O fim de uma missão | Heróis da Ordem

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Esse resumo tem como objetivo descrever a passagem de um mês dos heróis Rathnar, Lester e Aescriel, na Cidade Livre de Greyhawk, a joia de Flanaess e representa o fim do arco representado pelos Heróis da Ordem.

Personagens:

Rathnar Selfanar
Aescriel Saliezur
Lester Winchester

Esse é um texto original de Bruno de Brito. Revisão: Bruno Simões

Esse artigo é a continuação da história A Caverna de Syrul.

A Entrega

21 de Preparos de 592CY

Greyhawk_Letra-O-198x200 Aurora dos Conflitos Greyhawk Pathfinder 2ª Edição s aventureiros surgiram diante da torre da antiga Ordem Arcana de Greyhawk, e Aescriel havia sido responsável por conjurar o feitiço de teleporte e trazer todos até ali. O cheiro doce das águas do Nyr Dyv ainda estava nas narinas dos heróis, e as lembranças de Insix, do Dol Angra e das missões envolvendo piratas, guildas e perigos marítimos ainda eram muito recentes.

Mas eles estavam ali, na cidade iluminada, local que se encontra na vanguarda do desenvolvimento civilizado em Flanaess – Greyhawk. A primeira tarefa realizada pelo trio foi entregar a gema à Ordem.  Aescriel foi recebido no mesmo local que sofrera o julgamento e presentes estavam apenas Conde Falwick e Slayn. A Joia maldição fora retirada do elfo, e para sua surpresa ele poderia usar dos aposentos da torre, enquanto permanecesse na cidade. No entanto, Aescriel recusou solenemente. Havia outra coisa que ele precisaria da ajuda da Ordem, e tinha dúvidas acerca do pedido que faria:

“- Tenho comigo um item de grande poder. Ele foi adquirido através de aventuras realizadas em Verbobonc. É um artefato de grande renome arcano, mas minhas forças estão aquém das possibilidades de uso neste momento. Gostaria de pedir para que ele fique guardado aqui. Quando eu sentir que estou preparado para usá-lo, voltarei aqui. Vocês podem fazer isso por um ex-companheiro?”

O pedido de Aescriel fora atendido, e o Cajado dos Magi foi guardado no cofre mágico da ordem.

Após isso, o grupo se dividiu. Lester passaria algum tempo na Biblioteca Central de Greyhawk. A pedido de Rathnar ele iria se debruçar sobre o que tivesse de informação sobre Celadon, e um meio de reverter a escuridão mágica que se apossa da floresta. Aescriel, por outro lado, passaria algum tempo estudando sobre os Discos de Segojan na Academia Arcana de Greyhawk..

Alguns dias depois

Rathnar estava em busca de paz interior, não era versado a pesquisas tal como Lester ou Aescriel, e mesmo estando na mesma estalagem, muito pouco os via.

Um mês para os preparativos, até a campanha de Celadon recomeçar. Rathnar ainda queria saber quais as ligações do disco de Segojan e da floresta enegrecida. Ele também carrega o Andarilho, o qual esperava reencontrar a druidísa Cora Whitestone para que fosse utilizado. Apesar de estar inquieto e ansioso para partir em sua missão, o elfo também busca respostas. Ele abraçou a causa divina recentemente, porém ainda não entende os motivos e razões desse arrebatamento. Ele busca por respostas, porque ele se sente incomodado do motivo de ter aposentado suas lâminas e se dedicado a arqueira.

Nesse um mês de resguardo e estudo, o alto elfo decide se afastar e buscar algum guia espiritual ou Templo de Corellon Larethian. Ele precisa se reencontrar, saber de fato que ele é… Quem é esse Rathnar, paladino de cabelos prateados e arqueiro? E sobre seu antigo Rathnar, guerreiro, ruivo e amante das lâminas afiadas que lhe rendiam a alcunha de Lâminas Ardentes? Ele deveria a “ponta de flecha” ou voltar a ser o “ponta de lança”? De qualquer forma Rathnar jamais deixará de seguir Corellon, defender os elfos e seguir os princípios de um Campeão. Mas, usará essa janela temporal para se reencontrar.

Rathnar explica a Lester e Aescriel que na pesquisa e leitura não poderá agregar grande valor e que estará na estalagem Passo Dourado a cada dois dias, para vê-los e trocar informações.

Isso posto ele segue pelas ruas da maior cidade de Flanaess – A Cidade Livre de Greyhawk, e como toda grande metrópole possui uma miríade de templos de grande coleção de divindades. E é no Bosque do Silêncio, situado fora das muralhas de Greyhawk, que Rathnar encontra as Ruínas das Folhas de Nyr, local que funciona como templo a céu aberto em homenagem aos Seldarine (em especial Corellon). Quem lhe recebe é um elfo, seu nome é Caldemeyn, e ele parecia que estava a esperar pelo alto elfo de cabelos rubros.

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Caldemeyn

No resto do dia, Rathnar despoja-se de seus bens materiais, que são guardados, e coloca uma veste mais leve, um Arrithinis de cor oliva (veste sacerdotal élfica). E Caldemeyn quis ouvir sobre a história do elfo; as horas se transformam em dias e a conversa em uma terapia focada no auto estudo, analise e crítica. Por muitos desses momentos Rathnar reza com o elfo por horas a fio, se alimenta de comida élfica, e participa de cultos e festas realizadas no afastado bosque. O reencontro com semelhantes de sua ancestralidade alimenta o eu de Rathnar. Não é uma questão de encontro espiritual, é de um reencontro com sua própria ancestralidade, com sua natureza vívida, sua alegria.

Perguntas

Rathnar se sente honrado por ser recebido em uma das casas dos Seldarine. Ele precisava desse contato após longo período distante de qualquer contato com elfos, em especial aos clérigos dos Seldarines e de Corellon. O recém paladino quer se reencontrar e buscará respostas. Ele sabe que tem alguma ligação com Thaumiel, a qual busca resposta sobre ela. Ele quer saber de Demesnes e dos seus compatriotas que ficaram enclausurados no inferno de folhas negras, em Celadon.

  • Ele quer saber o que acontece em Urnst e território circunvizinho a Demesnes.
  • E o Exército da Libertação? Algum sinal?
  • E Soren Ark?
  • E A Espada de Marsakala?
  • E os drows de Sirrel Dramaskan?
  • Os Asseclas de Vyceratul?
  • E Anacrael?
  • O que tem haver os Discos de Segojan?

Desde que regressou do mundo dos mortos, encontrou Kalin e em seguida o profeta Sabyr Arkadani, mas o elfo não conseguiu mais respostas. Depois que foi até o Templo do Mal Elemental e recuperou um mapa (que está consigo) e em seguida recuperou o Andarilho (entregue por Sandy) o alto elfo está viajando em retorno a sua terra natal. O Raelar precisa de informações

Respostas

Caldemeyn diz:

“São muitas perguntas, meu caro, sobre as quais eu não tenho todas as respostas, no entanto sobre Celadon e sua maldição, há algo que já é de conhecimento restrito, mas verdadeiro. Os drows de Sirrel abriram um portal nas profundezas de seu lar que libertou em Flanaess um antigo e esquecido mal. O Lorde da Moraina Maldita, ou também conhecido como Arrazárvore.

Arrazárvore outrora foi o lacaio preferido e tenente – alguns dizem até filho – do lorde demônio Cyth-V’sug, Lorde dos Fungos e Parasitas. Após uma tentativa fracassada de tomar a função de Cyth-V’sug no Abismo, Arrazárvore fugiu para o Plano Material, e aqui acredita-se que os drows de Sirrel foram usados por ele. Cyth-V’sug era incapaz de persegui-lo, mas garantiu que Arrazárvore permanecesse por lá partindo o elo dele com o Abismo, efetivamente exilando-o de seu plano natal. Se o Lorde da Moraina Maldita for morto, seu animus não retornará ao Abismo para se reformar. A morte, para Arrazárvore, é algo permanente.

Segundo as histórias falam, no local onde ele surgiu, um vale apareceu engolindo a terra, animais, rios e árvores – O Vale do Desprezo. Esse vale tem pouco mais de 2 anos de existência e sua contaminação atingiu sumidouros de rios, lagos e nascentes próximas e rapidamente se espalhou por toda floresta, mudando a pigmentação das folhas e comportamento de qualquer ser vivente nela. Mesmo os drows que foram influenciados por essa criatura se corromperam e tomaram Demesnes ao conduzir Slaads para a vila de Rota e invocar uma poderosa criatura conhecida como Makumatan.

Diversas investidas foram feitas a esse vale, seja de Povo Alto, bem como de outros reinos élficos, todos sem sucesso.”

Entrelaces

Rathnar fica surpreso por tamanha precisão das informações. Agora se sabe exatamente a origem do “câncer” de Celadon.

“- Mas não se iluda. A força dessa criatura é comparada com lendas. Ele é um ser único e portanto de grande poder. Você precisará de cada aliado que puder reunir nesse conflito e lhe digo, muitos podem morrer.”

“- Com certeza, Caldemeyn. É necessário reorganizar as forças e planejar com antecedência a retomada de Celadon. Tenho o apoio de membros dos Defensores do Trono, uma falange de heróis que protegem diversos reinos e cidades livres benevolentes, tais como Furyondy.”

Rathnar tem pressa para agir, e em uma ocasião a noite na estalagem Caneca de Barro senta para discutir com Aescriel e Lester os próximos passos. Os heróis já estão há uma semana em Greyhawk. Lester diz que conseguiu alguns mapas e jornais recebidos há alguns meses, e estes tem sido fontes de informações importantes sobre o que vem ocorrendo no Ducado de Urnst. Ao que parece a floresta está expandindo por toda planície do ducado. Aescriel já não tem uma notícia tão boa: infelizmente por motivos pessoais relativos à sua família, ele deverá ir ao Reino de Celene. Sua mãe está muito enferma e pode ser que tenha chegado a sua hora. Sozinho, Lester informa que precisará de ainda algum tempo mais de pesquisa. Ele crê que em duas, ou no máximo três semanas, terá concluído seus estudos e poderá usar de sua magia para levá-los a Chendl, se os planos tiverem se mantido.

Rathnar pede para que Lester pesquise sobre Arrazárvore , o Lorde Moraina Maldita. Esse demônio do Abismo é o responsável por formar o Vale do Desprezo, em Celadon. A partir desse lugar que toda contaminação natural foi comprometida.

-Aescriel, a causa que estamos engajados em Celadon e Urnst são de extrema importância. A civilização élfica da região foi dizimada e poucos resistem. Demesnes sofre e seu povo, maculado e expulso de sua terra natal, está perdido. Agora nada mais importa, a não ser salvar e levar justiça ao povo de lá. Entendo sua dor e preocupação de caráter pessoal, mas realmente espero que você faça valer os votos que fez anteriormente.

Aescriel assente.

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Sobre o Autor: Bruno de Brito

Mestre da campanha "Aurora dos Conflitos", ocorrida no cenário de Greyhawk. Entusiasta do sistema Pathfinder, fã de Magic: The Gathering e churrasqueiro nas horas vagas.

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