exploração. Gatts acabou se filiando a academia se tornando um membro associado, e isso lhe deu acesso a áreas mais avançadas da biblioteca.

Gatts se deteve a buscar títulos sobre ocultismo, planos e afins. Ele sabia que A Porta de Sigil, era uma referência pontual e limitada. Na verdade, um erro comum a leigos. Na realidade era o inverso. Sigil sim, era conhecida como Cidade das Portas. Local de onde suas portas dão acesso a praticamente qualquer local do multiverso planar e até mesmo temporal. A primeira vez que todo o grupo havia ouvido falar desse multiplano foi na audiência com o Rei Thrommel. Era interesse dos planos de Vecna o controle da Cidade das Portas. O Deus fora vencido e seu objetivo esquecido. Agora por alguma razão múltiplas frentes queriam descobrir a localização de uma porta especial existente em Verbobonc e provavelmente ligada a Sigil, cujo destino é um completo desconhecido. Mas Gatts descobriria, e se houvesse alguma pista nos livros da Academia ele descobriria.

Companheiro de Leitura

O primeiro dia havia sido de pouco progresso. Gatts havia organizado quais sessões ele se deteria e quais livros focaria no dia seguinte. Ele havia parado para almoçar e tomar café com Aescriel, que compartilhou seus progressos (também muito tímidos) e se reencontraram na manhã do dia seguinte. Aescriel ficara em um quarto alugado na academia. O ambiente da escola arcana era muito satisfatório para ele.

Gatts avançou para uma sessão pouco explorada e descobriu que havia ali um elfo também detido na leitura. Vestindo trajes de cor cinza e marrom escuro, Gatts percebeu que era um elfo com requinte. Havia um belíssimo bracelete e em sua testa um belo diadema, feito de uma liga metálica de cor dourada com uma pedra avermelhada no seu centro. Buscando se mostrar educado e sociável, Gatts puxou conversa com o elfo. E quando finalmente pôde ver a face por completo do elfo, ele notou uma queimadura horrível na metade da face do elfo. Seus cabelos eram loiros para um opaco, indicando que provavelmente sua idade era avançada, ainda que seu semblante não mostrasse qualquer sinal de idade.

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Durandal Aeshiar

O diadema tinha um símbolo de uma família élfica e Gatts ainda que não tenha conseguido identificar onde lembrava tê-lo visto, sabia que era o símbolo da família élfica dos Aeshiar. Uma importante linhagem de arcanos que outrora residiam em Celadon, mais especificamente no reino élfico de Demesnes. O elfo se mostrou um pouco acanhado, mas com a diplomacia e serenidade apresentada por Gatts, acabou se abrindo.  Durandal era um exilado e fosse qualquer objetivo que ele tivesse ali, Gatts notou que circundava portais e banimentos. E o furyondês imaginou as razões.

Um Estranho Portal

Durandal se despediu de Gatts, e como provavelmente se veriam pela manhã, desejou-lhe um boa noite. Gatts decidiu que iria até bem longe naquela noite. Seu prazo estava próximo de concluir, ele havia dito ao grupo que no dia 08 de Flocos todos deveriam se apresentar no hall de audiências no subterrâneo do templo da Irmandade Solar. E foi olhando alguns livros que estavam sendo lidos por Durandal que ele ativou uma passagem secreta. Um livro com título banal revelou uma passagem, sobre ela uma cortina de prata e escuro do outro lado. Gatts percebeu que se tratava de um portal. Ele pensou em chamar Aescriel, mas já era bem tarde e capaz do elfo já ter se recolhido. Gatts percebeu que saiu em um local diferente. Uma ampla caverna com uma ponte ligando um lado ao outro. A ponte não era reta e fazia curvas em platôs circulares em dois pontos. Longe do outro lado percebeu uma grande porta de pedra dupla.

Gatts notou que o portal permanecia aberto e ciente de que, caso necessário, poderia voltar por ele, decidiu avançar. No meio da ponte, uma massa de ar se materializou com eletricidade e um estrondo semelhante a uma tempestade, a criatura que vou se formando revelou a Gatts que se tratava de um elemental do ar, um tipo especial e poderoso conhecido com Senhor da Tempestade. O ataque dele veio imediato contra o furyondês, uma rajada de ar e raios atingiu Gatts em cheio e no mesmo instante a criatura já estava próxima o suficiente para realizar ainda um ataque adicional. Gatts se esquivou e tomando uma distância segura, decidiu arriscar uma magia. Invocando os poderes da escola de abjuração, ele escreveu no ar um símbolo que significava banimento e à medida que o símbolo avançou contra a criatura foi aumentando e fechando uma espécie de rede mágica envolvendo o elemental. No fim, a rede foi diminuindo o tamanho do elemental até reduzi-lo a nada. O senhor da tempestade foi banido com êxito pela magia de Gatts.

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Gatts enfrenta um Senhor da Tempestade

O Baú e o Perigo

Gatts ficou satisfeito com o sucesso de sua magia. Havia uma chance razoável dela não ter força suficiente para banir o elemental, mas ele conseguiu. Ele esperava não haver mais criaturas como aquela, sob pena de ter que enfrentar uma próxima, dado que não possuía mais magias de banimento memorizadas. Avançando pelas pontes ele chegou até o segundo platô circular e notou em um canto um baú, tomado por poeira e teias de aranha, que indicavam que há muito não era movido.

Com uma curiosidade natural Gatts se aproximou cautelosamente do baú, mas não foi necessário nem mesmo tocar nele. Entrando em uma área gatilho para a armadilha, uma fenda extradimensional abriu sugando tudo a sua frente, e sem conseguir resistir à pressão, Gatts foi sugado pela escuridão da fenda.

Continua em O Recesso de Gatts | Parte Final…

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Sobre o Autor: Bruno de Brito

Mestre da campanha "Aurora dos Conflitos", ocorrida no cenário de Greyhawk. Entusiasta do sistema Pathfinder, fã de Magic: The Gathering e churrasqueiro nas horas vagas.

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